O Sagrado que habita em mim é igual ao Sagrado que habita em você, somos oriundos da mesma essência sagrada, somos todos filhos do mesmo Deus e diante dele não existem diferenças " Melquisedec C Rocha, Bàbálorixá do Ilê Axé Dajó Obá Ogodô, Mestre Juremeiro da Casa de Jurema mestre Carlos. Distrito do Comum/Extremoz RN, cell:88226026/96074319. E-mail: melckdsango@ig.com.br
domingo, 22 de maio de 2011
Catimbonordestino : Catimbonordestino
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Isabel Esteves – Artesanato » Pintura em Barro
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Arte de Fazer Arte: Artesanato em barro
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Artesanato em barro, fotos - UOL Fotoblog
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Artesanato
Caminhos
do Fazer
Guia de Produtos
Associados ao Turismo
Caminhos do Fazer
Luiz Inácio Lula da Silva
Governo Brasileiro
Presidente da República Federativa do Brasil
MINIST ÉRIO DO TURIS MO
Ministro do Turismo
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Secretário-Executivo
Mário Augusto Lopes Moysés
Secretário Nacional de Programas
de Desenvolvimento do Turismo
Frederico Silva da Costa
Diretora do Departamento de Qualificação
e Certificação e de Produção Associada ao Turismo
Regina Cavalcante
Coordenadora-Geral de Produtos Associados ao Turismo
Ana Cristina Façanha de Albuquerque
Coordenadora-Geral de Projetos de Estruturação
do Turismo em Áreas Priorizadas
Kátia T. P. da Silva
Coordenador-Geral de Qualificação e Certificação
Luciano Paixão Costa
SE BRAE
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Presidente em exercício do Conselho Deliberativo Nacional
Roberto Simões
Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor-Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
José Claudio dos Santos
Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo
- Comércio e Serviços
Ricardo Guedes
Coordenadora Nacional da Carteira de Projetos de Artesanato
Durcelice Mascêne
Coordenador Nacional da Carteira de Projetos de Artesanato
Mauricio Tedeschi
Coordenadora Nacional da Carteira de Projetos de Turismo
Valéria Barros
Convênio MTur/InCEP 704732/2009
MINISTÉRIO DO TURISMO - MTur
Ana Cristina Façanha de Albuquerque - Coordenação-Geral | Cristina Gomide Santana de Camargos | João Pessoa de Souza Filho
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE
Durcelice Mascêne | Mauricio Tedeschi | Valéria Barros
INSTITUTO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARAGUAÇU - InCEP
Presidente: Mábel de Bonis Simões | Vice-Presidente: David Jussier Tomaz Figueiredo | Coordenadora do Projeto: Adriana Girão
Equipe Técnica: Gustavo Pinto | Equipe Administrativa: Ulisses Medeiros e Cláudio Pimenta | Consultores: Denise Nicolini | Fábio Souza | Karina Meirelles
Lillian Mesquita | Marina Simião | Rejane Pasquali | Marcelo Abreu
Projeto Gráfico: Fernando Brito | Diagramação: Fernando Brito e Leandro Fiuza | Tratamento de imagens e finalização: Leandro Fiuza
Reportagem e Redação: Paula Osório, Tuty Osório e Cláudia Albuquerque | Fotografia: Jarbas Oliveira | Revisão: Orlando Nunes
Estagiários de redação: Sarah Coêlho e Roger Pires
O projeto “Caminhos do Fazer: Guia de Produtos Associados ao Turismo”
desenvolvido pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Cultural e
Educacional do Paraguaçu (Incep), foi idealizado para apoiar a promoção
e a comercialização dos destinos turísticos, por meio da identificação e registro de
produtos com representatividade cultural e identidade regional.
Fruto deste projeto, este guia é o resultado de um esforço conjunto em torno da
valorização da diversidade brasileira – que dá ao país uma identidade única. Sua
proposta é oferecer aos empresários do turismo alternativas interessantes, vinculadas
aos saberes e fazeres locais, que possam enriquecer roteiros turísticos desenvolvidos
e comercializados pelo Brasil.
Nos 15 destinos revelados nesta publicação, o leitor vai descobrir que toda manifestação
da identidade de um lugar pode ser mais um diferencial para que o turista se encante
e prolongue sua estadia.
Para complementar sua leitura, acesse o site www.fazeresdobrasil.com.br e obtenha
informações interativas, como a localização dos destinos em mapas e a montagem
de um guia de bolso personalizado.
Ao final de cada seção, são apresentadas dicas para agregar valor ao roteiro a ser
desenvolvido, dando ênfase à Produção Associada ao Turismo local. Assim, os importantes
ícones da identidade cultural dos destinos aqui presentes terão a oportunidade
de passar de coadjuvantes a atores principais da atividade turística local.
Desfrute desses 15 destinos sob uma nova perspectiva.
Bons negócios!
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Ministro de Estado do Tu rismo
Caminhos do Fazer
O Brasil está mais atraente, despertando cada vez mais o interesse de turistas
brasileiros e estrangeiros. Seu patrimônio artístico e natural com múltiplas
opções, sua diversidade cultural, a hospitalidade fraterna e a simpatia do nosso
povo, por si sós, garantem boa parte do crescente movimento turístico no país.
Nos últimos anos, porém, o turismo ganhou um contorno diferente, mais profissional
e melhor estruturado. Com a parceria do Sebrae, diversos projetos e programas no
âmbito dos governos e da iniciativa privada refletem o empenho de todos no sentido
de melhor qualificar os produtos e serviços à disposição dos turistas, em especial
aqueles que trazem a assinatura das micro e pequenas empresas.
Este guia reflete esse novo olhar sobre a oferta turística nacional. Ele realça a importância
da produção associada ao turismo, que ganha força exemplar ao agregar empreendimentos
e atrativos ao turismo, como o artesanato, o agronegócio de pequeno porte,
as manifestações culturais, entre outras atividades. Por ser mais abrangente, esse novo
foco sobre o turismo amplia a responsabilidade de todos que atuam nesse segmento.
Aqui, o leitor encontra informações importantes sobre 15 destinos turísticos onde
a produção local passa a ter a possibilidade de inclusão na economia regional e reflete
essa nova abordagem na gestão da atividade turística brasileira. Por isso, há um esforço
do Sebrae junto com o Ministério do Turismo e a Embratur no sentido de sensibilizar
operadores e agentes sobre a importância da produção associada ao turismo.
Se conjugados com a melhor qualidade no atendimento, esses destinos certamente
vão influenciar o retorno dos visitantes e de mais turistas a cada um deles. Com
seu efeito multiplicador, esse novo jeito de promover o turismo repercutirá em mais
negócios, empregos e renda, bem como melhoria da qualidade de vida e uma nova
imagem do Brasil, aqui e lá fora.
Com essa iniciativa, a expectativa é de novas oportunidades e negócios, que surgirão
a partir desses 15 destinos. Fica uma certeza: eles vão impulsionar a expansão
dos empreendimentos de pequeno porte e atrair mais turistas ao país, promovendo
o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Paulo Okamotto
Diretor-presidente do Sebrae
Caminhos do Fazer
UNIDADES PRODUTIVAS
Reúne a produção de artesanato, agropecuária e agroindustrial típica de um destino turístico. Além destas tipologias, inclui-se
também a produção industrial que é motivadora de fluxo turístico e que promova a identidade local.
MANIFESTAÇÕES E GRUPOS CULTURAIS
As mais importantes manifestações de música, dança, teatro, artes plásticas, literatura e folclore típicas do destino abordado
estarão nesta seção.
CULINÁRIA TÍPICA LOCAL
Nesta seção apresentamos os empreendimentos de alimentação fora do lar de um destino que utilizam ingredientes tipicamente
locais e apresentam pratos de consumo tradicionais da região.
Os produtos associados ao turismo, neste gu ia são apresentados em três diferentes categorias:
Belém | Pará
Manaus | Ama zonas
Rio Branco | Acre
8
16
24
Aracaju | Sergipe
Bezerros | Pernambuco
Caicó | Rio Grande do Norte
Juazeiro do Norte e Nova Olinda | Ceará
Mata de São João | Bahia
Parnaíba - Piau í
28
36
40
44
48
52
Brasília | Distrito Federal
Cuiabá | Mato Grosso
56
62
Bananal | São Paulo
Paraty | Rio de Janeiro
Tiradentes | Minas Gerais
66
70
76
Pomerode | SANTA CATARINA 84
NORTE
NORDESTE
SUDESTE
SUL
CENTRO -
OESTE
Caminhos do Fazer
10
Belém
Pará
11
Belém
Cidade das mangueiras, das chuvas constantes, das especiarias, dos
casarões de influência europeia e da forte herança indígena, Belém
do Pará já foi a principal porta de entrada para a região Norte do país.
Antes da colonização portuguesa, seus habitantes eram principalmente
os índios tupinambás. Hoje a cidade possui 1.437.600 moradores (IBGE/
2009) e continua aprimorando a vocação de receber bem.
Situada às margens do rio Guajará, próximo à foz do rio Amazonas,
Belém encanta os visitantes com atrações como o Mercado Ver-o-Peso,
que é a mais extensa feira livre da América, e as manifestação de fé a
Nossa Senhora de Nazaré, cujo ápice ocorre na festa do Círio, uma das
maiores do mundo católico. A Produção Associada ao Turismo se inspira
sobretudo nas cores, sabores e misturas culturais da região, oferecendo
enorme variedade de biojoias, ervas, temperos, doces, frutas, passeios
e ritmos populares.
Belém:
cidade das mangueiras
Caminhos do Fazer
12
Complexo Ver-o-Peso
Avenida Boulevard Castilho
França – Cidade Velha
Beth Cheirosinha
- Barraca n° 27
Complexo Ver-o-Peso
Tel.: (91) 8808.2241
ART PAM – Ass. dos Artesãos
e Expositores do Pará
– Amazônia
Travessa Frutuoso
Guimarães, 684
Tel.: (91) 3223.1268 /
3033.1653
Conselho Superior do Artesão
do Pará – COSA PA
Passagem do Livramento,
700 – Travessa Soledade –
Município de Icoaraci
Tel.: (91) 3227.1807 /
3227.2905 / 8199.4783
Espaço São José Liberto
– Polo Joalheiro
Praça Amazonas,
s/n – Jurunas
Tel.: (91) 3344.3514 /
3344.3510 / 3344.3512
RA HMA – Escola de Formação
Profissional em Joalheria
Praça do Amazonas, s/n
Tel.: (91) 3212.2099 /
3344.530 / 8412.3337
Essência local
O turista que chega a Belém encontra na Cidade Velha o maior símbolo do
Pará, o Mercado Ver-o-Peso, construído em 1625, às margens da baía de
Guajará. O burburinho dos frequentadores, a profusão de barracas, o cheiro
das frutas e a oferta variada de itens amazônicos tornam inesquecível uma
visita ao local, que integra um complexo arquitetônico e paisagístico de
imenso valor cultural.
Uma das áreas mais tradicionais do mercado é a que reúne plantas e
ervas. Lá, comerciantes como Bernadete Costa, a Beth Cheirosinha, 45 anos
de profissão, mostram o que há de mais aromático na floresta. Priprioca,
breu-branco, patchouli, pau-rosa, jasmim, pau-de-angola, cumaru: tudo
pode virar essência. O trabalho é artesanal e, muitas vezes, carrega segredos
de família. Para os turistas, percorrer esses labirintos é uma experiência
peculiar, pois neles se entrecruzam as riquezas da natureza, a sabedoria
do povo e a tradição amazônica.
Brilho exclusivo
No antigo convento de São José, erguido pelos padres capuchinhos em
1749, instalou-se o Polo Joalheiro do Espaço São José Liberto. O complexo
conta com um museu de gemas, uma escola de joalheria e um centro de
artesanato. Além de comercializar as joias, também incentiva a produção
local, preserva um rico acervo arqueológico e qualifica futuros ourives para
o exercício da profissão.
UNIDADES unidades produtivas
Localize os endereços
em Belém acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
13
Belém
População: 1.437.600
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 1.065 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 26°C
Município de Belém
Como Chegar:
Rodoviário:
Com sua localização no extremo
norte da malha rodoviária
brasileira BR-316 (Nordeste),
BR-010 (Belém-Brasília)
e PA-150 (Alça Viária), Belém
pode ser facilmente alcançada
por vias terrestre, aérea e até
mesmo fluvial, sendo uma das
principais entradas para toda
a região Norte.
A Rahma, Escola de Formação Profissional em Joalheria, que funciona
no espaço desde outubro de 2002, ensina a arte de dar brilho e beleza a
metais nobres, que se transformam em anéis, correntes, brincos e pulseiras.
Os turistas podem apreciar o processo de produção. “Nossos alunos
aprendem técnicas básicas e avançadas. Nós temos todos os equipamentos
necessários para a fabricação das peças”, explica o professor Ramirez Garcia
Gomes, mestre em lapidação.
Habilidade com variedade
Icoaraci, a 40 minutos do Centro de Belém, é o maior polo cerâmico do
Pará. “Fabricamos principalmente peças inspiradas no artesanato marajoara,
tapajônico e maracá”, explica Rosemiro Pinheiro Pereira, que possui um
misto de loja e oficina no coração do distrito. Como outros artesãos locais,
ele herdou o talento do pai, que já tinha uma olaria, e hoje recebe visitantes
que desejam conhecer melhor a arte em argila. “A matéria-prima é coletada
aqui na região, por uma associação de barrerenses”, informa Rosemiro.
Para o turista que procura variedade, uma boa opção é a tradicional
feirinha da Praça da República, que concentra 300 produtores, oferecendo
o melhor do artesanato local, bem como antiguidades, quadros, comidas
típicas, plantas e essências. Aos domingos, calcula-se que 40 mil pessoas
passem pelo local. Os dados são de Ricardo Teixeira de Souza, presidente da
Associação dos Artesãos. “A feira existe há 23 anos e hoje está organizada,
com melhores equipamentos, atrai muitos visitantes.”
Caminhos do Fazer
14
CULT URA
Vale Verde Turismo
– Passeio de barco Show
da Tribo dos Kayapós
Av. Boulevard de Castilho
França, s/n – Loja 07
Estação das Docas
Tel.: (91) 3212.3388 /
3212.3386
Andar com fé
Existem poucas manifestações de fé mais emocionantes que o Círio de
Nazaré. A procissão religiosa em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré
ocorre no segundo domingo de outubro, mobilizando a cidade, trazendo
de volta à terra os paraenses “desgarrados” e atraindo visitantes de
todo o Brasil. Reza a lenda que a imagem da santa foi encontrada pelo
caboclo Plácido José de Souza em 1700, às margens de um igarapé
(onde hoje está a Basílica).
Calcula-se que dois milhões de pessoas acompanham a “imagem peregrina”
de apenas 28 cm de altura, num percurso que perfaz 3,6 km entre
a Catedral de Belém e a Praça Santuário. “A berlinda que leva a santa é
conduzida pela Guarda de Nazaré”, explica Edmilson do Nascimento dos
Santos, vice-presidente da guarda católica que congrega 1.100 homens.
Além da procissão de domingo, a festa se desdobra em manifestações
como a romaria fluvial. Desde 2004, o Círio é considerado pelo Iphan um
Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Brasil.
No ritmo do carimbó
Dança típica do Pará, o carimbó tem origem indígena e influência negra.
Sua base é um tambor também conhecido como curimbó, que hoje pode
ser acompanhado por outros instrumentos, como a flauta, o sax e o banjo.
Em Belém, muitos grupos trabalham para manter viva a tradição do carimbó,
um ritmo contagiante dançado e cantado por homens e mulheres em
pares. Edson Janary Padilha coordena um desses grupos, Os Baioaras, que
existe há 30 anos. “Tivemos como grande inspirador o nosso próprio pai,
Mestre Venâncio, caboclo de Marapanim, cidade conhecida como o berço
do carimbó”, reporta Edson, que mantém os membros unidos, junto com
os irmãos Edna e Nonato. Eles apresentam “mais 22 danças paraenses”,
além do carimbó.
manifestações e grup os culturais
Localize os endereços
em Belém acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
15
Belém
Querendo unir o som à paisagem, o turista pode programar um passeio
de barco pela orla de Belém. Basta comprar um pacote que inclua shows
folclóricos e danças típicas. O carimbó, o siriá e o lundu marajoara embalam
os percursos de duração variada oferecidos pelas companhias. “Quem é de
fora gosta de ver, e acaba se animando tanto quanto os paraenses”, garante
uma das bailarinas do Grupo Cultural Trupe dos Kayapós, que dança e canta
enquanto os visitantes “deslizam” pelo Rio Guamá.
Internet
Website:
www.paraturismo.pa.gov.br
www.belem.pa.gov.br
E-mail:
turismo@paratur.pa.gov.br
belemtur@belem.pa.gov.br
Informações Turísticas
Paratur
Praça Waldemar Henrique, s/n
Tel.: (91) 3224 9836 /
(91) 3212 0575
Fax: (91) 3223 6198
Belémtur
Av. Governador José Malcher,
257 – Memorial dos Povos
Tel.: (91) 3283 4850
Fax: (91) 3283 4865
A força do Açaí e do Tucupi
Famosa pelo exotismo, festejada pelo sabor e marcada pela herança indígena,
a culinária paraense é tida como uma das melhores do Brasil. Os peixes
frescos, os pratos com tucupi (caldo extraído da mandioca), as frutas, as
folhas e os muitos tipos de farinha despertam o apetite dos visitantes, que
se deliciam em restaurantes sofisticados e points populares. No setor de
alimentação do Ver-o-Peso, pode-se experimentar o açaí à moda nativa, ou
seja, acompanhado de peixe frito e farinha de tapioca.
Maior produtor nacional da fruta, o Pará consume mais sumo de açaí do
que litros de leite. “Paraense toma açaí para acompanhar o peixe, o charque,
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
16
culinária
Estação das Docas
Av. Boulevard
de Castilho França, s/n
Tel.: (91) 3212.5525 /
5615 / 5660
Mangal das Garças
Passagem Carneiro da Rocha,
s/n – Cidade Velha
Tel.: (91) 3242.5052 /
8165.0824
Point do Açaí
Rua Veiga Cabral, 450
Tel.: (91) 3225.4647 /
8833.2000
Tacacá da D. Maria
Av. Nazaré, s/n
Tel.: (91) 3279.4874 /
9142.0433
Restaurante na Telha
Rua Siqueira Mendes,
263 – Icoaraci
Tel.: (91) 3227.0853 /
3207.0223 / 8868.7563
Restaurante Lá em Casa
Av. Boulevard Castilho França,
s/n - Galpão 02, Loja 04
Estação das Docas
Tel.: (91) 3212.5588
a carne...”, revela Nazareno Alves da Silva, que há seis anos abriu um negócio
especializado em açaí-preto e branco, além de bacaba. “Meus pais já
trabalhavam com isso. Criaram os filhos com o fruto do açaizeiro”, diz ele,
que mais recentemente inaugurou um novo ponto na Estação das Docas.
Melhor, impossível
Situada às margens da baía do Guajará, a Estação das Docas é um complexo
de turismo e lazer que congrega restaurantes de comida internacional e
pratos típicos amazônicos, como o pato no tucupi e a maniçoba (feijoada
feita com as folhas da maniva ou mandioca). Na mesma baía, porém a 20
km de Belém, ficam os restaurantes de Icoaraci, que atraem pela capacidade
de unir o novo ao antigo. Entre as boas pedidas: caldeirada no tucupi,
pirarucu no leite de coco e filhote grelhado com arroz de jambu.
Na Cidade Velha, voltando a Belém, os turistas se deslumbram com o
Mangal das Garças, onde podem observar toda a biodiversidade local, além
de comer em um concorrido restaurante de delícias amazônicas. Aliás, no
tocante a essas delícias, o tacacá (mistura de tucupi, goma, camarão seco
e folha de jambu) é um acepipe obrigatório na cidade. Em Belém, as tacacazeiras
estão nas esquinas e bairros. Maria do Carmo Pompeu dos Santos,
65 anos de vida e 40 de ofício, é uma das mais famosas. “O segredo é
ter amor e vir todos os dias”, diz ela, que mantém um ponto em frente ao
Colégio Nazaré.
Localize os endereços
em Belém acessando
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17
Belém
A visita ao Complexo Ver-o-Peso para explorar a diversidade de produtos ali oferecida é obrigatória
em Belém. Não deixe de programar também um passeio pelos arredores do Mercado, onde podem
ser vistas as construções mais antigas da cidade.
O tacacá, o pato no tucupi, o sanduíche de leitão, o açaí, o bombom de cupuaçu e os sorvetes regionais
são alguns dos muitos sabores do Pará que não podem deixar de ser oferecidos ao turista
que passa em Belém.
Na Estação das Docas, às margens da baía do Guajará, as cores do pôr do sol são um espetáculo
imperdível. O passeio de barco nesse momento, com apresentação do carimbó, pode ser também
uma interessante proposta para o turista.
Programe uma visita ao Mangal das Garças, um parque de 40.000 m2 que reúne atrativos como o
Museu Amazônico da Navegação, o Viveiro de Pássaros e Borboletário, o Restaurante e o Farol de
Belém e dois mirantes de observação.
Em Icoaraci, a 20 km da capital paraense, o turista deverá conhecer as olarias que produzem
as famosas cerâmicas marajoaras, podendo na ocasião moldar a sua própria peça.
Encontre fornecedores em Belém/PA acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Belém
Caminhos do Fazer
18
Manaus
Amazonas
19
Manaus
Situada na confluência dos rios Negro e Solimões, a capital do Amazonas
é uma cidade com 1.730.000 habitantes que vivem no centro da maior
floresta tropical do mundo. No início do século XX, quando a borracha
atraiu milhares de brasileiros a essa paragem portuária e seus verdes
arredores, Manaus era conhecida como “Coração da Amazônia”. Hoje
é um avançado centro financeiro e turístico que oferece aos visitantes
a oportunidade de conhecer contrastes.
As riquezas da floresta, os passeios entre igarapés e a deliciosa
culinária típica representam o lado mais pitoresco de uma metrópole que
proporciona atrações ecléticas, como os restaurantes da Ponta Negra
(praia de água doce às margens do rio Negro), o exuberante Teatro
Amazonas (que abriga a maior temporada de ópera do país) e o imenso
Centro Cultural dos Povos da Amazônia. A Produção Associada ao Turismo
une a herança popular com as novas técnicas para fazer joias, perfumes
e móveis, além das mais saborosas misturas.
Manaus:
porto de encantos
Caminhos do Fazer
20
AMARN – Ass. das Mulheres
Indígenas do Alto Rio Negro –
Numiã Kurá
Rua 06, casa 156 – Conjunto
Villar Câmara Aleixo
Tel.: (92) 3644.8906
Amazongreen
Fábrica: DIMPE –
Avenida do Turismo, s/n -
Galpão 03 – Tarumã
Tel.: (92) 3652.1600 /
9902.1900
Artesão Marcelino
dos Santos Borges
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 -
Parque 10 - Loja 26
Tel.: (92) 3651.6919 /
9234.5234
Artesão Sebastião Jorge
Santos Araújo
Praça Tenreiro
Aranha, Boxe 20.
Tel.: (92) 9911.7733 /
8155.9680
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 – Parque 10
Tel.: (92) 3236.1241 /
9129.7888
J. Alcântara Esculturas
em Madeiras do Amazonas.
Central: Rua Bernardo
Michiles, 868 A – Petrópolis.
Tel.: (92) 3663.2316 /
9148.0318
Tudo num lugar
“A nossa história tornou-se lenda, as nossas lendas viraram mitos e nossos
mitos... viraram joias.” Este jargão acompanha e divulga o trabalho
delicado de Rita Prossi, uma das mais conhecidas designers de biojoias da
região. Trabalhando com elementos naturais, como sementes, resíduos de
madeira, couro de peixe, fibras, folhas e pedras brasileiras, Rita faz peças
exclusivas, banhadas em ouro e prata. A cadeia produtiva gera renda para
as comunidades indígenas que coletam os materiais, sempre com licença
ambiental. As gargantilhas, braceletes e outros itens da coleção estão
expostos na Central de Artesanato Branco e Silva, onde o turista encontra
lojas e ateliês variados.
Madeira para diferentes fins
Em alguns ateliês da Central de Artesanato Branco e Silva, é possível observar
os artistas em ação. “Trabalho com madeira há 40 anos. Hoje usamos
55 tipos diferentes. Tem marupá, muiracatiara, pau-rainha, coração-denegro,...”,
enumera Pedro Lopes, mestre na arte de transformar madeira em
caixas decorativas, porta-joias, bandejas, tabuleiros de xadrez e embalagens
variadas. Como ele, são muitos os artesãos que manipulam as diferentes
cores e texturas da floresta para fazer arte. “A comunidade do Pau-Rosa
fornece a madeira, que é reaproveitada ou legalizada. A consciência
ambiental melhorou muito em Manaus”, acredita Pedro.
UNIDADES unidades produtivas
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em Manaus acessando
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21
Manaus
População: 1.738.641
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 11.401 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 33,9°C
Município de Manaus
Como Chegar:
Aéreo:
Há voos diretos para Manaus
partindo de Brasília, São Paulo,
Rio de Janeiro e Belém, entre
outras capitais.
Rodoviário:
Quem parte de automóvel de
Brasília tem cerca de 4.000
km até a capital do Amazonas,
pelas BR-060 (chamada
Belém-Brasília), a BR-153
(Transbrasiliana) e várias outras
nos estados de Goiás, Mato
Grosso, Rondônia e Amazonas.
Hidroviário:
Desde Belém, a viagem de barco
até Manaus dura cinco dias. O
trajeto inverso, Manaus-Belém,
via fluvial, é percorrido em
quatro dias.
Perto dele, seu Marcelino Borges, 67 anos, vende um produto lúdico que
faz desde menino: barquinhos de talo de buriti. Eles são leves, coloridos e
reproduzem as embarcações típicas da região, sendo geralmente batizados
com os nomes dos rios amazônicos (Solimões, Negro, Tapajós, Madeira).
Vários artesãos se dedicam a essa arte, mas Seu Marcelino tem um orgulho
especial: “Meus barquinhos não têm emenda aparente”.
Na loja que Jeane Alcântara, pertencente a uma conhecida família de
entalhadores, mantém com os irmãos, as esculturas e entalhes de madeira
com temática amazônica deslumbram pelo colorido dos pássaros, onças,
peixes e demais reproduções. “Nossas peças são esculpidas manualmente
em formão, a partir de um único bloco de madeira, sem emendas”, declara
Jeane, acrescentando: “Trabalhamos com madeira reaproveitada e usamos
muita guariúba, piquiá e louro-puxuri”.
Cores indígenas
Um passeio pelo Centro Cultural dos Povos da Amazônia equivale a uma aula
interativa sobre a vida dos ribeirinhos, seringueiros, caboclos e indígenas
que povoam a floresta. Com arenas de exposição, bibliotecas, núcleo de
documentação e área verde, o Centro reproduz moradias típicas de diferentes
povos. “As crianças adoram, mas os adultos também aprendem”,
assegura o monitor e guia Miguel Sampaio Lana, de etnia Dessano, originária
do Alto Rio Negro.
H á 26 anos, para dar apoio às mulheres indígenas, incentivando o trabalho
e a geração de renda em Manaus, surgiu a AMARN, ou Associação
das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, que está em plena atividade e
congrega etnias como tukano, tuyuka, dessano e arapasso. “A maioria das
associadas é artesã”, diz Juscimeire Caridade Serra, coordenadora. “Nós
usamos rama de tucum e barbante para fazer bolsas, cestos, leques...” Os
visitantes podem ver as artesãs trançando segredos e, ao mesmo tempo,
adquirir as peças na loja ao lado da associação.
Sementes locais
Na mais antiga praça de Manaus, batizada de Tenreiro Aranha em homenagem
a um escritor amazonense, funciona um pulsante comércio de produtos
caboclos e indígenas. Percorrer as barracas que dividem o espaço é uma
experiência repleta de surpresas. “As pessoas encontram de tudo, mas
Perfumes da floresta
em frascos especiais
Caminhos do Fazer
22
CULT URA
Grupo Cultural
Regional Andirá
Rua Fortaleza, 208 -
Beco do Macedo
Tel.: (92) 8164.9595
Movimento
“Amigos do Garantido”
Rua José Clemente,
500 - 3ª sala
Tel.: (92) 3087.0807 /
9116.9118
Maloca do Centro Cultura
Centro cultural dos povos
da Amazônia
Praça Francisco
Pereira da Silva, s/n
Tel.: (92) 3228.1320 /
8426.6253
MUIRART – Arte da Amazônia
Central de Artesanato Branco
e Silva, Loja 22
Tel.: (92) 3646.9513 /
9136.0897
Rita Prossi Biojóias
do Amazonas
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999, Loja 15
Tel.: (92) 3632.1859 /
3237.6237
Entre o azul e o vermelho
A maior manifestação cultural da região Norte é, sem dúvida, o Festival
Folclórico de Parintins, que congrega milhares de admiradores dos bois
Garantido (de cor vermelha) e Caprichoso (de cor azul), numa grande
festa que balança toda a população, atraindo também grande número
manifestações e grup os culturais
as pulseiras e colares de sementes sempre têm saída”, declara Sebastião
Jorge, que faz biojoias junto com a mulher, Maria Edith, de etnia saterémauwé.
“Foi ela quem me ensinou a fazer as peças, utilizando jarina,
babaçu, morototó e outras sementes”.
Também aproveitando os frutos da floresta, mas para outros fins e com
resultados distintos, uma vasta cadeia produtiva vive de fazer essências e
cosméticos naturais. O material pode ir para os mercados e feiras locais,
mas há empresas que sofisticaram os processos e embalagens. Rosemeyre
Pontes Aguiar Dias trabalha na loja da família, especializada na fabricação
e venda profissional de perfumes, xampus, condicionadores, máscaras
faciais, tônicos, hidratantes e esfoliantes. “Usamos sakaka, pitanga, maracujá,
cedro, pau-rosa, tucumã, priprioca, flor de urucum, cupuaçu com
manga... Os cheiros da natureza são irresistíveis”, afirma Rosemeyre.
Localize os endereços
em Manaus acessando
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23
Manaus
de turistas. A pequena Parintins fica a 420 km de Manaus, mas os
visitantes têm na própria capital do Amazonas uma boa mostra do que
é a paixão pelo boi-bumbá.
Com forte influência do bumba meu boi maranhense, o boi-bumbá
adquiriu sotaque local quando foi introduzido no Norte por migrantes do
Nordeste. Hoje é um espetáculo cujo auge ocorre no mês de junho, quando
as tribos brincantes exaltam o seu boi com danças de temática indígena
e ribeirinha. Em Manaus, além do amor pelo Garantido e pelo Caprichoso,
a população se divide entre os bois Brilhante, Corre-Campo e Garanhão.
Os turistas que chegarem “fora de época” não devem se preocupar: os
bois se revezam no sambódromo todos os sábados. Além disso, há grupos
culturais, como o Andirá, que se apresentam em bares e casas de espetáculo,
levando ao público um pouco dessa rica e colorida tradição nortista.
Internet
Website:
www.visitaamazonas.am.gov.br/
amazonastur
E-mail:
amazonastur.gp@hotmail.com
Informações Turísticas
Amazonastur - Empresa
Estadual de Turismo
Av. Eduardo Ribeiro,
666 - Centro
Tel.: (92) 3182.6250
Fax: (91) 3223.6198
Mesa variada
Banhada pelo maior rio do planeta, o Amazonas, Manaus é uma cidade
cuja culinária evoca o sabor marcante dos peixes de água doce. “Tambaqui,
pirarucu, tucunaré, dourado, bodó, aruanã... só usamos os peixes da
região”, afirma José Félix de Aquino, proprietário de um restaurante às
margens do rio Negro. “Apostamos nos produtos daqui e não paramos de
criar. Nosso dourado ao molho de cupuaçu é um sucesso.”
Os manauaras também consomem grande quantidade de matrinchã,
curimatá, pacu e jaraqui. Servidos das mais diversas formas, os peixes
podem vir acompanhados de banana pacovã, arroz-branco, farinha-d´água
e tucupi (caldo amarelo extraído da mandioca). Ao turista curioso, recomendam-
se os restaurantes com sistema de buffet. Há casas especializadas
onde se come pato no tucupi, paxicá (miúdo de tartaruga), guisado de
tartaruga e costela de jacaré – as boas casas têm licença do Ibama para
servir tais pratos –, além de peixes e doces da terra.
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
24
culinária
Bombons Finos da Amazônia
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 – Parque 10
Tel.: (92) 3236.2610 /
3646.1901
Café do Pina
Praça Heliodoro Balbi,
s/n – Centro
Tel.: (92) 3232.0179 /
9618.2622
Moronguetá
Rua Jaith Chaves, 31
– Vila de Felicidade
Tel.: (92) 3615.3362 /
9136.0748
Restaurante O Lenhador
Estrada do Turismo,
2371 - Tarumã
Tel.: (92) 3239.0004 /
9981.7217
Simplesmente irresistível
No Palacete Provincial, prédio do século XIX que funciona na arborizada
Praça Heliodoro Balbi, no Centro de Manaus, o visitante pode passar uma
tarde agradável num café que já completou 60 anos de vida, tendo ocupado
vários endereços. Atualmente instalado no Palacete, a casa oferece
petiscos e lanches com café ou açaí (este vem com farinha de tapioca,
farinha de uiariri ou granola). O maior sucesso, porém, é o x-caboquinho,
sanduíche tipicamente amazonense, encontrado em vários cafés da cidade:
pão francês, queijo-coalho, lascas de tucumã (uma frutinha amarela)
e, às vezes, banana frita.
Outra paixão amazônica são os bombons de chocolate com frutas da
terra, como cupuaçu, açaí, buriti, cubiu e araçá-boi. “Fazemos 60 mil
bombons por dia e já estamos começando a exportar”, comemora Jorge
Alberto Coelho. Ele deu início a uma pequena fábrica que está virando
um grande negócio. Hoje, cerca de 230 artesãos de 12 municípios e 11
etnias produzem mais de 100 diferentes embalagens, utilizando fibras,
sementes, palha, restos de madeira, escamas de peixe e cascas de frutas.
“A concorrência é grande, por isso procuramos oferecer um produto
diferenciado e, ao mesmo tempo, ajudamos as comunidades ribeirinhas”,
finaliza Jorge Alberto.
Localize os endereços
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25
Manaus
A experiência que a culinária manauara oferece é obrigatória para qualquer visitante. São as maravilhosas
peixadas preparadas com peixes da Amazônia e o curioso sanduíche x-caboquinho, além dos
deliciosos bombons de frutas regionais .
Programe visita à Central de Artesanato Branco e Silva, um dos locais onde pode ser conhecida
a diversidade artesanal de Manaus, que recebe forte influência indígena.
Uma das tradições de Manaus é o Café da Manhã Regional. Existem diversos pontos na cidade onde
se pode desfrutar desta refeição, composta por tapiocas recheadas e diversos tipos de sanduíche.
Para vivenciar um pouco das manifestações culturais amazônicas em qualquer época do ano, inclua
em seu roteiro os ensaios dos Grupos de Boi-Bumbá, que ocorrem às terças, quintas-feiras e sábados
na arena ao lado do Sambódromo.
Os frutos, raízes e folhas da selva amazônica são conhecidos pelas suas propriedades medicinais.
Proporcione ao turista uma visita às lojas de cosméticos naturais produzidos no estado, que são
oferecidos em criativas embalagens.
Encontre fornecedores em Manaus/AM acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Manaus
Caminhos do Fazer
26
Rio Branco:
natureza e crescimento
Rio Branco
Acre
Associação Acriana
de Artesãos - ASAARTE
Praça da Revolução
Tel.: (68) 8115.8445 /
9229.9874
Associação Biojóia
da Amazônia
Estrada da Floresta, nº 1261,
Bairro Floresta
Tel.: (68) 3225.5403
Associação Sementes Vivas
Via Chico Mendes, Vila
Mendes Carlos, 07-
Bairro Triângulo
Tel.: (68) 3221.0863
Casa das Plantas Medicinais
“Milagres da Floresta”
Novo Mercado Velho,
Nº 10 - Centro
Tel.: (68) 3223.1628/
3222.7968
II BA Produtos Florestais
Sustentáveis
Av. das Acácias nº 806
Distrito Industrial
Tel.: (68) 3229.6434
UNIDADES
Localize os endereços
em Rio Branco acessando
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Terra de Chico Mendes, o Acre foi povoado por homens em busca das
promessas da floresta. A capital, Rio Branco, deve suas origens a um
seringal cuja paisagem era marcada por uma grande gameleira. Nos
arredores dessa velha árvore – que ainda existe – estourou o conflito
que culminaria com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903,
quando o estado passou a fazer parte do território brasileiro.
Os acrianos se orgulham de possuir 16 milhões de hectares de florestas
tropicais, onde vivem 700 mil habitantes, incluindo 14 diferentes
nações indígenas. A influência dessas nações marca fortemente a
Produção Associada ao Turismo, que envolve o uso de sementes, raízes
e madeiras certificadas na fabricação artesanal de biojoias, móveis e
objetos decorativos.
27
Rio Branco
unidades produtivas
Em harmonia com a selva
Sementes de açaí, buriti, paxiubão, paxiubinha, jarina, murumuru... Diferentes
cores e formatos compondo colares, pulseiras, brincos, anéis,
gargantilhas, cordões, braceletes... Em Rio Branco, a biojoia é desenvolvida
com maestria por artesãos que usam igualmente madeira, fibras, cocos,
conchas e até ouriços de castanha para criar acessórios. As peças podem
ser encontradas em lugares como a Casa do Artesão, que hoje agrega cerca
de 170 pessoas. “Aqui o turista encontra uma boa mostra do artesanato que
se baseia no manejo sustentável e não causa danos à natureza”, afiança
Carlos Laran Taborga, presidente da instituição.
Esculturas de sementes
Usando sementes e folhas para fazer pequenas esculturas, quadros, portaretratos
e abajures, a Cooperativa de Artesanato Amazônico Paiol reúne
30 artistas, a maioria dos quais mulheres, que compartilham os mesmos
esforços desde 2004. “Compramos as sementes brutas e levamos para
beneficiar nas pequenas oficinas das próprias artesãs”, explica Vera Lúcia
da Silva Santos, presidente da entidade.
Raízes que curam
Em toda a região Norte, o uso de plantas e raízes para o tratamento de
doenças integra um saber popular cujos segredos são repassados de geração
a geração, algumas vezes com eficácia cientificamente comprovada.
Os turistas podem conhecer as “farmácias verdes” que têm as prateleiras
atulhadas de saquinhos de cipó, boldo-do-chile, carapiá, capeba, capuí,
coita-cavalo, aroeira, amor-crescido, bugre, arnica-do-mato, ambé, alcaçuz...
“Existem plantas para curar todos os males”, acredita Raimundo
Nonato Pereira da Silva, o Dr. Raiz, que há mais de 20 anos lida com um
variado arsenal de remédios naturais para problemas de qualquer natureza.
Madeira certificada
A exploração predatória da madeira, impulsionada por um mercado que
envolve milhões, ameaça diversas espécies brasileiras, por isso os empresários
eticamente responsáveis só adquirem madeira proveniente do
manejo florestal certificado. É o caso de George Dobré, cuja pequena
empresa, aberta há cinco anos em Rio Branco, mantém íntima reciprocidade
com o desenvolvimento florestal. “Além de utilizar madeiras pouco
exploradas, fazemos parcerias com as comunidades locais, retirando uma
pequena quantidade de cada espécie, sempre de forma proporcional à
quantidade existente e ao tempo de recuperação da mata”, revela George,
que fabrica utilitários domésticos, móveis e brinquedos educativos com
design sofisticado.
População: 305.954 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 9.223 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 31°C
Município de Rio Branco
Como Chegar:
Aéreo:
As companhias aéreas Gol e
TAM possuem voos regulares
para Brasília e outros destinos
regionais.
Rodoviário:
A partir de Porto Velho/RO,
tomar a BR-364. A partir de
Manaus/AM, tomar as rodovias
BR-319, BR-174 e BR-425.
Internet
Website:
www.ac.gov.br
E-mail:
turismo@ac.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo do Acre
Av. Chico Mendes, s/n –
Arena da Floresta
Tel.: (68) 3901.3023
Caminhos do Fazer
28
Lendas amazônicas
No Acre, a influência do folclore amazônico é muito forte em grupos de música
e teatro, como é o caso do Grupo Vivarte, que procura recriar a oralidade
dos povos da floresta (seringueiros, ribeirinhos e indígenas), apresentando
peças nas comunidades, com a encenação de antigas lendas e rituais.
Já o Jabuti-Bumbá, criado há quatro anos pelo artista plástico e compositor
Cícero César de Farias, une música, dança e alegorias em apresentações
com 40 integrantes. Eles usam sanfona, zabumba, tambor e maracás para
falar – ou melhor, cantar – as tradições amazônicas.
Sabor indígena
Como todas as cidades da região Norte, Rio Branco possui uma culinária
de sotaque indígena, com o farto uso do tucupi (caldo amarelo extraído
da mandioca) em pratos consagrados, como o tacacá, que leva também
camarões secos, goma e folhas de jambu. O pato no tucupi é servido em diversos
lugares, geralmente acompanhado de arroz-branco e farinha-d´água.
“O pato é o nosso carro-chefe, mas também temos peixes inigualáveis, como
o tambaqui e o pirarucu”, declara Socorro Moreira Jorge, proprietária de
um restaurante que usa produtos da terra para inovar no tempero, criando
iguarias como o tijolinho de pirarucu, o risoto de tucupi e o porquinho-domato
ao leite de castanha.
Doces tropicais
Os doces mais procurados de Rio Branco são feitos de frutas tropicais. “Os de
cupuaçu saem muito. Por semana, usamos 100 quilos de polpa”, revela Raylda
Carvalho Silva, que mantém uma microempresa onde os maiores sucessos
são o salame de cupuaçu – espécie de charuto de polpa de cupuaçu com
castanha –, a castanha cristalizada, as trufas e os chocolates com maracujá.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
COOESA - Cooperativa
de Produtos e Serviços
Econômicos e
Solidários do Acre.
Rua João Donato,
nº 140- Parque da
Maternidade - Centro
Tel.: (68) 3223.0010
Cooperativa de Artesanato
Amazônico PAIOL
Rua Epaminondas Jacome,
Loja 06, Mercado
Velho - Centro
Tel.: (68) 3223.7532
Localize os endereços
em Rio Branco acessando
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culinária
AFA Bistrô
Rua Franco Ribeiro,
nº 109 - Centro
Tel.: (68) 3224.1396
Doces Tropicais
Travessa do Amapá,
nº 235 - Bairro Cerâmica
Tel.: (68) 3223.2590
Point do Pato
Rua das Palmeiras,
nº 613 - Tropical III
Tel.: (68) 3224.8009/
9972.8112
Tacacá da Base
Av. Ceará, s/n - Parque
da Maternidade
Tel.: (68) 3232.6141
Vivarte
Rua Tapajós Nº 508 – Isaura
Parente - Tel (68) 9957.9413
/ 9957.9421 / 9973.1389
Jabuti Bumbar (Associação
Cultural Impérios da Beija Flor)
Rua do Coco, nº 133 -
Mocinha Magalhães
Tel.: (68) 3229.5409/
9975.3311
CULT URA
29
Rio Branco
Uma visita ao Parque Municipal Seringal Capitão Cirico, um seringal transformado em parque em
1996, oferecerá ao turista a inédita oportunidade de conhecer o processo da extração de látex de
seringueiras. Ali são produzidos cerca de 15 litros de látex por dia e, a partir deles, bolas de futebol
ecológicas de couro vegetal.
Kibe de macaxeira com recheio de pirarucu é um prato de influência árabe facilmente encontrado em
Rio Branco. Outra forte influência é a boliviana, com as típicas saltenhas que são vendidas em vários
pontos da cidade. Proporcione ao turista estes sabores.
Programe uma visita à Usina de Artes João Donato, uma antiga usina de beneficiamento de castanhas.
Hoje um grande centro cultural com ampla programação, abriga ainda restaurante e café com produtos
típicos da Amazônia.
As Quadrilhas são importantes manifestações do folclore local e conquistaram recentemente um espaço
próprio para suas apresentações, o “Quadrilhódromo”. Se o roteiro for realizado no mês de junho, não
deixe de incluir uma noite de apresentações do Concurso Anual de Quadrilhas.
Encontre fornecedores em Rio Branco/AC acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Rio Branco
Caminhos do Fazer
30
Aracaju
Sergipe
31
Aracaju
Aracaju foi fundada em 1855 e já nasceu com o status de capital, a primeira
do Brasil a ser planejada. Hoje com cerca de 570 mil habitantes, é uma
cidade moderna. Sua ampla orla integra beleza natural a espaços de lazer
bem cuidados, com esmerado tratamento paisagístico.
Nas vizinhas Laranjeiras e São Cristóvão, porém, ambas tombadas pelo
Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil, passamos a ter maior contato com
a história de Sergipe, que remonta ao início do Brasil colônia.
Laranjeiras registra seu início ligado ao cultivo da cana-de-açúcar,
chegou a ter 75 engenhos em funcionamento , e foi também
sede de atuante mercado de mão de obra escrava. Essas raízes são
perceptíveis nas manifestações folclóricas e religiosas do local, que
evocam o continente africano em várias nuances. Hoje abriga o Campus
de Cultura da Universidade Federal de Sergipe, com a oferta dos cursos
de arqueologia, arquitetura, museologia, teatro e dança.
A primeira capital de Sergipe e a quarta cidade do Brasil, São Cristóvão
oferece, dentre muitos outros encantos, a possibilidade de uma viagem
ao passado. Seu histórico conjunto arquitetônico é primoroso, com
destaque para a Praça São Francisco, recentemente confirmada pela
Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Aracaju:
modernidade e história
São Cristóvão
Laranjeiras
Caminhos do Fazer
32
Antônio Tavares dos Santos/
Pinto Santeiro
Rua Maria de Amarante,
32 – Farolândia
Tel.: (79) 3248.6553 /
9192.3670
ARATI PE – Associação de
Artesãos e Alimentos Típicos
Av. Santos Dumont,
s/n - Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3236.1154 /
9826.2624
Ateliê de Artes Mônica
Schneider
Rua Euclides Góis, 1326 -
Térreo - Coroa do Meio
Tel.: (79) 3255.1528/
8832.3729
Briceletes do Convento
“Imaculada Conceição”
Praça São Francisco,
12 – Município de
São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.1235
Centro de Cultura de
Arte J. Inácio
Av. Santos Dumont,
s/n - Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3255.1413
Coisas Nossas,
Produtos da Terra
Av. Augusto Maynard,
92 - São José
Tel.: (79) 3213.0562
José Roberto Freitas/Beto
Pezão Artesão
Rua Carlos Menezes,
152 - 18 do Forte
Tel.: (79) 3236.1197
Arte em barro e madeira
São muitas as mãos ocupadas há gerações na transformação de matéria
da natureza em arte, em todo o estado de Sergipe. Do singelo artesanato
de barro e madeira às autorais esculturas e elaboradas obras de arte sacra,
Aracaju oferece de tudo isso um pouco.
Beto Pezão, natural de Santana de São Francisco, antiga Carrapicho e
berço de muitos manuseadores do barro, aprendeu com seu pai a arte de
moldar e modelar argila. Seu trabalho é peculiar e está exposto para além
das fronteiras nacionais. A característica marcante, que lhe rendeu o apelido,
são os pés grandes de suas representações humanas, recurso por ele
encontrado quando ainda principiante, para dar estabilidade às esculturas.
Anjos, santos e imagens da virgem brotam, em traços delicados e precisos,
de um bloco de madeira bruta, cirurgicamente esculpido por Pinto
Santeiro. Este sergipano de 51 anos explica enquanto dá acabamento a um
deslumbrante resplendor do Divino Espírito Santo: “Recebo encomendas
de muitos estados, soube que já tem trabalhos meus nos Estados Unidos
e na Europa. A gente fica feliz, né?”
Uma visita ao Centro de Cultura e Arte J. Inácio garante ao turista o
contato com o que há de mais representativo em Sergipe da arte em argila
e madeira, rendas e cestaria.
As muitas rendas de Sergipe
A técnica é originária da Itália, trazida da Europa por missionárias irlandesas.
Esse modo de transformar rebuscadamente fios de seda em
bordados minuciosos é a renda irlandesa. Executada primorosamente no
interior do estado, esta relíquia sergipana é reconhecida pelo Iphan como
Patrimônio Cultural do Brasil.
O rendedê é outra modalidade de exercer com perfeição, agora com
traços geométricos, a arte de bordar e de oferecer trabalho e renda – entendida
como fonte de receita – às mulheres sergipanas que sabem usar
agulhas e dominam os fios.
Os bordados de Sergipe, que incluem também pontos como a renda
de bilros, o labirinto e o richelieu, podem ser facilmente encontrados nos
muitos pontos de venda de artesanato da capital, como o Centro de Cultura
e Arte J. Inácio e o Mercado Municipal Albano Franco.
UNIDADES unidades produtivas
Localize os endereços
em Aracaju acessando
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33
Aracaju
População: 570.039 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 181.801 km2
Tipo Climático: Tropical
Temperatura Média: 26°C
Município de Aracaju
Como Chegar:
Aéreo: Aracaju recebe voos das
principais companhias aéreas do
Brasil, oriundos das principais
capitais estaduais.
Rodoviário: A cidade de Aracaju
é ligada pela Linha Verde, rodovia
que se inicia no estado da Bahia
e que facilita o tráfego turístico
da região Nordeste.
O retrato da caatinga
A observação de cactos da caatinga nordestina serve de inspiração e transforma
essas ásperas e espinhosas formas em reproduções de fascinante
beleza, pelas mãos hábeis de Mônica, que pintam e moldam.
Em seu charmoso ateliê, o turista poderá ver o processo de criação
desta gaúcha de Flores da Cunha, que adotou há 30 anos Aracaju como
cidade natal. Ali suas peças, que vão da pintura sobre tela e cerâmica a
mosaicos e esculturas de papel-machê, dentre outras, podem ser apreciadas
e adquiridas.
Biscoitos generosos
A centenária São Cristóvão surpreende ao brindar o turista com bem mais
do que um recuo na história do Brasil. Lá, uma visita à Congregação das
Irmãs Missionárias Lar Imaculada Conceição, na Praça de São Francisco,
é oportunidade ímpar de contato com a história de Irmã Dulce e de seus
relevantes serviços emprestados à caridade, contada pelas religiosas que
também apresentam a sua obra voltada para crianças e adolescentes em
situação de risco.
É neste sossegado ambiente que as freiras nos convidam a provar os
briceletes, biscoitos ali produzidos, com o auxílio de uma autêntica máquina
suíça. São finíssimas e saborosas folhas de massa crocante que lembram
waffles. A delicada guloseima é tradicionalmente preparada em conventos
beneditinos. Em São Cristóvão, ao comprar os briceletes, o turista estará
contribuindo para a obra da Congregação. A arte em madeira
Caminhos do Fazer
34
CULT URA
Cacumbi do Mestre Deca
Rua Oscar Ribeiro, s/n –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 3281.1346 /
9927.4989
Grupo Cultural Quadrilha
Junina Unidos em Asa Branca
Av. Adel Nunes, 1005
Conjunto Augusto Franco –
Farolândia
Tel.: (79) 3179.8905 /
9971.9862
Grupo Folclórico
Samba de Parelha
Rua Marizete, 04 – Município
de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 3281.4642 /
9947.0733
Grupo de Samba de Côco
do Povoado de Mussuca
Rua do Barão, s/n –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 8128.0911
Reisado Mirim
de São Cristóvão
Rua Baixo da Colina,
12 – Município de São
Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.4869
Samba de Côco
da Baixa da Colina
Rua U, 39 – Município
de São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 8834.1287
Taieiras de Laranjeiras
Rua Umbelina Araújo, 04 –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 9192.4741
Santo Antônio, São João e São Pedro
As festas juninas têm marcante presença em todo o Nordeste brasileiro.
Em Sergipe a programação no mês de junho é intensa e ininterrupta,
na capital e no interior. Quadrilhas, bandas de pífaros e bacamarteiros
apresentam-se iluminados por fogos de artifício. O forró pé de serra
é dançado em todos os cantos, interpretado por muitas vozes e sanfonas.
Aracaju transforma-se num grande e colorido palco, espetáculo imperdível
para o turista, que também se deliciará com os variados pratos,
à base de milho, típicos destas comemorações.
Os folguedos de Laranjeiras
São extremamente significativas as manifestações culturais em todo o
estado de Sergipe. Somente em Laranjeiras, conhecida como a Capital
da Cultura Popular, há registro de pelo menos 12 folguedos, os grupos
folclóricos que contam a história do quotidiano e das crenças das comunidades
locais, revelando a forte presença da ascendência africana. São
os Reisados, o Samba de Coco e de Parelha, as Taieiras, o Cacumbi, para
enumerar somente alguns. Os grupos saem em cortejo nas datas festivas,
mas podem ser vistos a qualquer tempo, se agendadas as apresentações.
manifestações e grup os culturais
Castanhas, doces e licores
A casa tem ares de delicatessem, mas começou com um simples e despretensioso
boxe no Mercado Central, assim nos informa o neto da comerciante
de queijos e manteiga precursora do negócio. Hoje administrador de
um bem-sucedido empreendimento, Márcio acompanha-nos pela loja de
muitas e bem arrumadas prateleiras que expõem biscoitos de qualidades
diversas, castanhas ao natural ou saborizadas, doces e licores à base de
ingredientes regionais.
A visita à linha de produção é uma atração à parte e pode ser feita se
agendada. Ao final o turista poderá degustar algumas das delícias da casa,
acompanhadas de um bom café expresso, confortavelmente acomodado
numa área reservada a lanches que é mais um requinte do lugar.
Localize os endereços
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35
Aracaju
Internet
Website:
www.turismosergipe.net
Informações Turísticas
Emsetur - Empresa Sergipana
de Turismo
Travessa Baltazar Goés,
86 - Centro
Tel.: (79) 3179.7555
Fax: (91) 3223.6198
Do rio e do mangue
A típica comida nordestina é encontrada nos muitos restaurantes de Aracaju,
da carne de sol com macaxeira à peixada, passando pelos frutos do mar.
Mas são os pitus, os camarões gigantes de água doce, e os caranguejos de
várias famílias os genuínos representantes da culinária sergipana.
Eliane, carioca, mas filha de pai sergipano, orgulha-se de ter criado a
receita que é o carro-chefe de seu simpático restaurante: o pitu com pirão.
“O pitu só dá em rio que tem pedra, e só quando chove de trovoada e vem
aquela enxurrada ... Época de seca não dá, não. E também andam pegando
os pitus muito pequenos, estão quase em extinção”, informa Eliane,
justificando a razão de hoje oferecer o pirão também com camarão e com
robalo. A caldeirada sergipana, que junta pitu, camarão, aratu e siri - primos
do caranguejo -, ostras, robalo e sururu, é também presença garantida
na mesa dos visitantes, que antes saboreiam a casquinha de aratu, para
encerrar o banquete com doces caseiros de frutas regionais como a jaca,
a mangaba e o caju.
O caranguejo, a outra estrela da mesa sergipana, é uma iguaria tão
apreciada que ganhou para si uma avenida inteira. A Passarela do Caranguejo,
na orla de Atalaia, é um corredor de bares e restaurantes que
servem diariamente o caranguejo toc-toc, além de receitas sob a forma
de moquecas, tortas, dentre outras. O ponto é movimentado, funciona da
manhã à noite e muitas casas oferecem música ao vivo.
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
36
culinária
Restaurante e Casa
de Forró Cariri
Av. Santos Dumont, s/n
Passarela do Caranguejo -
Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3243.1379 /
3243.5370
Restaurante Pitu com
Pirão da Eliane
Av. Santos Dumont, 957 –
Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3243.4747
Casa da Queijada
Praça Getúlio Vargas, 36 –
Município de
São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.1376
“Nesta decoração tentei reproduzir o cangaço, o sertão... A minha casa
é única no Nordeste porque quem está no restaurante não percebe o que
acontece lá dentro, quem está no forró não perturba quem veio só para
jantar”, explica Hamilton, proprietário de um amplo restaurante agregado
a uma bem-montada casa de shows com pista de dança. “Na temporada
atendo pra lá de mil pessoas por dia, das 10h da manhã até o último
cliente”, estima Hamilton, com indisfarçável satisfação.
As queijadinhas de São Cristóvão
“Quem vai a São Cristóvão e não prova a queijadinha não esteve em São
Cristóvão”, lembra o dito popular, levado a sério pelos visitantes, que
provam e compram para levar este delicioso quitute oferecido em muitas
portas da aconchegante cidadezinha.
A receita veio com os primeiros colonizadores portugueses. As sinhás
transmitiram o modo de fazer às escravas que, após a abolição, na falta
de emprego, passaram a fazer as queijadinhas para vender, com farinha
de mandioca em vez de farinha do reino e coco ralado em vez de queijo.
“Muitas famílias viveram e vivem até hoje da queijadinha” relata Dona Marieta,
que não sabe precisar há quantas gerações esse ofício a acompanha.
Atualmente faz 250 queijadinhas por dia e, em ocasiões festivas, a produção
pode chegar a 2 mil unidades. Dona Marieta vende os seus produtos, que
incluem outros tipos de biscoitos, numa pequena lanchonete, na frente de
sua casa, e informa que as queijadinhas podem seguir viagem sem susto,
pois duram até 30 dias da data de fabricação.
Localize os endereços
em Aracaju acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
37
Aracaju
Agende uma apresentação de um dos grupos de teatro de Aracaju. Um dos mais tradicionais, o Imbuaça,
fundado em 1977, possui sede estruturada e faz apresentações de peças que versam sobre
o folclore de Sergipe.
O Parque da Cidade é um belo espaço com grande área arborizada, minizoológico e bares. Às sextasfeiras
e aos domingos, há apresentações de chorinho em uma das casas.
Dezenas de Grupos de Quadrilha de todo o estado invadem a cidade no mês de junho para o tradicional
e animado Concurso do “Arranca-Unha”, evento que acontece desde 1986 no belo anfiteatro
do Centro de Criatividade. Não deixe de proporcionar ao turista esta experiência.
Se seu roteiro para o turista acontecer no mês de janeiro, inclua o Encontro Cultural de Laranjeiras,
evento em que há a apresentação de todos os grupos folclóricos da cidade. Já no mês de outubro, no
mesmo município, será a única chance de o turista presenciar a manifestação folclórica do Lambesujo
e Caboclinho, uma encenação de batalha entre os negros fugidos e os índios contratados pelos
senhores locais para capturá-los.
Encontre fornecedores em Aracaju/SE acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Aracaju
Caminhos do Fazer
38
Bezerros: do Papangu
e muito mais
Bezerros
Pernambuco
Centro de Artesanato PE
BR-232 km 107 – Av. Major
Aprígio da Fonseca,1100
Tel.: (81) 3728.6650 /
3728.6651 / 3728.6648 /
8605.0880
J. Borges Xilogravura e Cordel
Av. Major Aprígio
da Fonseca, 420
Tel.: (81) 3728.0364 /
8839.0373
JN Artesanato
Rua Dr. Antônio Sales, 447 –
Santo Antônio
Tel.: (81) 9668.3106 /
3728.0080
Josy e Cláudio Artesanato
Rua Princesa Isabel, 163
Tel.: (81) 9175.6638 /
9136.8150
UNIDADES
Localize os endereços
em Bezerros acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
O bom humor e a arte parecem ser vocações naturais de Bezerros, localizada
no agreste pernambucano, a 100 km de Recife. A xilogravura,
o trabalho em barro e a produção de doces e quitutes são atrações que
encantam todas as épocas do ano em que visitarmos Bezerros. Mas é no
carnaval que a cidade se transforma, com a chegada de 500 mil turistas
em busca da Folia de Papangu, o tradicional Carnaval dos Mascarados,
que teve seu início em 1909.
Conta a lenda que “Papangu que se preza tem que ter o rosto coberto,
tem que estar disfarçado”. Foi assim que se iniciou uma curiosa e hoje
vigorosa produção de máscaras artesanais. Originalmente para esconder
os brincantes, esses adereços em papel-machê e colê transformaram-se
em objetos de decoração apreciadíssimos, gerando renda para algumas
dezenas de bezerrenses.
39
Bezerros
unidades produtivas
A expressão do Agreste
A literatura de cordel ilustrada pela xilogravura, uma das mais expressivas
manifestações da cultura nordestina, tem no agreste pernambucano importante
celeiro de talentos.
É com muita simplicidade que J. Borges, artista sexagenário de renome
internacional, sem levantar a vista da talha na qual trabalha, nos conta:
“Aprendi sozinho, pela necessidade mesmo, com nosso professor eterno
que é o mundo. Um dia Ariano Suassuna viu. Ficou maravilhado. Depois
disso não parou de chegar gente aqui, e eu não parei de viajar... ”. O seu
amplo ateliê é aprazível. Além da oficina, onde é possível vê-lo trabalhar,
uma loja na frente expõe enorme diversidade de suas obras, que vão das
xilogravuras originais às reproduções em cerâmica, azulejo, canecas, camisetas,
chaveiros, dentre outros.
As máscaras de Bezerros
“Não existe Bezerros sem Papangu, e não existe Papangu sem máscara”,
assim Seu Lula Vassoureiro, o Mestre das Máscaras Gigantes, explica a
origem desse artesanato em Bezerros, enquanto mostra satisfeito o seu
ateliê, onde expõe da minúscula máscara que pode ser um ímã de geladeira
ou um chaveiro, aos surpreendentes bonecos medindo até 5 metros de
altura. A receita é simples, ele não esconde: “jornal, grude de goma, tinta,
paciência, criatividade e muito amor”.
São muitos artesãos que hoje em Bezerros produzem máscaras de
diferentes estilos. Uma visita a seus ateliês, para vê-los trabalhar e para adquirir
seus produtos será sem dúvida uma deliciosa e colorida experiência.
O barro dá frutos
Maçãs, uvas, peras e bananas são moldadas à mão em barro preto para,
depois de secas, receberem cores fortes e vivas de tinta. Esse é o ofício
da família Neri, iniciado aos 10 anos de idade pelo patriarca, hoje já falecido.
Andréa, que sucedeu o pai no comando do negócio, explica: “ Agora
tem muitos fazendo, ele começou, mas virou tradição de Bezerros. Vem
muita gente do Recife, de Caruaru e até de São Paulo, e compram bem...”
Os frutos de barro, de grande efeito decorativo, são vendidos no ateliê,
onde o turista poderá também conhecer a linha de produção.
População: 58.354 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 493 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 23°C
Município de Bezerros
Como Chegar:
Rodoviário:
A 107 km de distância da capital,
Recife, o melhor acesso é pela
rodovia BR-232.
Internet
Website:
www.bezerros.pe.gov.br
E-mail:
turismobezerros@hotmail.com
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo
de Bezerros
Rua da Matriz, s/n
Tel.: (81) 3728.6706
Caminhos do Fazer
40
Tem papangu na escola
A tradição do Papangu de Bezerros é tão forte que extrapola o carnaval
e atinge as mais tenras gerações. O Folcpopular é prova disso, como nos
relata Mileide, a entusiasmada professora de dança idealizadora do projeto
que reúne cerca de 90 crianças e adolescentes: “O grupo foi fundado em
2001 com o propósito de resgatar e valorizar a nossa cultura, principalmente
as manifestações populares, em especial a tradição do Papangu, o nosso
carro-chefe”.
Coco, xaxado, ciranda, quadrilha e baião são os outros gêneros do espetáculo,
que já chegou até ao festival de dança em Blumenau, no ano de 2009.
O grupo faz apresentações itinerantes em outros municípios e é possível
assistir a elas em eventos fechados mediante agendamento.
Bolos e companhia
Os bolos, biscoitos e bolachas produzidos em Bezerros são importantes itens
da culinária local, apreciados por moradores e visitantes.
José Paulino, proprietário de um dos muitos estabelecimentos que produzem
e comercializam estes produtos, conta-nos a história do Bolo Barra
Branca: “Foi há mais de 60 anos, foram fazer o bolo e erraram o ponto, aí
ficou aquela barra branca...”. A temperatura e a proporção dos ingredientes
são fundamentais, mas é a qualidade da mandioca que faz a diferença,
“depende do solo, só a mandioca de Bezerros dá esse ponto”, explica José
Paulino, que hoje estima vender 30 mil quilos de bolo por mês, abastecendo,
além de Bezerros, todo o estado de Pernambuco, vendendo ainda para
Alagoas, Paraíba e São Paulo.
Sabor do açude
Peixes de água doce, oriundos dos açudes da região, ganham sofisticação
quando preparados em receitas elaboradas e apresentados com o requinte
da cozinha contemporânea.
Na Serra Negra, a 8 km do Centro de Bezerros, instalado numa charmosa
pousada, um restaurante aberto ao público surpreende com a tilápia
acompanhada de purê de inhame e castanha de caju, servida em pratos de
porcelana inglesa, herança de família de Cristina, chef e proprietária da casa.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Lula Vassoureiro
Rua Otávia Bezerra Vila Nova,
64 – Santo Amaro
Tel (81) 9102.0665
Porão Azul – ASA –
Associação Sivonaldo Araújo
Rua João Bernardo da Silva,
03 A – Centro
Tel.: (81) 8896.3136 /
9739.8086
Localize os endereços
em Bezerros acessando
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culinária
Laís Bolos
Rua Deoclécio Leão,
105 – São Sebastião
Tel.: (81) 3728.1448 /
9981.4646 / 9707.1867
Restaurante Ayatama
Estrada de Serra Negra, s/n
Tel.: (81) 3708.3079 /
9971.4340
Folcpopular
Sede no Centro de Atenção
Integral à Criança e ao
Adolescente
Tel.: (81) 3728.6704 /
9294.6994
CULT URA
41
Bezerros
As máscaras de papel-machê e colê merecem um programa especial na visita a Bezerros. Reserve um
período para conhecer os diversos ateliês e proporcione ao turista a possibilidade de ver os artesãos
em ação.
Não deixe de incluir visita ao Porão Azul, que expõe o acervo de obras em papel-machê de Sivonaldo
Araújo, importante artista de Bezerros, falecido recentemente.
Inclua também os ateliês de xilogravura onde poderão ser adquiridas obras originais e interessantes
reproduções em azulejos, camisetas e peças utilitárias.
Não deixe de apresentar ao turista os bolos e biscoitos de Bezerros, dentre eles o inédito e exclusivo
Bolo Barra Branca, confeccionado com farinha de mandioca.
Programe uma visita ao Centro de Artesanato de Pernambuco, que reúne, além de peças do artesanato
bezerrense, obras de artesãos de todo o estado.
Para um encontro com a natureza local, reserve um período para visita à Serra Negra, a 8 km do Centro
de Bezerros. O local abriga um Parque Ecológico com mirantes e várias grutas naturais, sendo um dos
principais pontos de Pernambuco para a prática de voo livre.
Encontre fornecedores em Bezerros/PE acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Bezerros
Caminhos do Fazer
42
Caicó: produção,
devoção e cultura
Caicó
Rio Grande do Norte
Cachaçaria Samanaú
Av. Seridó, 400 – Centro
Tel.: (84) 3417.4350 /
9601.9187
Complexo de Artesanato
Maria Vale Monteiro
Rua Otávio Lamartine, 603-B
Tel.: (88) 3417.5382 /
9972.3362
Produtos Caicó
Rua Nilo Peçanha, 131
Tel.: (84) 3417.2480 /
9948.3409 / 8821.1835
Queijaria Dona Gertrudes
Rua Olegário Vale, 415
Tel.: (84) 9952.9556 /
9921.4002
Sant’ana Redes
Rua Otávio Lamartine, 603–A
Sala 110 – Centro
Tel.: (88) 3421.3408 /
9979.5710
UNIDADES
Localize os endereços
em Caicó acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
Caicó tem sua origem na atividade pecuária, quando a ocupação do litoral
com a cultura da cana-de-açúcar levou o gado para o sertão, à procura
de pasto. Sob as bênçãos de Sant’Ana, a padroeira, a interiorização do Rio
Grande do Norte na região do Seridó, da qual Caicó é a mais importante
representante, impulsionou importantes cadeias produtivas.
A necessidade de conservação da carne que seria transportada fez
nascer a carne de sol. Os queijos e outros derivados deram destino
à grande produção de leite. Bordados ocuparam as mãos das mulheres
de além-mar que transmitiram sua arte.
43
Caicó
unidades produtivas
Bordados em muitos pontos
“O bordado chegou ao Seridó com as mulheres dos colonizadores. Elas
bordavam para espantar a saudade”, é o que relata Dona Arlete, exímia bordadeira
e administradora do Complexo de Artesanato Maria Vale Monteiro,
que reúne 452 associados produzindo peças de cama, mesa e banho, redes,
enxovais para recém-nascidos, além de alguns itens de vestuário feminino.
O famoso Bordado de Caicó não é um ponto específico: “São vários,
principalmente o Richelieu, muitas vezes vários pontos na mesma peça”,
como explica Dona Arlete, acrescentando que o diferencial é a forma de
bordar que resulta num avesso perfeito.
A visita ao Complexo é obrigatória para o turista. Ali encontramos diversos
boxes onde se comercializam os produtos e é possível ver os profissionais
trabalhando.
Queijos e biscoitos
São muitos os produtores de queijo de coalho e de queijo-manteiga em
Caicó. Também oferecem manteiga de garrafa, nata fresca e ricota. Dona
Gertrudes, uma simpática sexagenária, conta-nos: “Tive que criar a família
sozinha, então fui fazer um queijinho”. Hoje o negócio ocupa os seus
3 filhos, além de nove funcionários, e produz diariamente cerca de 250
quilos de cada tipo de queijo.
Na frente da queijaria, que é possível visitar mediante agendamento,
há um mercadinho onde os produtos podem ser adquiridos e, com sorte,
experimenta-se uma especialidade: o queijo de raspa. “A gente raspa o
fundo do tacho e essa raspinha mistura no queijo-manteiga. É de quem
chegar primeiro” esclarece Dona Gertrudes.
Biscoitos doces e salgados são o ganha-pão de Dona Dalva, que tem uma
história muito parecida com a de sua amiga Dona Gertrudes. Ela também
criou a família com a sua habilidade e tem hoje a seu lado filhos e netos.
Na confortável lojinha, o turista poderá provar a variedade de quitutes,
que já ganharam o sul do país, e comprar os biscoitos impecavelmente
embalados para enfrentar a viagem.
A cachaça do sertão
A terra era pasto, mas em 1994 a construção da barragem Passagem das
Traíras perenizou o rio Seridó. Este evento, aliado à incidência solar e às
diferenças de temperatura diurnas e noturnas da região, fizeram surgir
a ideia do cultivo da cana, e, a partir dela, a decisão de produzir cachaça.
No Centro de Caicó, uma charmosa loja oferece degustação e comercializa
a cachaça em embalagens de extremo bom gosto. Agendando
a visita, é possível conhecer o alambique que produz para todo o Brasil
e alguns países do exterior.
População: 63.006 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 1.229 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 27,5°C
Município de Caicó
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de Natal, tomar
a BR-457 para o interior do
estado. Caicó está a 275 Km da
capital do Rio Grande do Norte.
Internet
Website:
www.prefeituradecaico.com.br
Informações Turísticas
Secretaria
de Turismo de Caicó
Av. Coronel Martiniano,
993 - Centro
Tel.: (84) 9953.0566
Sofisticada cachaça do sertão.
Caminhos do Fazer
44
A cultura do Seridó
O Museu do Seridó é um órgão suplementar da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte e está instalado num prédio que data de 1812, no qual
funcionava o Senado da Câmara local.
“O museu conserva muito a cara da região e disponibiliza uma linguagem
mais simples para aquilo que é científico”, explica o professor Lourival, historiador
responsável, enquanto nos mostra o acervo organizado por módulos
temáticos que narram a história do seridoense.
Para conhecer ainda mais da cultura e da história do Seridó, uma visita
à Casa de Cultura Popular é indispensável. Também instalada num prédio
centenário, é ligada à Secretaria de Educação e Cultura e desenvolve
importantes projetos. Diariamente funcionam oficinas de teatro, canto e
artes plásticas para crianças, adolescentes e adultos. Ali é possível, ainda,
visitar a Galeria dos Imortais Caicoenses, uma exposição permanente de
brinquedos populares e um pequeno museu de utensílios e móveis montado
na antiga senzala.
Carne de sol em muitas versões
A carne de sol, que deveria ser chamada carne de sal pois é salgada e não é
curada ao sol , é o item mais típico da culinária de Caicó. Encontrada em todas
as casas de pasto da cidade, vem invariavelmente acompanhada da macaxeira.
Sandro e Rosilene, chefs autodidatas, são proprietários de um restaurante
que oferece, ao almoço, variado buffet no qual a carne de sol reina de
maneira absoluta. À noite, o casal recebe, mediante agendamento, grupos
fechados para a degustação de um menu composto por verdadeiras iguarias,
na forma de sofisticadas receitas que revisitam os ingredientes do sertão.
A carne de sol, dentre outros pratos da típica comida sertaneja, pode ser
apreciada aos fins de semana e feriados, num antigo sítio a 6 km do centro
de Caicó. Originalmente construído para retiros religiosos, mantém intacta a
decoração de época e é possível visitar as instalações, enquanto as crianças
se divertem no playground.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços
em Caicó acessando
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culinária
Eremitério São Sabas
Sítio Piató
Tel.: (84) 8723.1320 /
3417.1320
Restaurante Brilhante
Tel.: (84) 3417.3866 /
8838.2299
Casa de Cultura Popular
Rua Padre Antônio Maria, 134
Tel.: (84) 8723.1384 /
8832.7062 / (84) 3417.1384
Museu do Seridó
Rua Amaro Cavalcante, 123
Tel.: (84) 3421.7842 /
9635.9644
CULT URA
45
Caicó
Programe uma visita ao Complexo de Artesanato Maria Vale Monteiro, para apresentar ao turista
a perfeição dos muitos pontos utilizados no Bordado de Caicó. Nas lojas ali localizadas é possível
adquirir os produtos e assistir ao trabalho das bordadeiras.
Caicó é famosa pela produção de queijos, principalmente o queijo-manteiga e queijo de coalho. Nas
diversas queijarias da cidade, sempre com um mercadinho na frente, o turista pode degustar e comprar
os produtos. Outro sabor local que não se deve perder é o dos biscoitos.
Dedique um período para o Museu do Seridó, que busca remontar os costumes da região do Seridó
a partir de objetos, artesanato, obras de arte e maquinários doados pelas famílias seridoenses.
A Casa de Cultura Popular é outro importante espaço cultural de Caicó. Lá é possível ter uma aula de
pintura com os mestres, que dedicam seu tempo a ensinar pessoas de todas as idades.
Programe uma visita à Ilha de Sant’Ana, um complexo turístico construído sobre uma ilha fluvial do rio
Seridó, que reúne diversos bares e lanchonetes, boxes de artesanato, além de playgrounds, anfiteatro
e quadras esportivas.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Caicó
Caminhos do Fazer
46
Pelos caminhos da fé
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
Ceará
Associação dos Artesãos Mãe
das Dores do Padre Cícero
Rua Padre Cícero, 210 –
Centro – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3512.2829
Alamoca – Ass. de
Lapidários, Artesãos Minerais
e Ourives da Região do Cariri
Av. Carlos Cruz, 1375 –
Franciscanos –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 8813.9027 /
9942.8811
Centro de Cultura Popular
Mestre Noza
Rua São Luiz, 95 – Antigo
Quartel – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3511.3133 /
9926.9357
Galeria de Artes Santa Helena
Rua Santa Rosa, 127 –
Socorro – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3511.0801 /
9965.0571
UNIDADES
Localize os endereços em Juazeiro
do Norte e Nova Olinda acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
A região do Cariri, situada no sul do Ceará, teve seu desenvolvimento
impulsionado pelo afluxo de peregrinos, devotos de Padre Cícero. Juazeiro
do Norte é hoje o mais importante município da região, com pungente
comércio e forte atividade industrial. A vizinha Nova Olinda guarda
informações de grande interesse que datam da pré-história. As cinco
grandes romarias que ocorrem ao longo do ano recebem cerca de 2 milhões
de pessoas e estimulam importante Produção Associada ao Turismo.
47
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
unidades produtivas
A arte pela devoção
Incentivados por Padre Cícero, os muitos peregrinos que se radicaram no
pequeno arraial que deu origem a Juazeiro começaram a produzir inicialmente
utensílios para o seu cotidiano. O contato com matérias-primas,
como o barro e a madeira, revelou vocações, e assim passaram à escultura,
especialmente de motivos religiosos. Imagens sacras de todos os tamanhos
podem ser encontradas, do simples souvenir de gesso a grandes esculturas
finamente executadas com argila e fibra de vidro.
O Centro de Cultura Popular Mestre Noza é local de parada para o turista,
que poderá, além de conhecer uma diversificada gama de produtos, assistir
ao trabalho dos artesãos que ali se reúnem.
De palha e de pedra
Cestaria e objetos de decoração de palha são encontrados em várias versões
por todo o Cariri. É obrigatória uma visita à Associação dos Artesãos Mãe
das Dores do Padre Cícero em Juazeiro, onde Dona Tecla, a mais antiga
artesã, demonstra a sua destreza na arte de trançar.
Uma interessante parceria entre lapidadores e ourives, promovida pela
Associação dos Lapidários, Artesãos Minerais e Ourives, uniu em Juazeiro
a já tradicional ourivesaria à lapidação de pedras, resultando na produção
de belíssimas joias. Na sede da Associação é possível assistir à lapidação
de cristais, ametistas e turmalinas. Em Nova Olinda é a pedra-cariri que dá
vida a porta-retratos, gamelas e bandejas, dentre outros pequenos enfeites.
Tudo em couro
“Quem tem sangue de vaqueiro vai ser vaqueiro, quem tem sangue de
seleiro vai ser seleiro...”, é assim que Seu Espedito Seleiro nos conta a
história de seu ofício com o couro, que já ultrapassa gerações. Selas, gibões
e chapéus, além de calçados e bolsas, são os produtos que podemos vê-lo
fazer e que atualmente têm admiradores por todo o Brasil e no exterior.
Cordel e xilogravuras
A Universidade do Cariri abriga desde 1988 A Lira Nordestina, um verdadeiro
museu da xilogravura e do cordel, onde é possível conhecer maquinário
antigo e ver o trabalho dos xilogravadores. Além dos quadros originais,
disponibilizam produtos com reproduções das xilogravuras, tais como azulejos,
canecas, camisetas e sandálias de borracha.
População: 249.829 | 13.659
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 249 | 284 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 26°C
Município de Juazeiro
do Norte | Nova Olinda
Como Chegar:
Aéreo:
Existem voos diários para
Juazeiro do Norte.
Rodoviário:
Juazeiro do Norte: Partindo
de Fortaleza, BR-116 e BR-122.
Nova Olinda: Acesso via Juazeiro
do Norte a 53 km.
Internet
Juazeiro do Norte:
Website:
www.juazeiro.ce.gov.br
E-mail:
setur@juazeiro.ce.gov.br
Nova Olinda:
Website:
www.novaolinda.ce.gov.br
E-mail:
pmnosecult@hotmail.com
Informações Turísticas
Juazeiro do Norte:
Secretaria de Turismo e Romaria
de Juazeiro do Norte
Avenida Leandro Bezerra, s/n -
Memorial Padre Cícero
Telefone: (88) 3511.4040
Nova Olinda:
Secretaria de Turismo
de Nova Olinda
Av. Perimetral Sul, s/n - Centro
Tel.: (88) 3546.1700
Os meninos de Nova Olinda
“Tudo começou com o Memorial do Homem do Kariri, aqui mesmo, onde era
a Casa Grande da fazenda da minha família”, é o que nos conta Alembergue
Quindins, fundador do museu que hoje reúne um importante acervo de
referência do homem pré-histórico na Chapada do Araripe.
manifestações e grup os culturais
Caminhos do Fazer
48
Os sabores do Cariri
Baião de dois, carne de sol com macaxeira, paçoca, galinha-caipira, buchada
são alguns dos muitos pratos típicos do sertão nordestino que no Cariri recebem
a companhia da pequizada e do arroz com pequi. Do descontraído self
service temático ao restaurante à la carte, há opções para todos os gostos e
bolsos na hora de se deleitar com a mesa nordestina de Juazeiro e de Nova
Olinda, que também oferece peixes de água doce criados nos açudes locais.
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços em Juazeiro
do Norte e Nova Olinda acessando
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culinária
Restaurante Coisas do Sertão
Av. Padre Cícero, 3020 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.7676
Restô Jardim
Av. Leão Sampaio, 5460 –
Lagoa Seca –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.7768 /
8833.5327
Vivenda do Peixe
Sítio Jurema – Nova Olinda
Tel.: (88) 9601.4408 /
9632.5169
Genipoart – Ass. de Artesãos
do Grupo de Palha
Rua São Benedito, 2155 –
Pirajá – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3572.1330 /
9988.5097
Lira Nordestina
Ponto de Cultura
Rua Castelo Branco, 150 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3102.1150 /
9201.1143
Escola Atelier Espedito Seleiro
Rua Monsenhor Tavares, 190
– Centro – Nova Olinda
Tel.: (88) 3546.1432 /
9927.0402
Cooperativa de Artistas
Populares Filhos da Terra do
Padre Cícero
Rua Jaime Dócil, 488 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.2048 /
8808.4480 / 9217.3854
Fundação Casa Grande –
Memorial do Homem Kariri
Av. Geremias Pereira, 444 –
Centro – Nova Olinda
Tel.: (88) 3546.1333 /
3521.8133 / 9966.1874
CULT URA
O museu e a chegada de visitantes despertaram a curiosidade das crianças
de Nova Olinda. Alembergue viu-se repentinamente rodeado de pequenos
e tomou a decisão de ocupá-los. A Fundação Casa Grande hoje reúne cerca
de 70 crianças e adolescentes que, através de programas de formação
educacional, desenvolvem atividades de complementação escolar.
São laboratórios de música, cineclube, gibiteca, biblioteca e uma rádio
comandada pelos jovens, além do Teatro Violeta Arraes, que oferece uma
programação regular de apresentações dos grupos de percussão e dança formados
pela meninada. Em 2009, a Fundação Casa Grande sediou o Encontro
das Comunidades de Língua Portuguesa, encantando a todos pela variada e
consistente produção cultural.
Folia de Reis em Juazeiro
No primeiro dia do ano e no dia de Reis, as ruas de Juazeiro são tomadas
pelos artistas populares que saem em cortejo. São os reisados e os bacamarteiros.
“Tem de tudo, tem menino, tem velho, tem grupo só de mulher”
explica Auxiliadora, presidente da Cooperativa de Artistas Populares Filhos
da Terra do Padre Cícero, que reúne diversos grupos com o que há de mais
representativo no folclore do Cariri. As apresentações podem ser vistas em
qualquer época se devidamente agendadas.
49
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
A visita ao Centro de Artesanato Mestre Noza, no Centro de Juazeiro é indispensável. Lá o turista
encontrará grande variedade do artesanato local e poderá ver os artesãos produzindo.
Informe-se com antecedência da programação e ofereça ao turista a oportunidade de assistir a
apresentações de Reisados, Bacamarte, Dança de Côco, Banda Cabaçal, dentre outras.
Inclua visita à Lira Nordestina, que abriga importante acervo do cordel e da xilogravura.
Programe visita ao Memorial Padre Cícero em Juazeiro, onde pode ser conhecida a sua história e visto
o acervo de seus objetos pessoais.
É obrigatória a visita do turista à estátua de Padre Cícero na Serra do Horto, a terceira do mundo em
altura, medindo 33 metros.
Em Nova Olinda, na Fundação Casa Grande, a visita ao Memorial Homem do Kariri será guiada pelas
crianças participantes do projeto, que também darão conhecimento aos turistas da importante produção
cultural ali desenvolvida.
Ver trabalhar o Mestre Espedito Seleiro e conhecer suas belíssimas peças de couro é também uma
experiência que o turista não deve perder em Nova Olinda.
Encontre fornecedores em Juazeiro do Norte/CE e Nova Olinda/CE acessando:
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Juazeiro
do Norte e Nova Olinda
Caminhos do Fazer
50
Mata de São João:
do castelo e das praias
Mata de São João
Bahia
Associação Arte Forte
(Associação dos Artesãos da
Praia do Forte)
Rua Alameda da Lua, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 9913.7804
Associação de Artesanato da
Vila Sauípe – AAVS
Rua São João, s/n – Mata de
São João – BA
Tel.: (71) 3629.1028 /
8161.9936
AADAS – Associação dos
Artesãos de Diogo, Areal e
Santo Antônio
Rua do Diogo, S/n –
Localidade de Diogo
Tel.: (71) 9938.1421 /
8227.8570
APAS – Associação Produtora
dos Artesãos de Vila Sauípe,
Estiva, Canoas e Água
Comprida.
Rua Guabiroba, s/n –
Vila Sauípe
Tel.: (71) 3677.1237 /
9632.8253
UNIDADES
Localize os endereços
em Mata de São João acessando
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Data de 1551 a origem de Mata de São João com a construção do Castelo
Garcia D’Ávila, um forte estrategicamente localizado com o objetivo de
vigiar à época a costa baiana.
A 56 km da capital, Salvador, hoje o município, que oferece a combinação
de paisagens de deslumbrante beleza com significativo patrimônio
arquitetônico e fortíssimas manifestações culturais, é importante destino
de viajantes oriundos do Brasil e do exterior. Inserida na região turística
Costa do Coqueiros, no litoral norte da Bahia, Mata de São João conta com
excelente estrutura hoteleira, variada oferta de restaurantes e bares, além
de rico artesanato e de outros itens da Produção Associada ao Turismo.
51
Mata de São João
unidades produtivas
Fibras e telas
A arte de trançar a palha da palmeira piaçaba é herança dos índios tupinambás
e hoje ocupa dezenas de mulheres em todo o município de Mata de São
João. Reunidas em várias associações, as artesãs revezam-se em quiosques
na Praça da Alegria da Praia do Forte. Ali o turista tem a oportunidade de
constatar o que a habilidade de mãos como as de Dona Noêmia é capaz
de criar: são bolsas, chapéus, souplats, dentre outros muitos objetos. “Eu
aprendi com a minha mãe, que aprendeu com a mãe dela. Nosso trançado
tem um segredinho... Mas esse eu não posso contar!”, confidencia Dona
Noêmia, deixando escapar um maroto sorriso.
A ida a ateliês de pintura para ver artistas em ação é programa obrigatório
para o visitante que não resistirá a levar como lembrança uma tela
com coloridos motivos do quotidiano nordestino. Jorge dos Santos Silva,
carioca, é um dos artistas que adotaram a Praia do Forte como endereço e
inspiração. Ele retrata com traços peculiares, em acrílico sobre tela, a cena
sertaneja do cangaço e a alegria colorida das festas juninas.
Todos os ritmos da Bahia
A ascendência africana da população nascida em Mata de São João é
fortíssima e pode ser constatada nos muitos grupos folclóricos, que vão da
Capoeira ao Samba de Roda, passando pelas Danças dos Orixás, Puxada de
Rede, Maculelê e Dança de Jongo. Ró, uma simpática e despachada nativa
da Praia do Forte, é responsável por vários grupos folclóricos e explica a
importância da conservação dessas raízes culturais: “Acredito que a cultura
faz a diferença. É formadora de cidadão. Quem respeita sua história e seu
passado, não vai pra rua, não vai pras drogas”.
Mulheres de todas as idades formam o grupo Taboaras, e saem em
cortejo há 54 anos, na segunda-feira de carnaval. Dona Edite, a mais idosa
taboara em atividade, explica que o grupo tem músicas próprias, e entoa
exemplificando: “Minha gente, venha ver as tabaroa a vadiá, viemo hoje
aqui pro mode apresentá”.
manifestações e grup os culturais
População: 39.585 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 670 km2
Tipo Climático: Quente Úmido
Temperatura Média: 28°C
Município de Mata
de São João
Como Chegar:
Aéreo:
O acesso aéreo mais próximo
é pelo Aeroporto Internacional
Deputado Luís Eduardo
Magalhães. A partir deste, tomar
a Estrada do Coco, pela BA-099.
O município está a cerca de 50
km do aeroporto internacional.
Rodoviário:
A partir de Salvador, tomar a
Estrada do Coco, pela BA-099.
O município dista cerca de 56 km
da capital baiana.
Internet
Website:
matadesaojoao.ba.gov.br
E-mail:
contato@matadesaojoao.ba.gov.br
Horário de atendimento:
das 8h às 18h, todos os dias,
inclusive em feriados.
Informações Turísticas
Secretaria Municipal de Turismo
de Mata de São João
Rua Antônio Luís Garcez,
s/n, Centro
Tel.: (71) 3635.1310
Caminhos do Fazer
52
Moquecas e bolinhos
São muitos os restaurantes na Praia do Forte onde se pode provar a mais típica
comida baiana. Moquecas de frutos do mar, com leite de coco e azeite-dedendê,
reinam de forma absoluta, em receitas singulares, que acrescentam
queijo cremoso ou aipim ao tradicional preparo. “Minha avó fazia moqueca de
pitu. Dia de domingo, era muita gente e ela botava aipim dentro, para render
mais. Um dia eu fiz aqui com camarão, um cliente me viu comer, achou bonito,
pediu pra provar e disse: este prato tem que estar no cardápio”, relata Lu,
proprietária de um restaurante que há 4 anos serve a moqueca com aipim.
Os bolinhos de peixe da Praia do Forte são famosos e uma atração à parte,
pedido obrigatório em todas as mesas de todos os restaurantes, conforme
nos conta Seu Zequinha, marceneiro de origem e hoje comandante de um
agradável restaurante: “Todo o mundo pede, não tem quem não prove do
bolinho, é nossa tradição daqui da Praia do Forte”.
Mingau e tapioca
A partir das 5h30 da manhã o mingau de milho está pronto para ser servido.
“Muita gente gosta, tenho clientes certos e famosos. A Ivete Sangalo adora...”,
informa Dona Bibi, enquanto mexe o panelão de mingau e acrescenta:
“Aqui ainda vai alho, cravo, canela, açúcar e sal”.
À tardinha é a vez das tapiocas, bem no centro da Praça da Alegria,
num quiosque, que é uma minicasa de farinha. Ali, grupos de tapioqueiras
revezam-se semanalmente no preparo desta delícia nordestina. Os recheios
são variados, podendo ser doces ou salgados, da banana ao morango, da
carne de sol ao atum. Na alta temporada a demanda pelas tapiocas é grande,
como relata Dona Lourdes: “Os turistas fazem fila, a gente tem que dar uma
senha para organizar melhor...”.
CULIN Ária tÍpica local
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culinária
Casa de Farinha
da Praia do Forte
Praça da Alegria s/n
Tel.: (71) 8161.9936
Lanchonete Mingau da Bibi
Avenida Antônio Carlos
Magalhães, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 3676.1478
Restaurante Sabor da Vila
Av. Antônio Carlos Magalhães,
S/n – Praia do Forte
Tel.: (71).3676 1156 /
3676.1777
Restaurante Point da Lu
Avenida Antônio Carlos
Magalhães, s/n –
Praça da Alegria
Tel.: (71) 3676.0421 /
9619.4367
Atelier Manchas em
Movimento
Alameda da Felicidade, s/n
Tel.: (71) 3676.0667
Coopalt – cooperativa de
Artesanato do Trançado
Tupinambá
Avenida Beira-Mar, s/n (Porto
de Sauípe) – Entre Rios – BA
Tel.: (75) 3475.1172 /
(71) 9914.6837
ASACO M – Associação dos
Artistas Contemporâneos
Matenses
Rua 24 de Outubro, 47 –
Mata de São João
Tel.: (71) 3635.1249 /
9631.4472
Grupo Aganju
Praça da Alegria, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 9901.2510 /
9954.2656 / 9632.6125
Grupo de Capoeira Forte
Espaço Criança Cidadã –
Alameda das Estrelas
Tel.: (71) 8142.9332 /
9993.2081
CULT URA
Tio Ulisses é o responsável pela confecção das máscaras de papel-machê
que cobrem o rosto dos homens do bloco Os Caretas, que também desfilam
no carnaval. Ele conta: “Todas as máscaras têm chifres, falam que no tempo
dos escravos, eles cobriam o rosto com folhas e colocavam na cabeça chifres
de boi, para poderem fugir e ninguém pegar...”.
Às 19 horas de sábado a Praça da Alegria é palco da apresentação de
uma roda de capoeira, composta por meninos e jovens. Agendando, todos
os grupos se dispõem a fazer apresentações fechadas.
53
Mata de São João
As festas juninas, principalmente o São João, o réveillon e a festa do padroeiro, o Senhor do Bonfim,
em fevereiro, são animados eventos no município de Mata de São João. Informe-se das programações.
Mata de São João apresenta grande diversidade culinária. Sugerimos aproveitar as delícias regionais,
como o tradicional bolinho de peixe e as deliciosas moquecas de frutos do mar.
Vale a pena também reservar um período para conhecer o modo de vida tradicional e os produtos
artesanais das mulheres de Mata de São João. O artesanato de palha de piaçaba, junco e ouricuri, que
dão origem às belíssimas bolsas, cestos, chapéus, tapetes, jogos americanos, pode ser encontrado
tanto no Centro da Praia do Forte, como nas localidades de Vila Sauípe, Canoas, Estiva, Água Comprida,
Curralinho, Diogo, Areal e Santo Antônio.
Para entrar em contato com a natureza, sugerimos a visita à Reserva Sapiranga, localizada a 6 km da
Praia do Forte, formada por 600 hectares de mata atlântica totalmente preservada. Lá o turista tem
opções como trilhas, observação de pássaros, banho no rio Ipojuca, cavalgadas, bike tours, passeios
de bugres e quadriciclos.
Na Praia do Forte é obrigatório conhecer o projeto Tamar do Centro Nacional de Conservação e Manejo
de Tartarugas Marinhas. O Centro de Visitantes do Projeto está localizado à beira-mar e oferece uma
infraestrutura completa com lojas, tanques, aquários, bares, restaurantes, além do museu da tartaruga,
em exposição permanente.
Ainda na Praia do Forte, não deixe de visitar as inúmeras lojas de artesanato e souvenirs, não só da
Bahia, mas também de outros estados do Brasil.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Mata de São João
Caminhos do Fazer
54
Parnaíba:
a Capital do Delta
Parnaíba
Piauí
Associação Artesanal
do Barro Vermelho
Estrada de Ilha Grande, 355 –
Barro Vermelho.
Tel.: (86) 9950.4714
Associação de Artesanato
Nova Vida
PI 116 km 12 s/n – Povoado
Carnaubal Luiz Correia
Tel.: (86) 9931.8957 /
9977.1790
Associação dos Artistas
do Delta
Av. Presidente Getúlio Vargas,
53 – Centro
Tel.: (86) 3321.1856 /
8854.0876
UNIDADES
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em Parnaíba acessando
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Situada na reduzida e ensolarada costa piauiense, parte da Rota
das Emoções, que é composta ainda por Jericoacora (CE) e Lençóis
Maranhenses (MA), Parnaíba é banhada pelo rio Igaraçu, em cujas
margens fica o Porto das Barcas, antigo entreposto comercial e marco
da fundação da cidade. Hoje o local é ponto de visitação, com os
prédios históricos e armazéns transformados em lojas de artesanato,
restaurantes, pousadas e centros de atendimento ao turista.
Terra de peixes frescos e caranguejos graúdos, Parnaíba tem uma
culinária que seduz pela simplicidade. Engenhosos trabalhos de palha,
fibra, couro e barro integram o rico artesanato, reforçando a Produção
Associada ao Turismo. A cidade é a principal porta de entrada para o Delta
do Parnaíba, o único em mar aberto das Américas. Como ele, somente
o rio Nilo, na África, e o rio Mekong, na Ásia.
55
Parnaíba
unidades produtivas
Entre fibras e tramas
O artesanato em fibras é bastante popular na região, devido à fartura da
matéria-prima. Agave, taboa e buriti podem “se transformar em bolsas,
carteiras, tapetes, caminhos de mesa, chapéus e sousplats”, como enumera
Elda Maria dos Santos Lima, que participa da Associação Marias do Agave.
O turista encontra grupos organizados trabalhando com fibra de taboa
em povoados como Carnaubal, no município de Luís Correia. “Fazemos
tapetes, capachos, pufes... tudo o que o cliente quiser”, garante Raimundo
Nonato Alves de Sousa, presidente da Associação Nova Vida.
Na Ilha Grande de Santa Isabel, Serrate Maria Souza Gonçalves preside
uma associação em cuja sede os visitantes acompanham o hábil trabalho de
25 pessoas com palha de carnaúba. “A vantagem da carnaúba é que ela dá o
ano inteiro”, explica Serrate, cujas filhas já aprenderam a arte de transformar
palha em cestas, tapetes, mandalas e tudo o que a imaginação permitir.
Olê, mulher rendeira
Trazida ao Brasil na época da colonização, a magia do bilro continua passando
de mãe para filha nas comunidades litorâneas. Em Ilha Grande, a 7
km de Parnaíba, um grupo de rendeiras se uniu e está fazendo história.
Vencedoras em 2009 do Prêmio Top 100 de Artesanato, promovido
pelo Sebrae, elas ganharam fama nacional ao participarem do maior evento
de moda do país, ao lado do estilista Walter Rodrigues. Das tradicionais
toalhas e caminhos de mesa até peças inovadoras, como gargantilhas e
marcadores de livros, passando por detalhes de blusas e vestidos, as rendeiras
piauienses são exímias na arte de encantar.
Coisas da terra
Em Parnaíba o turista encontra uma enorme variedade de peças com barro e
couro. Na Estrada da Ilha Grande, a Associação Artesanal do Barro Vermelho
transforma argila em esculturas, peças de jardim e objetos decorativos,
além de máscaras variadas.
O visitante também pode escolher entre bolsas e calçados de couro em
locais como a Associação Jeito de Andar, onde é possível ver 13 artesãos
em ação. “Aqui fazemos tudo com qualidade”, garante o presidente Antônio
Carlos Soares.
Artistas do Delta
A união resulta em arte, como prova a Associação de Artistas do Delta, com
66 membros que se revezam na comercialização dos trabalhos. Eles fazem
souvenirs, doces, cachaças, peças de palha, figuras em madeira e objetos
decorativos, além de brincos, anéis e colares de opala e ametista. “No Piauí
existe a única reserva de opala nobre do Brasil. A lapidação nós mesmos
fazemos. Não é difícil trabalhar com a opala, e o resultado é belíssimo”,
detalha Ricarte Dantas, presidente da associação.
População: 146.059 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 436 km2
Tipo Climático: Tropical Úmido
Temperatura Média: 26°C
Município de Parnaíba
Como Chegar:
Rodoviário:
A partir da capital, Teresina,
tomar a BR-343, que dista 336
km de Parnaíba. Também há
acesso pelas capitais do Ceará
(Fortaleza) e Maranhão
(São Luís).
Internet
Website:
www.parnaíba.pi.gov.br
E-mail:
setur@parnaíba.pi.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo
do Município de Parnaíba
Rua Santos Dumont, 285.
Pça. de Eventos
Mandu Ladino
Tel.: (86) 9922.2001 /
9971.0000
Caminhos do Fazer
56
A força do Bumba Meu Boi
Dentre as manifestações da cultura parnaibana, destacam-se as festas juninas,
o carnaval e o bumba meu boi. Este último tem vários representantes
no município e costuma arrastar multidões para o grande campeonato que
ocorre em junho ocasião propícia para os turistas conhecerem essa manifestação
folclórica que mistura teatro, dança, música e circo, com provável
origem no século 18.
O sabor da simplicidade
Nas margens do rio Igaraçu, a chamada Beira-Rio concentra os principais
bares e restaurantes de Parnaíba, onde a maior paixão culinária é a carne
de caranguejo, crustáceo abundante nos manguezais da região. Vendido
em cordas de quatro unidades cada uma, o “caranguejo toc-toc” é cozido
inteiro na água e sal e saboreado com a ajuda de pauzinhos, com os quais
se quebra a casca para retirar a carne. O casquinho e a torta de caranguejo
são variações apreciadas. “Por semana, usamos uns 100 quilos de carne
de caranguejo”, calcula a cozinheira Francisca Maria da Costa, cuja torta é
famosa na Beira-Rio.
Para os que querem refrescar o dia, a mais tradicional sorveteria da cidade
oferece cerca de 30 sabores irresistíveis, como bacuri, cupuaçu, cajá,
jaca, limão e castanha dependendo da época do ano. Além dos sorvetes,
os doces de frutas são os mais procurados como sobremesa. “O doce é
forte na região, nós todas aprendemos a fazer com nossas mães, que já
eram doceiras”, conta Larissa Cristina Sousa dos Santos, presidente de uma
associação de jovens mulheres, todas entre 18 e 24 anos. Elas apostam no
associativismo para escoar a produção artesanal de doces de frutas.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Associação dos Artesãos em
Trançados da Ilha Grande
de Santa Isabel
Rua Evangelina Rosa, 548
Tel.: (86) 3323.6581 /
9428.0619
ADEC – Associação
Agroindustrial de Derivados
do Caju
Estrada Pedra do Sol,
s/n - Labino
Tel.: (86) 9448.5816 /
9407.5846
Associação Maria do Agave
Rua Nova, 35 –
Bairro Sta. Luzia
Tel.: (86) 3323.2344 /
9433.3549
Casa das Rendeiras
Rua Turiano Ribeiro, 380
Tel.: (86) 3323.0187 /
9973.6080
Localize os endereços
em Parnaíba acessando
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culinária
Confraria do Paladar
Rua Quentinha Pires,
36 – Do Carmo
Tel.: (86) 3323.9868
Restaurante La Barca
Av. das Nações Unidas,
200 – Do Carmo
Tel.: (86) 3322.2825 /
9930.1615
Caranguejo Expresso
Rua Quentinha Pires,
64 – Bairro do Carmo
Tel.: (86) 3323. 9653 /
8828.7563
Sorveteria Araújo
Matriz: Av. Chagas
Rodrigues, 901
Tel.: (86) 3322.4388 /
9402.1600
Grupo Cultural de Bumba Meu
Boi Novo Fazendinha
Rua Evangelina Rosa, 869
Tel.: (86) 9924.6385 /
9965.1037
CULT URA
57
Parnaíba
O passeio no Delta do Parnaíba, realizado em barcas, é um deslumbrante programa a ser proposto.
O turista poderá conhecer, além da Foz, a fauna e a flora da região.
Uma vivência curiosa é assistir à “cata do caranguejo”, o processo de extração do crustáceo nos
mangues. Agende previamente esta atividade e proporcione ao turista um encontro com as comunidades
ribeirinhas do Delta do Parnaíba e seu quotidiano.
Programe uma visita às artesãs de renda de bilro na comunidade de Morros da Mariana e ofereça ao
turista a oportunidade de assistir à confecção desta renda, símbolo do artesanato de Parnaíba, que
exige grande coordenação e prática.
Uma visita às tradicionais sorveterias da cidade, que utilizam como matéria-prima as frutas locais,
é um obrigatório e refrescante programa.
Um roteiro mais completo deve incluir a visita à Ilha do Caju, onde o contato com a natureza é feito de
forma ecologicamente responsável. Lá também é possível programar passeios a cavalo, caminhadas
pelas dunas e observar a revoada dos guarás-vermelhos.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Parnaíba
Caminhos do Fazer
58
Brasília
Distrito Federal
59
Brasília
Erguida em apenas quatro anos pelo trabalho incansável de 60 mil
operários, Brasília nasceu da aspiração controversa de um presidente
arrojado. Convulsionando a arquitetura moderna ao propor um novo
arranjo urbanístico, o sonho de JK fez brotar do chão do cerrado o Plano
Piloto de Lúcio Costa que tornou concreto, com Oscar Niemeyer, um
inédito conjunto arquitetônico, tombado pela Unesco em 1987 como
Patrimônio Cultural da Humanidade.
Meio século depois do início da saga, com cerca de 2,6 milhões de
habitantes, formada por brasileiros de todas as regiões, a capital federal
continua surpreendendo.
Brasília possui múltiplos sotaques, e esse mosaico cultural se
expressa de forma peculiar quando unidos seus fragmentos originais
ao concreto armado e à singularidade da flora e da fauna do cerrado.
É neste caldeirão de influências que encontramos prodigiosa produção
de saberes, sabores e fazeres. Folhas, flores e sementes inspiram
e são matéria-prima de peças diversas. Frutos passam a integrar-se
a receitas de outros lugares do Brasil e do exterior. Fibras e linhas,
argila e madeira são trabalhadas conforme ensinaram mãos nascidas
em outros ares, mas agora com o toque candango.
Brasília: um sonho
no Planalto Central
População: 2.606.885
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 5.802 km2
Tipo Climático: Tropical
de Altitude
Temperatura Média: 21°C
Brasília
Como Chegar:
Aéreo:
O Aeroporto de Brasília é o
terceiro mais movimentado do
país. Fica a cerca de 11 km do
Centro do Plano Piloto. Possui
voos diretos para a grande
maioria das capitais estaduais e
principais cidades do país.
Rodoviário:
O acesso é facilitado pelo fato
de a cidade ser centro de
encontro de 7 importantes
rodovias radiais federais.
São elas: BR-010 (Fortaleza),
BR-020 (Salvador), BR-040
(Belo Horizonte e Rio de Janeiro),
BR-050 (São Paulo), BR-060
(Goiânia e Campo Grande),
BR-070 (Cuiabá) e BR-080
(Manaus).
Caminhos do Fazer
60
A união faz a força
Castanha de baru, geleia de cagaita, produtos de gueroba, potes com mel
e pequi, sabonete de babaçu, farinha de jatobá, óleo de macaúba e outras
riquezas do Planalto Central podem ser encontradas na Central do Cerrado,
uma instituição que congrega organizações comunitárias e incentiva as atividades
produtivas, atrelando-as ao manejo sustentável do meio ambiente.
A união também gera bons frutos na Associação das Bordadeiras de
Taguatinga, que reúne experientes e habilidosas mulheres. Elas dedicamse
a reproduzir a fauna e a flora do cerrado em colchas, panos de prato
e almofadas, dentre outras peças irresistíveis.
Folhas de ouro
Brincos, pingentes e pulseiras de rara beleza são a prova de que a imaginação
pode fazer arte com a paisagem. Tânia Helou e Edênio Ribeiro colhem
folhas, sementes e flores do cerrado para banhá-las em ouro, destacando
suas linhas e fibras como numa filigrana natural. “São joias únicas, já que
uma folha nunca é igual a outra”, explica o casal, que há 10 anos encanta
a clientela folheando a natureza em vários quilates. As peças são antialérgicas,
livres de níquel, e produzidas com responsabilidade ambiental,
o que inclui estrutura de tratamento de água para eliminação dos metais
e produtos químicos poluentes.
Madeira e cerâmica
Em Brasília são muitos os ateliês de artistas talentosos que se dedicam a
dar nova vida à madeira e à argila. Uma das precursoras da atividade ceramista
na capital foi a paraense Cecy Sato, falecida em 2006. “Ela trouxe
técnicas de alta temperatura e raku mais contemporâneas e sofisticadas
para a cidade”, considera Juliana Sato, filha de Cecy, que junto com a
escultora Patrícia Frajmund mantém de pé o trabalho iniciado pela mãe.
O ateliê produz peças decorativas, utilitárias, além de esculturas, e, ao
mesmo tempo, expõe o acervo da pioneira Cecy. Mediante programação
são oferecidos cursos e promovidos workshops.
UNIDADES unidades produtivas
Associação
das Bordadeiras de Taguatinga
CSB 06 Lote 01/02
Loja 18 – Edifício Concorde
Tel.: (61) 3563.3710
Atelier Cecy Cerâmica
QL 03, Conjunto 02,
casa 02 – Lago Norte
Tel.: (61) 3368.1536
Central do Cerrado
SCLN 202, Bloco B,
sala 204 – Asa Norte
Tel.: (61) 3327.8489 /
3327.8085 / 8133.7417
Filigrana do Cerrado
SCLN 313, Bloco C - Loja 14
Tel.: (61) 3201.9564 /
8139.1681
Paulo de Paula
CLSW 102,
Bloco B, Lojas 85/87 –
Edifício Phoenix - Sudoeste
Tel.: (61) 9999.6266 / 3500
Renato Vieira
QL 02, Conjunto 04,
casa 06 – Lago Norte
Tel.: (61) 3468.2773
Localize os endereços
em Brasília acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
61
Brasília
Internet
Website:
www.setur.df.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Estado
de Turismo do DF
SDC – Eixo Monumental – Lote
05 – Centro de Convenções
Ulisses Guimarães – Ala Sul –
1º Andar
Tel.: (61) 3214.2727
Outro mestre da transformação do barro é Paulo de Paula, autor de
esculturas, objetos de decoração e utilitários. Em seu ateliê-oficina produz
os próprios esmaltes e mantém um forno de raku para a queima das peças.
É lá também que ministra cursos de modelagem, vitrificação e escultura.
A arte em madeira é exemplarmente executada por artistas como Renato
Vieira, que trabalha com mais de 50 espécies florestais. “Uso sobras de
serrarias, madeira morta e material de sucatas e lixões”, declara o artista,
que desenvolve técnicas como a marchetaria para fazer móveis e objetos
decorativos. “A beleza natural da madeira, com seus veios, nós, tonalidades
e desenhos é incorporada às peças”, destaca.
manifestações e grup os culturais
Embalados pelo choro
“O Choro já embalava Brasília quando ela era ainda um canteiro de obras.
O Presidente JK não dispensava em suas visitas a companhia de um violão.
Mas foi em 1977 que o Clube do Choro foi oficialmente fundado e instalado
no antigo vestiário do Centro de Convenções, com direito a cavaquinho e
bandolim”, relembra Henrique Lima Santos Filho, o Reco, jornalista, músico
e atual presidente do Clube.
As apresentações, que ocorrem ainda no mesmo endereço a partir das
quartas-feiras, são animadas e contam com a participação de alunos da
Escola de Choro Raphael Rabello. O chorinho é sempre destaque, mas a
programação inclui outros gêneros da música brasileira, e tem movimentação
garantida pela presença frequente de convidados especiais. O Clube do Choro
de Brasília, que se consolidou como importante instituição cultural, mudará
em breve para sede definitiva projetada por Oscar Niemeyer.
Sem perder o ritmo
Sábado, das 10h às 12h é dia de acompanhar no gramado da Funarte, um
dos belos espaços verdes do Eixo Monumental, os ensaios abertos de um
grupo de percussão formado por mais de 100 mulheres. “O Batalá é uma
associação sem fins lucrativos, que surgiu na França e se espalhou pelo
mundo. Aqui 90% das integrantes, de todas as origens e idades, jamais A elegância da marchetaria
Caminhos do Fazer
62
CULT URA
CULIN ÁRIA
Do trivial ao incomum
Terra de muitos temperos, Brasília reúne restaurantes que recebem influências
de diversos estados brasileiros e de vários países do mundo. Dos pratos
tradicionais ao menu contemporâneo, a mesa brasiliense faz da diversidade
seu principal condimento.
A chef Mara Alcamim, filha de pais goianos, mas nascida em Brasília,
conquistou uma vasta clientela com inspiradas fusões contemporâneas que
unem caviar, peixes e carnes a ingredientes tupiniquins, como a mandioquinha
e o tamarindo. “Eu gosto disso: miscelânea e experimentação”, diz a chef,
que hoje comanda três casas, conforme ela mesma qualifica: uma oferece
cozinha criativa, outra pratica cozinha experimental, com menu degustação,
e uma terceira fornece pratos expressos.
A culinária tradicional impera no estabelecimento comandado por Raul
Cautela, que conserva as receitas aprendidas com o pai: feijoada, bisteca,
rabada, dobradinha e cassoulet são exemplos do que oferece a casa, que já
completou 43 anos de sucesso. “Nosso forte é o antigo. Tem gente que vem
todo sábado só para comer a feijoada”, comemora Raul.
Alice Mesquita de Castro, chef-proprietária de um famoso restaurante de
sotaque francês, é um dos exemplos de cardápio sofisticado, que brinda seus
clientes, dentre outras iguarias, com diferentes preparos de patos e cordeiros.
A casa, inspirada nas brasseries francesas, recebe às segundas-feiras, uma
vez por mês, grupos fechados de 10 a 12 pessoas, para aulas de culinária
ministradas por Alice. O menu completo é preparado pelo “aluno”, que não
precisa ter noção alguma de cozinha.
CULIN Ária tÍpica local
Alice Brasserie
SHIS QI17, Edifício Fashion
Park, Lojas 201/204
Lago Sul
Tel.: (61) 3248.7743 / 7699
Chef Mara Alcamin
SCLS 210, Bloco C, Loja 38
Asa Sul
Tel.: (61) 3244.1039
Paulicéia
SCLS 113 Bloco A
Loja 20 – Asa Sul
Tel.: (61) 3245.3031
Associação Batalá
de Percussão
Setor de Divulgação Cultural –
Gramado da Funarte
Tel.: (61) 8405.7694
Clube do Choro
Setor de Divulgação Cultural
Tel.: (61) 3327.9013 /
3425.1448
teve contato com instrumentos antes, só precisa dedicação!”, explica Paulo
Garcia, o diretor musical que comanda o grupo.
Localize os endereços
em Brasília acessando
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63
Brasília
Com 40 anos de existência, a Feira da Torre de TV é o local onde é possível conhecer o que há de
mais típico no artesanato do cerrado, com bijuterias, telas, itens decorativos e utilitários produzidos
em sua maioria com a matéria-prima encontrada no Planalto Central. Encontra-se também um pouco
da culinária típica de todo o Brasil, nas diversas barracas especializadas nas culinárias mineira, goiana,
baiana, paraense, dentre outras.
É possível conhecer Brasília através do Lago Paranoá. Para isso, existem empresas que fazem passeios
de barco regados a música, comidas e bebidas. O passeio normalmente encerra-se no momento do pôr
do sol, que é imperdível para se ver todas as cores que o céu do Planalto Central pode proporcionar.
Não deixe de checar a programação cultural do Espaço Cultural da Fundação Nacional das Artes -
Funarte, localizado no Eixo Monumental de Brasília. Neste espaço são realizados diversos Festivais de
Cultura Popular Brasileira, como o Encontro Anual de Bumba meu Boi, Encontro Nacional do Movimento
Slow Food, Festivais de Teatro, dentre diversos outros.
Uma forma diferente de conhecer Brasília é através das obras realizadas por Athos Bulcão por todo o
Distrito Federal. Para fazer este roteiro, entre em contato com a Fundação que leva seu nome, acessando
www.fundathos.org.br e solicite um mapa com a localização dos edifícios que abrigam seus trabalhos.
Brasília é sede de embaixadas de diversos países que realizam eventos culturais ao longo de todo
o ano em vários pontos da cidade. Busque informações sobre esta programação e inclua em seus
roteiros a oportunidade de conhecer um pouco da cultura de outros países.
Encontre fornecedores em Brasília/DF acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Brasília - DF
Caminhos do Fazer
64
Antigo palco de disputas entre índios e bandeirantes, o Mato Grosso é hoje
um território de promessas e oportunidades, cuja capital transformou-se
num dos grandes núcleos de negócios, lazer e cultura do Centro-Oeste.
Repleta de atrações, Cuiabá soube mesclar o estilo de vida ribeirinho com
opções sofisticadas de turismo, sem perder o sotaque, a identidade e o
verde que lhe deram fama. A viola de cocho, a rede cuiabana, os trabalhos
com madeira-marupá, a cerâmica simples da região e as animadas
danças ribeirinhas (como o cururu e o siriri), enriquecem a Produção
Associada ao Turismo.
Cuiabá: território
de oportunidades
Cuiabá
Mato Grosso
Arcobaleno Produtos
Artesanais Personalizados
Rua San Raphael, s/n –
Jardim Califórnia
Tel.: (65) 3028.2971 /
9983.2971 / 9952.9711
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: (65) 3611.0500
Artesanatos Regionais
Rua São Francisco, 50 – Baú
Tel.: (65) 8445.2081 /
9601.1706 / 3052.8985
Associação dos Artesãos
da Comunidade de São
Gonçalo Beira Rio
Rua Antônio Dorileo, 3010 –
São Gonçalo Beira Rio
Tel.: (65) 3661.3264 /
3661.4588
Casa do Artesão
Rua 13 de Junho,
315 – Porto
Tel.: (65) 3611.0500
UNIDADES
Localize os endereços
em Cuiabá acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
65
Cuiabá
unidades produtivas
Som de veludo
Mais que um instrumento musical, a viola de cocho é um símbolo da cultura
cuiabana, usada no ritmo do cururu, no compasso do siriri e na tradição
pantaneira. Diferente do violão, ela não possui abertura frontal e tem apenas
cinco cordas. É feita de um tronco de madeira inteiriça, rusticamente
entalhado com instrumentos antigos, como a enxó goiva. Muitos músicos
e artesãos se dedicam à arte de fazer violas, que são comercializadas em
lugares como o Sesc Casa do Artesão. O músico Alcides Ribeiro dos Santos
é um desses mestres da viola: “Aprendi com o meu pai, que aprendeu com
o meu avô. Sei fazer e sei tocar. A viola de cocho tem um som de veludo
– todos os grandes músicos falam isso”.
No balanço da rede
Urdida à mão, fio a fio, sem o uso de agulhas, a rede cuiabana é um deleite
para os olhos. Vendida nos principais pontos turísticos do Mato Grosso, seus
desenhos de cores fortes remetem à fauna e à flora locais: araras, papagaios,
tuiuiús, garças, onças, palmeiras. Na comunidade de Limpo Grande,
em Várzea Grande, um grupo de mulheres se dedica a essa antiga tradição
artesanal. “Tenho 53 anos e aprendi criança, vendo minha mãe fazer. Para
ficar pronta, uma rede dessas toma até três meses”, calcula Júlia Maria da
Silva, uma das artesãs mais atuantes. Bonita e resistente, a rede cuiabana
chega a levar 10 vezes mais fios que a rede comum.
Herança indígena na olaria
Com forte influência indígena, a cerâmica do Mato Grosso tem na comunidade
de São Gonçalo Beira Rio um exemplo de perícia e produtividade. “Não
existe cerâmica melhor”, se gaba Alice Conceição de Almeida, presidente
da associação dos artesãos locais, que fazem moringas, vasos, fruteiras,
santos, travessas de peixe, galinhas d´angola e objetos decorativos. Em
São Gonçalo Beira Rio a arte oleira ocupa os quintais, atrai os turistas e
sobrevive à passagem do tempo.
Da biojoia à tecelagem
O artesanato cuiabano reflete a exuberância da natureza, cuja variedade
é reproduzida pelas mãos habilidosas de artífices como Sebastião Correia
da Costa, que usa marupá (madeira branca e leve) para fazer souvenirs,
recriando violas de cocho, pássaros do Pantanal, onças, canoas, remos,
gamelas e pombas do Divino Espírito Santo. O turista que busca um local
capaz de reunir um pouco de tudo – redes, biojoias, cerâmica, tecelagem,
artigos de madeira, peças indígenas, doces, licores e o melhor do artesanato
da região – deve visitar o Sesc Casa do Artesão, que funciona num antigo
prédio de 1910, com sete salas e um museu.
População: 550.562 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 3.538 km2
Tipo Climático: Tropical
Subúmido
Temperatura Média: 26°C
Município de Cuiabá
Como Chegar:
Aéreo:
As principais companhias aéreas
do país possuem voos regulares.
Rodoviário:
Partindo de Porto Velho, BR-364,
fazendo prolongamento com
a BR-174 e BR-070. Partindo
de Goiânia, BR-060, fazendo
prolongamento com a BR-364.
Partindo de Campo Grande,
BR-163. Partindo de Santarém,
BR-153.
Internet
Website:
www.sedtur.mt.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Desenvolvimento
do Turismo de Mato Grosso
Rua Voluntários da Pátria, 118
Tel.: (65) 3613.9300
Artesanato da comunidade
de São Gonçalo Beira Rio
Caminhos do Fazer
66
Danças ribeirinhas
A viola de cocho, o mocho e o ganzá são os instrumentos utilizados no siriri,
uma dança do sul de Cuiabá que tem raízes indígenas e influências portuguesas.
Homens, mulheres e crianças dançam o siriri em fila ou em roda,
formando pares e cantando toadas que falam de santos, vida ribeirinha e
natureza, num espetáculo de palmas e sapateados. O Grupo Flor Ribeirinha,
da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, é um dos muitos existentes no
Mato Grosso. “Aprendi o siriri com minha avó, que morreu com 115 anos”,
recorda Domingas Leonora Silva, fundadora do grupo.
Outra manifestação popular é o cururu, que só permite homens entre os
cantadores. Eles utilizam a viola de cocho para marcar o ritmo e fazer improvisações.
De origem indígena, o cururu também teve influência dos ofícios
jesuítas e dos negros africanos, sendo apresentado em festas religiosas ou
em rodas de amigos, quando os cururueiros desafiam uns aos outros, como
nos repentes nordestinos.
Aúfa de bão
Dizem que quem come cabeça de pacu não sai mais do Mato Grosso. De
fato, o pacu é um peixe “aúfa de bão” (muito bom), como se diz em matogrossês,
mas não é o único prato a fazer sucesso em Cuiabá, uma cidade
cercada de água doce por todos os lados. A mojica de pintado, a piraputanga
na brasa, a ventrecha de pacu, o peixe seco com arroz, a muqueca e o vatapá
cuiabano são iguarias irresistíveis, assim como a farofa de banana e o feijão
empamonado (engrossado com farinha).
O bolinho de arroz é outro clássico local, que tem em Eulália da Silva
Soares, 76 anos de vida e 53 de ofício, uma de suas maiores mestras. Dentre
os doces cuiabanos, o destaque é o furrundu, feito com mamão verde.
Uma das doceiras mais dedicadas é Deise Pedroso Martins Souza. Ela faz o
furrundu com mamão, gengibre, melado de cana e cravo. “A receita vem da
minha mãe”, sorri, acrescentando que os doces de mangaba, laranja, limão
e figo também são muito procurados.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Associação Arte Limpo
Comunidade Limpo Grande
Tel.: (65) 9214.6585 /
9239.4234
Município de Várzea Grande
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: Tel.: (65) 3611.0500
Viola de Cocho - Alcides
Ribeiro dos Santos
Atelier: Rua 15, Quadra 25,
Casa 143 – Jardim Vitória
Tel.: (65) 9214.4339 /
9249.6922
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: Tel.: (65) 3611.0500
Localize os endereços
em Cuiabá acessando
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culinária
Bolo de Arroz e Companhia
Av. São Sebastião, 2453
Tel.: (65) 3321.1872 /
3023.7140
Dona Eulália e Família
Rua Profº João Félix,
470 – Lixeira
Tel.: (65) 3624.5653
O Regionalíssimo
Av. Beira Rio, s/n,
Museu do Rio – Porto
Tel.: (65) 3623.6881 /
9245.4220
Peixaria Popular
Av. São Sebastião, 2324 –
Goiabeiras -
Tel.: (65) 3322.5471 /
9202.3315
Associação Cultural
Flor Ribeirinha
Comunidade de São
Gonçalo Beira Rio
(apresentações sob
agendamento)
Tel.: (65) 8403.8071/
8411.2376 / 8426.5984 /
8415.4922
Grupo Cultural: Grupo Cultural
de Tchapa Y Cruz
Rua 02, Quadra 17, 125,
Setor II - Bela Vista
Tel.: (65) 3653.4583 /
9978.3339
CULT URA
67
Cuiabá
Programe uma visita à Feira de Artesanato “Arte na Praça” para conhecer toda a variedade do rico
artesanato local.
Reserve em sua programação apresentações de Cururu e Siriri, as mais tradicionais danças folclóricas
mato-grossenses, que são acompanhadas pelos acordes singulares da viola de cocho, instrumento
encontrado apenas neste estado.
Inclua visita ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, distante apenas 60 km de Cuiabá. Nos
33 mil hectares do parque, o turista amante da natureza conhecerá cachoeiras, paredões e mirantes
de imensa beleza.
Uma inesperada tradição culinária em Cuiabá é a árabe, com bons restaurantes inclusive com
premiações nacionais na categoria que oferecem verdadeiros banquetes. Portanto, se quiser oferecer
alternativas aos clássicos à base de peixes, inclua uma destas casas em seu roteiro.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Cuiabá
Caminhos do Fazer
68
Encravada no sopé da Serra da Bocaina, na subida da qual se avistam
montanhas imponentes e belas cachoeiras, Bananal é uma joia histórica
de brilho peculiar cujo encanto vem sendo redescoberto pelos viajantes.
As terras férteis do vale do rio Parnaíba e o clima propício para o café
fizeram da cidade um dos maiores centros cafeeiros do Brasil, propiciando
a construção de grandes casas de fazenda que hoje atraem turistas em
busca de história, descanso e recantos verdes.
A cidade mais a leste de São Paulo possui um casario bem preservado
e uma das estações de trem mais antigas do país, oferecendo aos visitantes
um gracioso conjunto urbano tombado pelo Patrimônio Histórico e
Cultural de São Paulo. Bananal produz artesanalmente cachaça, doces e
compotas de frutas colhidas nos sítios do entorno. A destreza de muitas
mulheres (e alguns homens) resulta em rendas, bordados e crochês
delicados. A Produção Associada ao Turismo também aposta nas trutas,
peixes de sabor irresistível, que se reproduzem facilmente nas águas
limpas e frias da região.
Bananal: lembranças
do ciclo do café
Bananal
São Paulo
Conservas Manolo
Estrada da Bocaina, SP 247,
km 9 - São José do Retiro
Tel.: (12) 3116.5595
Chácara Santa Inês
Av. João Barbosa de Camargo,
1494, bairro Vila Bom Jardim
Tel.: (12) 3116.1591
Fazenda Resgatinho
SP 64 km 323.
Tel.: (12) 9739.8383,
(24) 3322.6870
e (24) 9812.1733
Fazenda Coqueiros
Rodovia dos Tropeiros,
km 309
Tel.: (12) 3116.1358
UNIDADES
Localize os endereços
em Bananal acessando
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69
Bananal
unidades produtivas
Tudo o que a terra dá
Doces, compotas, chutneys, licores, conservas e geleias de frutas. Delícias
feitas artesanalmente, sem agrotóxico, corante ou aromatizante, numa
farta produção que envolve os sítios locais. Participam dessa cadeia de
negócios tanto os pequenos produtores quanto as grandes propriedades,
que promovem refeições regionais para grupos de turistas e estudantes.
Algumas das chácaras possuem canavial e alambique, pois a boa
e velha pinga é um dos grandes orgulhos de Bananal. “Se você estudar a
história da cachaça, você estuda a história do Brasil”, defende Engels Maciel,
que junto com a mulher, Maria Lúcia Maciel, a Minuca, mantém uma
pequena produção local. “Nós procuramos fazer bem para vender bem”,
complementa o também produtor Afrânio Teixeira Resende. Várias fazendas
oferecem espaços aprazíveis para a degustação da aguardente local.
Visitando o passado
No tempo em que os “barões do café” formavam a elite do Império, Bananal
chegou a ter a sua própria moeda. Os grandes e ricos fazendeiros, que foram
avalistas do Império para empréstimos feitos junto a bancos ingleses, já não
existem mais, assim como já vão longe os tristes tempos da escravidão.
Porém, ainda é possível aprender com o passado, bem como refletir sobre
o presente, em lugares que datam de meados do século 19.
Nas fazendas históricas, o turista mergulha no clima em que viviam os
barões e suas famílias. Alcovas, grandes salas, objetos de época, moinhos de
pedra e senzalas históricas impressionam os visitantes, que podem usufruir de
visitas guiadas e de cafés coloniais com produtos da região. A luxuosa Fazenda
Resgate – que dentre outros atrativos possui pinturas murais do pintor espanhol
José Maria Vilaronga – foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
Habilidade manual
Flores e arabescos com vários tipos de fios e materiais fazem do crochê uma
arte apreciada no mundo inteiro. Em Bananal, a produção é intensa, sendo
que as colchas, cortinas e almofadas são os itens preferidos dos consumidores,
que encontram trabalhos delicados na Casa do Artesão e nas lojas
População: 10.822 habitantes
(est. IBGE 2007)
Área: 616 km2
Tipo Climático: Tropical
de altitude
Temperatura Média: 24°C
Município de Bananal
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de São Paulo
Seguir pela Dutra até o km. 273,
quando surgirá a placa indicativa
com os seguintes dizeres:
BANANAL - B. COTIARA . Seguir
pela estrada da Cotiara, por 23
km. até a entrada de Bananal.
Partindo do Rio de Janeiro
seguir pela Dutra até o km 273.
Quando surgir a placa indicativa
BANANAL- B. COTIARA, virar à
direita, passar por baixo da Dutra
e seguir a estrada da Cotiara, por
23 km. até a entrada de Bananal.
Internet
Website:
www.bananal.sp.gov.br
E-mail:
turismo@bananal.sp.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Cultura e Turismo
Rua Manoel de Aguiar,
38 – Centro
Tel.: (12) 3116.2007
Centro de Atendimento
ao Turista
Rua Manoel de Aguiar,
65 – Centro
Tel.: (12) 3116.5549
Caminhos do Fazer
70
Capoeira, maculelê e samba
A prática da capoeira e do maculelê são as molas propulsoras da Associação
Agulhas Negras, fundada há 12 anos por Marcelo Salvador Moreira, o mestre
Marcelão, que treina gratuitamente crianças e adultos de baixa renda. As aulas
são abertas ao público, que pode apreciar a performance do mestre e sua
trupe. Eles se apresentam em escolas, festas e eventos da cidade. Alguns
ex-alunos são hoje instrutores de capoeira.
O carnaval de Bananal é animado e conta com blocos organizados.
O Unidos da Vila existe há cinco anos. Começou como uma brincadeira e
hoje congrega 500 brincantes, que ensaiam nos meses de janeiro e fevereiro,
na Praça São Pedro. Os turistas podem comprar camisetas do bloco
e participar da folia.
Trutas e comida caipira
As trutas foram levadas para Bananal na época de Getúlio Vargas e hoje
são servidas assadas, grelhadas, defumadas ou fritas nos restaurantes da
cidade. É possível encontrar variações de preparo, como patê de truta e
até batatas recheadas com truta. Para combinar o sabor do peixe com o
prazer de um belo passeio, a melhor opção é subir a Serra da Bocaina, onde
existem bons hotéis e restaurantes. Os que preferem os sabores fortes da
cozinha caipira – que em Bananal tem muitos pontos em comum com a
comida mineira – encontram o que desejam em restaurantes que servem
delícias simples como o leitão à pururuca e o feijão tropeiro com torresmo.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Fazenda Resgate
SP 64, km 324
Tel.: (12) 3116.1577 / 1002
Casa do Artesão
Praça Rubião Júnior, 27
Tel.: (12) 3116.1602
Artesanato Fio Natural
Praça Rubião Júnior,
263, Centro
Tel.: (12) 3116.1400
Associação
Rendas do Amanhã
Rua João André Valiante, 18,
2 ° andar, bairro
Vila Bom Jardim
Tel.: (12) 3116.5328
Localize os endereços
em Bananal acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
culinária
Restaurante da Estação
Av. Rubens de Melo,
53, Centro
Tel.: (12) 3116.1391
Restaurante Canto da Serra
Pça. Pedro Ramos, 45,
Loja 01, Centro
Tel.: (12) 9116.3004
Bocaina Park Hotel
Acesso pelo km 24 da estrada
da Bocaina (SP 247)
Tel.: (12) 3116.1520
Rancho BR
Fazenda São José, s/n,
Rancho Grande.
Tel.: (12) 9169.7631
Associação Agulhas Negras
Travessa José Capeto, 22, Vila
Bom Jardim
Tel.: (12) 9175.9377 /
3116.1602
Bloco da Vila
(12) 3116.1542
9722.5452
CULT URA
que circundam a Praça Rubião Júnior, popularmente conhecida como Praça
do Rosário. Não muito longe dali, mulheres de baixa renda trabalham na Associação
Rendas do Amanhã, que produz belas peças em crochê e bordado,
utilizando barbante, palha de seda, rami e outros materiais.
71
Bananal
Para enriquecer ainda mais seu roteiro, inclua a visitação aos demais municípios da Região do Vale
Histórico, da qual Bananal faz parte juntamente com Silveiras, Queluz, Areias, São José do Barreiro
e Arapeí. Toda a herança deixada pela tradição do ciclo do café ainda repousa nesta região de montanhas,
com suas fazendas centenárias, a culinária característica e estradas que cortam a natureza repleta de
rios, cachoeiras e história que vale a pena conhecer.
Agende visitas às propriedades rurais e alambiques de Bananal, onde é possível conhecer o processo
produtivo da cachaça, além de degustar as aguardentes locais. Muitos desses lugares oferecem empórios
para a compra de produtos derivados da cana-de-açúcar, como rapadura, melado e açúcar mascavo.
É interessante conhecer o processo de fabricação de conservas (pimenta, picles, cebola), com
degustação em ambientes de grande beleza cênica.
Programe visitas a fazendas históricas do ciclo do café, para que o turista conheça aspectos culturais
e históricos desse período, além de curiosidades do passado brasileiro. Em algumas fazendas, podese
agendar café colonial com itens da culinária típica da época, como broa de milho e aipim cozido.
Programe atividades de vivências e compras nas diversas fábricas artesanais de crochês e fios,
localizadas no Centro de Bananal.
Os principais elementos da culinária típica do municipio são as trutas defumadas e os pratos feitos
à base de truta, como as casquinhas de truta, os patês de truta e as batatas recheadas de truta, que
são oferecidos por restaurantes locais.
Encontre fornecedores em Bananal/SP acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Bananal
Caminhos do Fazer
72
Paraty
Rio de Janeiro
73
Paraty
Paraty, a acolhedora cidade do litoral fluminense, distante 236 km do Rio
de Janeiro, outrora importante entreposto de mercadorias trocadas entre
a colônia e o reino, desempenhou papel fundamental no escoamento do
ouro e das pedras preciosas vindas das Minas Gerais. Foi também região
de significativa produção durante o ciclo da cana-de-açúcar, com cerca
de 250 engenhos e mais de 100 alambiques de aguardente.
Tombada pelo Iphan, é Patrimônio Histórico Nacional e mantém um
preservado casario em seu Centro Histórico, hoje ocupado por uma
profusão de ateliês, restaurantes, bares e confortáveis pousadas.
O charme de Paraty ganhou fama no exterior, especialmente após
2003, quando passou a sediar anualmente a FLIP, a Festa Literária
Internacional de Paraty. A história e a cultura dos Paratyenses compõem
um interessante roteiro turístico, com destaque especial para a Produção
Associada ao Turismo.
Paraty: charme, história
e cultura à beira mar
População: 35.730 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 928 km2
Tipo Climático:
Tropical de Altitude
Temperatura Média: 27°C
Município de Paraty
Como Chegar:
Rodoviário:
A cidade é cortada pela Rodovia
Rio-Santos (BR-101), como
principal via de acesso pelo Rio
de Janeiro e pelo Litoral Norte
Paulista. Outra importante
rodovia que nasce no município
é a BR-459, ligando a cidade ao
Vale do Paraíba e ao município
de Poços de Caldas/MG.
Caminhos do Fazer
74
Coloridos barquinhos
O artesanato de Paraty é rico e variado, mas são sem dúvida os barquinhos
de Mamanguá os mais legítimos representantes da habilidade manual da
comunidade caiçara. Esculpidos na macia madeira-caxeta, o ipê-branco,
fartamente encontrado ao longo daquele litoral, estes brinquedos são também
vistosos objetos de decoração, depois que recebem coloridas pinturas.
O turista poderá escolher para levar de graciosos souvenirs que cabem
na palma da mão a peças maiores também oferecidas na forma de quadros,
sem sair do Centro Histórico, na Cooperativa Saíra 7 Cores.
De fibras naturais e tecido
A cestaria de variadas fibras é executada por praticamente todas as
comunidades representativas de Paraty: caiçaras, quilombolas e índios,
além de exímias artesãs de São Roque. São cestos, jogos americanos,
porta-talheres, bandejas, luminárias, dentre outros trançados em cipó,
bambu, juçara e taboa.
A confecção de colchas, toalhas e tapeçarias, unindo retalhos com
detalhes em crochê e bordados, é arte dominada pelas famosas costureiras
caiçaras, cujo trabalho atravessa gerações. Estas peças, bem
como toda a gama de cestarias, podem ser encontradas e adquiridas na
Cooperativa Saíra 7 Cores.
Arte em ateliê
São inúmeras as portas do antigo casario do Centro Histórico que revelam
a presença de artistas plásticos. Dalcir Ramiro é escultor natural de Paraty,
com trabalhos em todo o Brasil e também no exterior. As suas esculturas
moldadas em cerâmica vão das figurativas, mas estilizadas formas
humanas, a totens e mandalas. Seu charmoso ateliê, além de expor um
considerável acervo de suas obras, é local de transferência de conhecimento.
Lá ele ministra aulas aos interessados em conhecer a sua técnica
que preserva fundamentos da arte indígena.
UNIDADES unidades produtivas
Ateliê do Dalcir
Rua Santa Rita, 65 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.6035
Cachaça Coqueiro
Fazenda Cabral, 2º distrito
de Paraty
Tel.: (24) 3371.0016
Cervejaria Caborê
Av. Otávio Gama,
421 - Caborê
Tel.: (24) 3371.3071 /
3371.2248
Cooperativa Saíra 7 Cores
Rua Dona Geralda, s/n -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9957.7753 /
9831.3007
Localize os endereços
em Paraty acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
75
Paraty
Internet
Website:
www.pmparaty.rj.gov.br
E-mail:
turismo@pmparaty.rj.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Turismo de Paraty
Alameda Princesa Isabel, s/n
Tel.: (24) 3371.9900 / 9914
manifestações e grup os culturais
Histórias contadas no teatro e na rua
Bonecos que parecem ter vida própria emocionam e encantam plateias
nas apresentações semanais do tradicional Teatro Espaço. Fruto do talento,
criatividade e muito estudo do casal Marcos e Rachel Ribas, o Grupo Contadores
de Histórias está prestes a completar 40 anos e seus espetáculos
são programa obrigatório para o qualquer turista em Paraty.
Histórias também são contadas na rua, mais precisamente no Centro
Histórico, por personagens trajados com figurino de época, interpretando
personalidades dos séculos XVII, XVIII e XIX. Os atores da Companhia
Imperial de Teatro transformam as ruas de Paraty em palco para narrar a
história do lugar, interagindo com o público passante. O espetáculo pode
ser contratado para apresentações esporádicas, fora do calendário normal.
O quilombo campinho da independência
A visita ao Quilombo Campinho da Independência é uma oportunidade
ímpar de reencontro com a história do Brasil. Antiga Fazenda Independência,
a área foi doada por seu proprietário a três empregadas negras,
antes escravas. Hoje, nos 287 hectares que compõem o Quilombo, moram
112 famílias descendentes das três fundadoras. São 450 pessoas que
participam ativamente da tarefa de manter íntegro o Quilombo, guardando
cultura e tradições.
Tio Valentim, um dos griôs – ancião que repassa a história da comunidade
através da comunicação oral –, explica a importância da divulgação
dos costumes para a preservação da memória cultural. “Nós abrimos para
o turista, eles vêm, a gente mostra tudo, conta a história... Isso é bom!”
Na visita guiada ao Quilombo, que deve ser agendada, o turista é acolhido
A centenária cachaça de Paraty
O registro da produção de aguardente a partir da cana-de-açúcar em Paraty
data de 1.600. A região chegou a ter mais de 100 alambiques e o nome
Paraty já foi sinônimo de cachaça. O prestígio persiste e hoje o produto local
obedece a padrões de excelência de classificação que já lhe conferiram
o selo oficial de procedência, concedido pelo Ministério da Agricultura.
A visita à linha de produção nos alambiques de Paraty é um programa
indispensável para o turista, que nas visitas guiadas conhecerá todo o
processo para, ao final, degustar cachaças de diferentes teores e sabores.
A nova cerveja de Paraty
Nem só cachaça se prova em Paraty. A cerveja é outra bebida ali produzida
há cerca de 3 anos, após aprofundada pesquisa a respeito das mais
rigorosas técnicas alemãs de fabricação. No bairro Caborê, uma cervejaria
que funciona em anexo a um restaurante e pousada é aberta a visitação
acompanhada pelo mestre cervejeiro, que explica o processo e orienta a
prova dos multicoloridos chopes.
A nova cerveja de Paraty
Caminhos do Fazer
76
CULT URA
CULIN ÁRIA
Do mar e da terra
Bares, cafés, lanchonetes, bistrôs e restaurantes. Simples ou sofisticados.
Paraty é um deleite para os amantes da boa mesa nas muitas casas de
pasto do Centro Histórico. Peixes e frutos do mar são ingredientes onipresentes
em todos os cardápios, como era de se esperar numa região
litorânea. Surpreendente, porém, é a utilização do palmito e do fruto da
palmeira-pupunha. São criativas receitas, que vão da lasanha de pupunha
preparada com finas fatias do palmito em vez da massa , ao camarão
acompanhado pelo fruto da pupunha empanado. Na sobremesa vale pedir
o pudim de pupunha com sorvete de mandioca.
Prazer que ensina
Um elegante e simpático casal recebe em sua casa turistas para degustarem
cardápios tipicamente brasileiros. Enquanto preparam pratos e drinques,
contam a origem e ensinam aos convidados o preparo das receitas, fazendo
menção à história do Brasil.
Yara e Richard Roberts, ela brasileira e ele americano, moraram em
diferentes países. Nessas ocasiões, ao receber visitas, Yara, que sempre
foi amante da cozinha, preparava pratos brasileiros, “Acho que para aplacar
a saudade...”, justifica. De volta ao Brasil, decidiram profissionalizar essa
experiência e estabeleceram-se numa bela casa no Centro Histórico, que
não é um restaurante aberto ao público.
O turista deve reservar com antecedência a visita e terá opções de
cardápio de comida mineira, baiana, do cerrado ou da Amazônia. Se gostar
pode ajudar Yara a preparar os pratos ou acompanhar Richard na execução
de caipirinhas, com a pura cachaça de Paraty. “Tem avental e tarefa para
quem quiser...”, brinca Yara.
O casal anfitriona grupos de 2 a 10 pessoas por noite, podendo, na
dependência do desejo de cada um, juntar pessoas desconhecidas entre si,
brasileiros ou de outras nacionalidades, o que será sem dúvida mais uma
produtiva experiência a ser vivenciada.
CULIN Ária tÍpica local
Academia de Cozinha
e Outros Prazeres
Rua Dona Geralda, 288 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.6468 /
3371.6025
Restaurante Caminho do Ouro
Rua do Comércio, s/n
(Anexo à Pousada do Sandy)
Tel.: (24) 3371.2100 /
3371.1689
Restaurante O Café
Largo da Matriz, s/n -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9821.1124
Companhia Imperial de Paraty
Praça da Matriz -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9841.9140
Quilombo Campinho
da Independência
BR-101, km 584 - Quilombo
Campinho da Independência
Tel.: (24) 3371.4866 /
9818.0021 / 9948.9585
Teatro Espaço / Grupo
Contadores de Estórias
Rua Dona Geralda, 327 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.1161
por um grupo de griôs, assiste à apresentação da dança do Jongo, conhece
o rico artesanato e degusta a típica comida quilombola, numa inusitada
viagem às raízes do Brasil.
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77
Paraty
Paraty é um ateliê a céu aberto. Programe um passeio pelo centro histórico e a visita aos diversos
ateliês para conhecer as obras e em muitos deles observar os artistas em momentos de criação.
Para conhecer um pouco sobre a vida caiçara, inclua passeio à Ilha do Araújo, onde o turista poderá
conhecer a culinária típica e o funcionamento de uma Casa de Farinha, além de apreciar o modo de
vida da comunidade.
Os diversos restaurantes de Paraty oferecem culinária elaborada e diferenciada. Não deixe de provar
os pratos típicos à base de palmito-pupunha, comum na região. Para uma vivência da cozinha local,
existem casas em que é possível aprender um pouco da história brasileira através da culinária.
Programe com antecedência visita à Comunidade do Quilombo do Campinho para conhecer suas
práticas seculares na agricultura, danças e artesanato.
O município possui um grande número de alambiques de cachaça artesanal. Conhecer um deles
e degustar esta bebida típica é programa obrigatório.
Não deixe de verificar a programação cultural da cidade. Paraty oferece eventos o ano inteiro, ocasião
em que a cultura local é mesclada à cosmopolita de forma extremamente diferenciada e rica.
Encontre fornecedores em Paraty/RJ acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Paraty
Tiradentes
Minas Gerais
79
Tiradentes
Aberta há 300 anos pela afluência de bandeirantes, garimpeiros,
escravos, mascates, tropeiros, soldados e homens da Coroa portuguesa,
a Estrada Real se estende por 1.400 km e passa por 177 municípios
de três estados, cortando as montanhas de Minas Gerais e penetrando
antigas vilas do ouro que hoje são fascinantes núcleos históricos. Nesse
mapa de destinos aprazíveis, Tiradentes se destaca por combinar cultura,
arte, natureza, gastronomia e artesanato com um calendário fixo de
eventos bem estruturados.
Fundada em 1702 na encosta da Serra de São José, a tranquila cidade
de ruas de pedra, igrejas barrocas e casario colonial evoca o ciclo do
ouro, os poetas do Arcadismo e a luta dos inconfidentes. Combalida
após a decadência da mineração, a economia local soube se reerguer,
investindo numa diversificada produção associada ao turismo.
Pelos caminhos
de Tiradentes
Caminhos do Fazer
80
Associação dos Artesãos
de Tiradentes - Aart
Lago das Forras, 120 - Centro
Tel.: (32) 3355.1878
Arte Própria
(Antônio Almeida)
Rua dos Inconfidentes,
103 B, Centro
Tel.: (32) 3355.2097
João Goulart Silva
Rua Direita, 32, Centro
Tel.: (32) 3355.2479
Ateliê Divina Arte
Rua Alvarenga Peixoto,
712, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1624
Tião Paineira
Rua Alvarenga Peixoto,
624, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1727
Ateliê da Pousada Arco
(Maria Madalena
Costa de Souza)
Rua Frederico Ozanan,
340, Centro
Tel.: (32) 3355.2814 /
3355.1167
Arte em madeira
Já no caminho rumo a Tiradentes, uma profusão de pequenos ateliês
exibem peças variadas de mobiliário, todas feitas com madeira velha, ou
de demolição, em oficinas de variados tamanhos. Os artesãos da madeira
reaproveitada dão vida nova a restos de canela, cedrinho, limoeiro, castanheira,
peroba e madeira de lei.
Cheias de estilo, as peças são feitas com maestria a partir do que
parecia perdido: estantes abandonadas viram cômodas novas, cadeiras
partidas tornam-se atraentes banquinhos, antigas janelas servem de apoio
para belas cristaleiras.
“Cada madeira tem seu desenho, sua cor e seu cheiro”, garante o
artesão Antônio Almeida. Unindo o aspecto rústico com o acabamento
perfeito, o chamado “móvel de Minas” – bastante comum em Tiradentes
e na vizinha Santa Cruz de Minas – transformou-se num dos produtos de
exportação mais procurados do estado.
UNIDADES
unidades produtivas
O casario lembra uma época em que o leito dos rios e a encosta dos morros
eram ricos em ouro. Ruas sinuosas sugerem secretas conspirações. Cruzes
de madeira cobertas de papel ou tecido protegem todas as portas. Tombado
pelo Iphan, o gracioso conjunto arquitetônico se assenta sobre a Serra de
São José – onde também ondulam os municípios vizinhos de Prados, Santa
Cruz de Minas, Coronel Xavier Chaves e São João Del-Rei – descortinando
belíssimas paisagens, com trilhas, escaladas e exuberantes quedas d’água.
Esculpindo devoção
Santeiros, sineiros, entalhadores e marceneiros herdaram a habilidade dos
antepassados, que fizeram história e deixaram marcas. Utilizando materiais
como madeira e pedra para criar santos e anjos de expressão delicada, os
artesãos mineiros são exímios na arte de expressar beleza e devoção.
Colecionadores de todo o Brasil sabem que é possível encontrar verdadeiras
joias do imaginário religioso nas muitas oficinas existentes em
Tiradentes e seu entorno.
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em Tiradentes acessando
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81
Tiradentes
População: 6.966 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 83 km2
Tipo Climático: Tropical
de Altitude
Temperatura Média: 21°C
Município de Tiradentes
A brejeirice colorida das namoradeiras
“É preciso concentração e paciência. Passo um dia e meio só para concluir
a cabeça de um anjo. A talha é toda feita na mão. Adoro o meu trabalho e
busco inspiração na própria cidade em que vivo”, diz João Goulart Silva, o
Jango, 49 anos, artesão desde os 22.
Namoradeiras e arte em ferro
Em tempos mais pacatos de um passado recente, era comum ver moças
debruçadas nas janelas de casa, observando o movimento da calçada
sem a proteção dos muros altos que hoje impedem a real apreensão do
verbo “janelar”.
As adeptas da bisbilhotice contemplativa se multiplicam em Tiradentes,
em peças de madeira, gesso, papel-machê e cerâmica. São as “namoradeiras”,
que podem ser vistas em todas as cores nas lojas e ateliês da cidade,
sempre com o olhar distante, o sorriso brejeiro e o vestido florido.
Igualmente difundido, o trabalho em ferro ganha leveza e graça nas mãos
habilidosas dos artesãos, que moldam uma infinidade de peças adornadas
por rosas e galhos entrelaçados: lustres, candelabros, castiçais, porta-velas,
porta-toalhas, porta-chaves e objetos decorativos para todos os usos e gostos.
A sabedoria da terra
Sebastião Augusto de Freitas, 82 anos, é ceramista há 64. Mais conhecido
como Tião Paineira, ele é o elo vivo de uma cadeia familiar de homens que
há quatro gerações mexem com o barro. Seu bisavô, Joaquim de Freitas,
já trabalhava com isso, peregrinando pelas cidades vizinhas para vender os
potes que fazia em casa.
O atual Tião Paineira mantém firme a tradição da olaria. Usa pedaços
de bambu, barbante e um velho torno para fazer seus potes, vasos, jarras,
panelas, tigelas, terrinas, moringas e botijas, além de bois e galinhas para
decoração. As peças são cruas, geralmente torneadas a partir de um único
bloco de argila, que vai ganhando vida pelas mãos do artesão ao girar o
torno. “O barro ideal é sedoso, igual a puxa-puxa. É pesado, como o chumbo.
E, quando a gente molha, ele brilha como um espelho”, ensina o mestre.
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de Belo Horizonte
Seguir a BR-040 até Congonhas,
5 km após, entrar à direita na
BR-383 sentido Entre Rios de
Minas para São João Del Rey,
dali seguir a BR-265 entrando
à esquerda, aproximadamente
14 km depois.
Partindo de São Paulo
Seguir a BR-381 no sentido
Belo Horizonte até o Trevo
para Lavras. Nesse ponto,
pegar a BR-265, percorrendo
aproximadamente 107 km.
Partindo do Rio de Janeiro
Seguir a BR-040, no sentido
Belo Horizonte. Em Barbacena,
pegar a BR-265 percorrendo,
aproximadamente, 50 km até
Tiradentes. Distância – 330 km.
Caminhos do Fazer
82
Uma antiga tradição
Dizem que, em meados do século passado, um surto de gripe assolou Tiradentes
como uma pandemia, causando inúmeras mortes, até que o padre
fez uma promessa: caso a gripe recuasse, todos os moradores da cidade
pendurariam uma cruz ou um lenço branco na porta de suas casas. Foi
assim que surgiu um costume que perdura até hoje.
As cruzes são feitas geralmente com ripas de madeira, cobertas com
papel em franja, tecido ou fuxico. A estamparia e o colorido das peças
variam conforme a imaginação de quem as produz. “Aprendi a fazer as
cruzes ainda menina, com oito ou nove anos. Minha mãe abastecia a cidade
e eu continuei”, recorda a professora aposentada Maria Madalena Costa
de Souza, a Toinha, de 63 anos, uma das responsáveis por manter viva a
tradição artesanal.
CULT URA
Companhia de Inventos
Rua Direita, 280 A, Centro, na
Pousada Três Portas
Tel.: (32) 3355.1337
Matriz de Santo Antônio
Na esquina das ruas Padre
Toledo e da Câmara
Tel.: (32) 3355.1238
Marionetes a fio
Uma curiosa descoberta para o andarilho é o espetáculo que a Companhia
de Inventos apresenta semanalmente na Pousada Três Portas, num pequeno
palco em que 40 personagens se revezam diante dos olhos encantados de
crianças e adultos. Os nomes por trás da Companhia são Bernardo Rohrmann
e Renata Franca, que há anos apresentam o espetáculo “Marionetes a Fio”,
sempre com novos quadros e muitos risos.
manifestações e grup os culturais
Localize os endereços
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83
Tiradentes
Nova melodia na igreja
A música recomeçou na Matriz de Santo Antônio. Todas as sextas-feiras é
possível ouvir o órgão da igreja sendo executado pela organista Elisa Freixo.
O instrumento – composto por 630 tubos acionados por um teclado manual
– passou quase dois anos em restauração e é um patrimônio raro do Brasil.
Sua construção foi encomendada em 1785 ao organeiro português Simão
Fernandes Coutinho, que vivia na cidade do Porto, e seus primeiros acordes
soaram em 1788. O trabalho na talha, a pintura rococó e o douramento do
órgão ocorreram dez anos depois. A Matriz de Santo Antônio de Tiradentes,
onde o órgão encanta fiéis e visitantes, é uma joia da arquitetura barroca e
a segunda igreja mais rica em ouro do país.
Com açúcar e com afeto
Os doces de fabricação caseira, geralmente à base de frutas, estão em todos
os cardápios de Tiradentes: do tradicional doce de leite ao doce de limão,
goiaba, figo, laranja, cidra, abóbora e banana. Os mineiros também consomem
porções generosas de “pessegada”, marmelada, cocada de maracujá, cocada
morena, cocada branca, ambrosia... Os turistas se deleitam com a oferta da
casa e sempre levam alguns potes de lembrança.
Bastante artesanal, a produção é envolta em mistérios, já que toda cozinheira
tem sua própria receita, geralmente herdada da mãe, e o segredo
do sabor só é revelado para pessoas da família.
Um sucesso antigo entre adultos e crianças é o canudinho de massa de
pastel recheado com doce de leite. Crocante por fora, cremoso por dentro,
o canudinho é vendido a preços camaradas, e a produção é intensa. Muitos
doceiros ainda usam tacho de cobre, colher de pau e fogão a lenha. “Criei
os meus filhos com isso”, orgulha-se, Francisco de Paula Xavier, o Chico
Doceiro, 79 anos, que vive de doce há 45.
CULIN Ária tÍpica local
Internet
Website:
www.tiradentes.mg.gov.br
E-mail:
turismo@mgconecta.com.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Turismo de Tiradentes
Rua Resende Costa, 71 – Centro
Tel.: (32) 3355.1212
A boa mesa mineira
Comida é coisa séria (e farta!) em Minas Gerais. Tiradentes é considerada
a mais gastronômica das cidades mineiras e abriga o concorrido Festival
Caminhos do Fazer
84
culinária
Chico Doceiro
Rua Francisco Pereira de
Moraes, 74 – Centro
Tel.: (32) 3355.1900
Leitão do Luiz
Rua do Chafariz s/ nº - final
da rua, na Pousada Villa
Paulucci
Tel.: (32) 3355.1350 /
3355.2375
Restaurante Pau de Angu
Estrada Vitoriano Veloso /
Tiradentes, s/n -
(estrada para Bichinho)
Tel.: (32) 9948.1692
Restaurante da Mercês
Travessa José F. Barbosa,
307, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1911
de Cultura e Gastronomia, que há 12 anos reúne os maiores chefs do país,
além de estrelas internacionais, sempre no mês de agosto.
Cursos, palestras e degustações fazem parte da programação, que é
complementada por espetáculos, peças e shows, num grande evento que
já entrou para o calendário dos amantes da boa mesa.
Lombo de porco, costelinha, pernil, feijão tropeiro, tutu, torresmo, angu,
frango com quiabo e frango ao molho pardo (ou galinha à cabidela, uma
herança francesa que nos chegou via Portugal): a mineirice culinária é conhecida
e apreciada Brasil afora.
O prato-símbolo dessa cozinha farta é o leitão à pururuca, que em Tiradentes
tem muitos peritos e defensores, sendo servido com maestria na
maioria dos restaurantes.
Um prato menos divulgado fora de Minas, mas igualmente saboroso é o
frango ora-pro-nóbis (ou com ora-pro-nóbis), feito com uma planta da família
dos cactos cujas folhas tornam-se macias e suculentas depois de refogadas.
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em Tiradentes acessando
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85
Tiradentes
Agende com antecedência as apresentações musicais que acontecem por toda a cidade, normalmente
nos fins de semana. Sexta-feira, por exemplo, é dia de ouvir órgão na Igreja Matriz de Santo Antônio,
um dos mais belos exemplos do barroco brasileiro. Nas demais igrejas, recitais com piano, flauta
e violino tornam ainda mais rica a visita aos monumentos históricos.
Igualmente imperdíveis são as apresentações e ensaios da Orquestra e Banda Ramalho, uma tradição
de 150 anos. Para saber mais: www.sociedadeorquestraebandaramalho.com.br
Tiradentes é um dos principais polos gastronômicos do país e oferece uma grande variedade
de restaurantes, famosos pela fartura, simpatia e aconchego. Vale a pena conferir.
Programe com antecedência uma visita aos ateliês de madeira, ferro e cerâmica, de modo a conhecer
o método de produção do artesão. Em alguns deles, é possível aprender um pouco do ofício, manuseando
o material sob orientação do mestre, e até produzir uma peça própria.
É interessante visitar o distrito de Vitoriano Veloso (mais conhecido como Bichinho, e pertencente
ao município de Prados). O vilarejo é rico em ateliês e restaurantes tipicamente mineiros.
Igualmente recomendável é a viagem de Maria Fumaça a São João Del-Rei. São 35 minutos de uma
aprazível volta ao passado.
Há uma grande variedade de trilhas em Tiradentes e seu entorno. Algumas empresas especializadas
fornecem informações e alugam equipamentos.
Programe roteiros que possam se integrar aos grandes eventos anuais de Tiradentes, como a Semana
Santa (quando as ruas do Centro Histórico ficam cobertas por belíssimos tapetes de serragem),
a Mostra de Cinema (em janeiro) e o Festival Internacional de Gastronomia (realizado no mês de agosto).
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Tiradentes
Caminhos do Fazer
86
Pomerode: a cidade
mais alemã do Brasil
Pomerode
Santa Catarina
Associação dos artistas e
artesãos de Pomerode
Rua XV de Novembro, 818
Tel.: (47) 3387.2627
Casa do Escultor Erwin Curt
Teichmann
Rua XV de Novembro, 791
Tel.: (47) 3387.0282 /
9981.6324
Cervejaria Schornstein
Rua Hermann Weege, 60
Tel.: (47) 3387.6655
Nani Atelier
Rua Karl Guenther, 459
Tel.: (47) 3387.3714
Special Presentes
Rua Hermann Weege, 243 -
Tel.: (47) 3387.4270 /
9126.6122
Velas Guenther
Rua Frederico Weege, 3420
Tel.: (47) 3387.0152
UNIDADES
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em Pomerode acessando
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Uma aconchegante cidadezinha catarinense com sotaque alemão.
É certamente o que esperamos encontrar chegando a Pomerode. Deparamo-
nos, porém, com bem mais do que isso: um pedacinho de
genuína Alemanha em solo brasileiro. Seus 27 mil habitantes são 70%
descendentes de imigrantes alemães, em sua maioria naturais da Pomerânia,
região do Norte da Alemanha. Os pomerodenses conservam
as tradições, os nomes e a língua de seus ancestrais. As construções
em enxaimel – técnica alemã – são muitas e a comida alemã é farta.
Visitando esta pérola do Vale Europeu catarinense, o turista que não
conhece a Alemanha passa a conhecê-la. Aquele que já esteve em terras
germânicas matará saudades.
87
Pomerode
unidades produtivas
Esculturas e brasões
O museu Casa do Escultor Ervin Curt Teichmann data de 1950 e reúne
obras do artista de mesmo nome. João Teichmann administra o museu e
revela traços herdados do pai, como podemos ver em seu ateliê instalado
no mesmo endereço, onde se dedica à minuciosa arte do entalhe de brasões.
Uma visita ao local para conversar com João é experiência ímpar de
contato com a Heráldica, quando o turista poderá descobrir e até mesmo
encomendar seu próprio brasão de família.
Pintura, recorte e luz
Um encantador chalé de madeira enche os olhos pela riqueza do artesanato
exposto na vitrine. Ao fundo é o ateliê de Nani, artista plástica e professora,
que se dedica de forma incansável à preservação do Bauernmalerei,
ou simplesmente Bauern. “É uma técnica de pintura que vem dos Alpes
alemães”, esclarece Nani, acrescentando: “É uma pintura campestre”. Os
traços leves que reproduzem flores dão mais vida a móveis, bandejas,
gamelas, dentre outros objetos..
Pequenos recortes em madeira MDF criam acabamentos singelos em
brancos quadrinhos. Este artesanato, inspirado na técnica Fensterbilder, é
eximiamente executado por Carin Lemke, autodidata que teve como mestre
revistas alemãs. A sua loja-ateliê é um deleite para o turista que pode
conhecer sua técnica de recorte, e ainda levar consigo peças decorativas
e utilitárias de grande beleza e originalidade.
Dagmar Guenther abre seu ateliê aos visitantes e demonstra como
transformar parafina em arte que ilumina. O resultado são velas de impensáveis
formatos, que agregam surpreendentes elementos como folhas,
flores e sementes. O acabamento manual, feito com o auxílio de diferentes
tipos de lixas, pode proporcionar brilho ou efeito fosco, conferindo singularidade
a cada peça.
Cerveja de todas as cores e teores
A cidade mais alemã do Brasil fabrica a mais alemã das bebidas. Produzida
de forma cuidadosamente artesanal, seguindo as normas da Lei Alemã de
Pureza, de 1516, em Pomerode a bebida é oferecida em vários matizes
que lembram o outono, do amarelo claríssimo ao marrom, passando por
vários tons avermelhados. Os chopes Pilsen Natural, Pilsen Cristal, Weiss,
Pale Ale, Bock e Imperial Stout podem ser degustados em companhia de
petiscos no bar, após uma visita do turista à linha de produção da cervejaria.
Museu Pomerano
O Museu Pomerano resgata a história da imigração alemã, mais precisamente
aquela que, em meados do século XIX, deixou a Pomerânia e se instalou
manifestações e grup os culturais
População: 26.788 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 216 km2
Tipo Climático: Subtropical
Temperatura Média: 20°C
Município de Pomerode
Como Chegar:
Aéreo:
O aeroporto mais próximo é o de
Navegantes, a 74 km.
Rodoviário:
Partindo de Florianópolis, BR-
101, sentido norte. Na altura de
Navegantes, tomar o viaduto à
direita e contornar para a BR-
470, no sentido oeste. Passando
Blumenau, à direita, a SC-418.
Total de 167 km.
Internet
Website:
www.pomerode.sc.gov.br
E-mail:
turismo@pomerode.sc.gov.br
Horário de atendimento:
das 8h às 18h, todos os dias,
inclusive em feriados.
Informações Turísticas
Secretaria Municipal de Turismo
de Pomerode
Portal Turístico Sul - Rua XV
de Novembro, 818 - Centro
Tel.: (47) 3387.2627
Caminhos do Fazer
88
Do porco ao marreco
Bockwusrt (salsicha), einsbein (joelho de porco), kassler (bisteca de porco)
são alguns dos sabores da Alemanha comuns em Pomerode, como era de
esperar. “É muito forte a herança alemã, mas aqui temos um prato que é
regional, daqui mesmo do Vale do Itajaí: o marreco recheado”, assim nos
conta Mazico, proprietário de um tradicional restaurante, instalado em duas
casas enxaimel construídas no ínicio da 1ª década do século passado.
Das bolachas aos chocolates
A tradição de decorar bolachas amanteigadas com motivos de Natal e Páscoa
atravessou o Atlântico com os primeiros imigrantes alemães. Em Pomerode
estes biscoitos, de produção artesanal, são encontrados o ano inteiro, em
diferentes e sempre coloridos desenhos, na forma de um arco-íris, uma
nuvem ou uma flor.
A produção de finíssimos chocolates é mais um sinal da presença da
Europa em Pomerode. A loja de fábrica de uma renomada marca local brinda
os visitantes com bebidas à base de chocolate, além de uma enorme variedade
de bombons de formatos diversos. As barras, que vão do extra-amargo
ao branco, do recheado ao zero de açúcar, atendem a todos os amantes do
chocolate, sem restrições.
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços
em Pomerode acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
culinária
Confeitaria e restaurante
Torten Paradies
Rua XV de Novembro, 350 –
Centro
Tel.: (47) 3387.0950
Nugali Chocolates
Rua XV de Novembro, 181
Tel.: (47) 3387.5294
Restaurante Wunderwald
Rua Ricardo Bahr, 200 -
Wunderwald
Tel.: (47) 3395.1700
Museu Pomerano
Rua Hermann Weege,
111 – Centro
Tel.: (47) 3387.0408
Festa Pomerana
Av. 21 de Janeiro, 2150 –
Centro (Parque Mun.
de Eventos)
Tel.: (47) 3387.2627
CULT URA em Pomerode, à época região denominada de Rio Testo. Egon Tiedt foi o
idealizador do Museu e quem também iniciou a coleção de peças de época
que narram a saga dos primeiros pomerodenses.
Festa pomerana
A Festa Pomerana ocorre desde 1984, sempre em janeiro, mês da emancipação
político-administrativa do município. São dez dias de festa, quando
o visitante tem a oportunidade de conhecer as tradições, os produtos e as
manifestações culturais locais.
89
Pomerode
São três os principais eventos que ocorrem em Pomerode, possibilitando ao turista o contato com
sua história e cultura. A Festa Pomerana – na segunda quinzena de janeiro. A Osterfest, uma feira de
Páscoa muito cultuada pelos pomerodenses, no período da Semana Santa. A Pomeroder Winterfest,
um festival de inverno que enfatiza as tradições germânicas, no mês de julho.
Não deixe de programar a ida a um restaurante de comida alemã para desfrutar da autêntica atmosfera
germânica, ao som de música típica e onde os funcionários estão vestidos a caráter. Para um café
colonial e o autêntico strudel, Jaraguá do Sul, a 15 km ao norte de Pomerode, é o endereço certo.
O aluguel de bicicletas na Secretaria de Turismo, tanto para um tranquilo passeio quanto para fazer o
Circuito Vale Europeu, é programa de satisfação garantida. O roteiro completo, mapeado com GPS está
disponível no www.circuitovaleeuropeu.com.br, e contempla a belíssima paisagem rural da região.
O Roteiro Arte e Charme é interessante para quem quer conhecer o artesanato de forte influência
germânica e todo o fascínio de Pomerode. Para vivenciar as criações dos artistas é recomendável
agendar.
Encontre fornecedores em Pomerode/SC acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Pomerode
do Fazer
Guia de Produtos
Associados ao Turismo
Caminhos do Fazer
Luiz Inácio Lula da Silva
Governo Brasileiro
Presidente da República Federativa do Brasil
MINIST ÉRIO DO TURIS MO
Ministro do Turismo
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Secretário-Executivo
Mário Augusto Lopes Moysés
Secretário Nacional de Programas
de Desenvolvimento do Turismo
Frederico Silva da Costa
Diretora do Departamento de Qualificação
e Certificação e de Produção Associada ao Turismo
Regina Cavalcante
Coordenadora-Geral de Produtos Associados ao Turismo
Ana Cristina Façanha de Albuquerque
Coordenadora-Geral de Projetos de Estruturação
do Turismo em Áreas Priorizadas
Kátia T. P. da Silva
Coordenador-Geral de Qualificação e Certificação
Luciano Paixão Costa
SE BRAE
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
Presidente em exercício do Conselho Deliberativo Nacional
Roberto Simões
Diretor-Presidente
Paulo Tarciso Okamotto
Diretor-Técnico
Carlos Alberto dos Santos
Diretor de Administração e Finanças
José Claudio dos Santos
Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo
- Comércio e Serviços
Ricardo Guedes
Coordenadora Nacional da Carteira de Projetos de Artesanato
Durcelice Mascêne
Coordenador Nacional da Carteira de Projetos de Artesanato
Mauricio Tedeschi
Coordenadora Nacional da Carteira de Projetos de Turismo
Valéria Barros
Convênio MTur/InCEP 704732/2009
MINISTÉRIO DO TURISMO - MTur
Ana Cristina Façanha de Albuquerque - Coordenação-Geral | Cristina Gomide Santana de Camargos | João Pessoa de Souza Filho
SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS - SEBRAE
Durcelice Mascêne | Mauricio Tedeschi | Valéria Barros
INSTITUTO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARAGUAÇU - InCEP
Presidente: Mábel de Bonis Simões | Vice-Presidente: David Jussier Tomaz Figueiredo | Coordenadora do Projeto: Adriana Girão
Equipe Técnica: Gustavo Pinto | Equipe Administrativa: Ulisses Medeiros e Cláudio Pimenta | Consultores: Denise Nicolini | Fábio Souza | Karina Meirelles
Lillian Mesquita | Marina Simião | Rejane Pasquali | Marcelo Abreu
Projeto Gráfico: Fernando Brito | Diagramação: Fernando Brito e Leandro Fiuza | Tratamento de imagens e finalização: Leandro Fiuza
Reportagem e Redação: Paula Osório, Tuty Osório e Cláudia Albuquerque | Fotografia: Jarbas Oliveira | Revisão: Orlando Nunes
Estagiários de redação: Sarah Coêlho e Roger Pires
O projeto “Caminhos do Fazer: Guia de Produtos Associados ao Turismo”
desenvolvido pelo Ministério do Turismo (MTur), em parceria com o Serviço
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e o Instituto Cultural e
Educacional do Paraguaçu (Incep), foi idealizado para apoiar a promoção
e a comercialização dos destinos turísticos, por meio da identificação e registro de
produtos com representatividade cultural e identidade regional.
Fruto deste projeto, este guia é o resultado de um esforço conjunto em torno da
valorização da diversidade brasileira – que dá ao país uma identidade única. Sua
proposta é oferecer aos empresários do turismo alternativas interessantes, vinculadas
aos saberes e fazeres locais, que possam enriquecer roteiros turísticos desenvolvidos
e comercializados pelo Brasil.
Nos 15 destinos revelados nesta publicação, o leitor vai descobrir que toda manifestação
da identidade de um lugar pode ser mais um diferencial para que o turista se encante
e prolongue sua estadia.
Para complementar sua leitura, acesse o site www.fazeresdobrasil.com.br e obtenha
informações interativas, como a localização dos destinos em mapas e a montagem
de um guia de bolso personalizado.
Ao final de cada seção, são apresentadas dicas para agregar valor ao roteiro a ser
desenvolvido, dando ênfase à Produção Associada ao Turismo local. Assim, os importantes
ícones da identidade cultural dos destinos aqui presentes terão a oportunidade
de passar de coadjuvantes a atores principais da atividade turística local.
Desfrute desses 15 destinos sob uma nova perspectiva.
Bons negócios!
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho
Ministro de Estado do Tu rismo
Caminhos do Fazer
O Brasil está mais atraente, despertando cada vez mais o interesse de turistas
brasileiros e estrangeiros. Seu patrimônio artístico e natural com múltiplas
opções, sua diversidade cultural, a hospitalidade fraterna e a simpatia do nosso
povo, por si sós, garantem boa parte do crescente movimento turístico no país.
Nos últimos anos, porém, o turismo ganhou um contorno diferente, mais profissional
e melhor estruturado. Com a parceria do Sebrae, diversos projetos e programas no
âmbito dos governos e da iniciativa privada refletem o empenho de todos no sentido
de melhor qualificar os produtos e serviços à disposição dos turistas, em especial
aqueles que trazem a assinatura das micro e pequenas empresas.
Este guia reflete esse novo olhar sobre a oferta turística nacional. Ele realça a importância
da produção associada ao turismo, que ganha força exemplar ao agregar empreendimentos
e atrativos ao turismo, como o artesanato, o agronegócio de pequeno porte,
as manifestações culturais, entre outras atividades. Por ser mais abrangente, esse novo
foco sobre o turismo amplia a responsabilidade de todos que atuam nesse segmento.
Aqui, o leitor encontra informações importantes sobre 15 destinos turísticos onde
a produção local passa a ter a possibilidade de inclusão na economia regional e reflete
essa nova abordagem na gestão da atividade turística brasileira. Por isso, há um esforço
do Sebrae junto com o Ministério do Turismo e a Embratur no sentido de sensibilizar
operadores e agentes sobre a importância da produção associada ao turismo.
Se conjugados com a melhor qualidade no atendimento, esses destinos certamente
vão influenciar o retorno dos visitantes e de mais turistas a cada um deles. Com
seu efeito multiplicador, esse novo jeito de promover o turismo repercutirá em mais
negócios, empregos e renda, bem como melhoria da qualidade de vida e uma nova
imagem do Brasil, aqui e lá fora.
Com essa iniciativa, a expectativa é de novas oportunidades e negócios, que surgirão
a partir desses 15 destinos. Fica uma certeza: eles vão impulsionar a expansão
dos empreendimentos de pequeno porte e atrair mais turistas ao país, promovendo
o desenvolvimento sustentável do Brasil.
Paulo Okamotto
Diretor-presidente do Sebrae
Caminhos do Fazer
UNIDADES PRODUTIVAS
Reúne a produção de artesanato, agropecuária e agroindustrial típica de um destino turístico. Além destas tipologias, inclui-se
também a produção industrial que é motivadora de fluxo turístico e que promova a identidade local.
MANIFESTAÇÕES E GRUPOS CULTURAIS
As mais importantes manifestações de música, dança, teatro, artes plásticas, literatura e folclore típicas do destino abordado
estarão nesta seção.
CULINÁRIA TÍPICA LOCAL
Nesta seção apresentamos os empreendimentos de alimentação fora do lar de um destino que utilizam ingredientes tipicamente
locais e apresentam pratos de consumo tradicionais da região.
Os produtos associados ao turismo, neste gu ia são apresentados em três diferentes categorias:
Belém | Pará
Manaus | Ama zonas
Rio Branco | Acre
8
16
24
Aracaju | Sergipe
Bezerros | Pernambuco
Caicó | Rio Grande do Norte
Juazeiro do Norte e Nova Olinda | Ceará
Mata de São João | Bahia
Parnaíba - Piau í
28
36
40
44
48
52
Brasília | Distrito Federal
Cuiabá | Mato Grosso
56
62
Bananal | São Paulo
Paraty | Rio de Janeiro
Tiradentes | Minas Gerais
66
70
76
Pomerode | SANTA CATARINA 84
NORTE
NORDESTE
SUDESTE
SUL
CENTRO -
OESTE
Caminhos do Fazer
10
Belém
Pará
11
Belém
Cidade das mangueiras, das chuvas constantes, das especiarias, dos
casarões de influência europeia e da forte herança indígena, Belém
do Pará já foi a principal porta de entrada para a região Norte do país.
Antes da colonização portuguesa, seus habitantes eram principalmente
os índios tupinambás. Hoje a cidade possui 1.437.600 moradores (IBGE/
2009) e continua aprimorando a vocação de receber bem.
Situada às margens do rio Guajará, próximo à foz do rio Amazonas,
Belém encanta os visitantes com atrações como o Mercado Ver-o-Peso,
que é a mais extensa feira livre da América, e as manifestação de fé a
Nossa Senhora de Nazaré, cujo ápice ocorre na festa do Círio, uma das
maiores do mundo católico. A Produção Associada ao Turismo se inspira
sobretudo nas cores, sabores e misturas culturais da região, oferecendo
enorme variedade de biojoias, ervas, temperos, doces, frutas, passeios
e ritmos populares.
Belém:
cidade das mangueiras
Caminhos do Fazer
12
Complexo Ver-o-Peso
Avenida Boulevard Castilho
França – Cidade Velha
Beth Cheirosinha
- Barraca n° 27
Complexo Ver-o-Peso
Tel.: (91) 8808.2241
ART PAM – Ass. dos Artesãos
e Expositores do Pará
– Amazônia
Travessa Frutuoso
Guimarães, 684
Tel.: (91) 3223.1268 /
3033.1653
Conselho Superior do Artesão
do Pará – COSA PA
Passagem do Livramento,
700 – Travessa Soledade –
Município de Icoaraci
Tel.: (91) 3227.1807 /
3227.2905 / 8199.4783
Espaço São José Liberto
– Polo Joalheiro
Praça Amazonas,
s/n – Jurunas
Tel.: (91) 3344.3514 /
3344.3510 / 3344.3512
RA HMA – Escola de Formação
Profissional em Joalheria
Praça do Amazonas, s/n
Tel.: (91) 3212.2099 /
3344.530 / 8412.3337
Essência local
O turista que chega a Belém encontra na Cidade Velha o maior símbolo do
Pará, o Mercado Ver-o-Peso, construído em 1625, às margens da baía de
Guajará. O burburinho dos frequentadores, a profusão de barracas, o cheiro
das frutas e a oferta variada de itens amazônicos tornam inesquecível uma
visita ao local, que integra um complexo arquitetônico e paisagístico de
imenso valor cultural.
Uma das áreas mais tradicionais do mercado é a que reúne plantas e
ervas. Lá, comerciantes como Bernadete Costa, a Beth Cheirosinha, 45 anos
de profissão, mostram o que há de mais aromático na floresta. Priprioca,
breu-branco, patchouli, pau-rosa, jasmim, pau-de-angola, cumaru: tudo
pode virar essência. O trabalho é artesanal e, muitas vezes, carrega segredos
de família. Para os turistas, percorrer esses labirintos é uma experiência
peculiar, pois neles se entrecruzam as riquezas da natureza, a sabedoria
do povo e a tradição amazônica.
Brilho exclusivo
No antigo convento de São José, erguido pelos padres capuchinhos em
1749, instalou-se o Polo Joalheiro do Espaço São José Liberto. O complexo
conta com um museu de gemas, uma escola de joalheria e um centro de
artesanato. Além de comercializar as joias, também incentiva a produção
local, preserva um rico acervo arqueológico e qualifica futuros ourives para
o exercício da profissão.
UNIDADES unidades produtivas
Localize os endereços
em Belém acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
13
Belém
População: 1.437.600
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 1.065 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 26°C
Município de Belém
Como Chegar:
Rodoviário:
Com sua localização no extremo
norte da malha rodoviária
brasileira BR-316 (Nordeste),
BR-010 (Belém-Brasília)
e PA-150 (Alça Viária), Belém
pode ser facilmente alcançada
por vias terrestre, aérea e até
mesmo fluvial, sendo uma das
principais entradas para toda
a região Norte.
A Rahma, Escola de Formação Profissional em Joalheria, que funciona
no espaço desde outubro de 2002, ensina a arte de dar brilho e beleza a
metais nobres, que se transformam em anéis, correntes, brincos e pulseiras.
Os turistas podem apreciar o processo de produção. “Nossos alunos
aprendem técnicas básicas e avançadas. Nós temos todos os equipamentos
necessários para a fabricação das peças”, explica o professor Ramirez Garcia
Gomes, mestre em lapidação.
Habilidade com variedade
Icoaraci, a 40 minutos do Centro de Belém, é o maior polo cerâmico do
Pará. “Fabricamos principalmente peças inspiradas no artesanato marajoara,
tapajônico e maracá”, explica Rosemiro Pinheiro Pereira, que possui um
misto de loja e oficina no coração do distrito. Como outros artesãos locais,
ele herdou o talento do pai, que já tinha uma olaria, e hoje recebe visitantes
que desejam conhecer melhor a arte em argila. “A matéria-prima é coletada
aqui na região, por uma associação de barrerenses”, informa Rosemiro.
Para o turista que procura variedade, uma boa opção é a tradicional
feirinha da Praça da República, que concentra 300 produtores, oferecendo
o melhor do artesanato local, bem como antiguidades, quadros, comidas
típicas, plantas e essências. Aos domingos, calcula-se que 40 mil pessoas
passem pelo local. Os dados são de Ricardo Teixeira de Souza, presidente da
Associação dos Artesãos. “A feira existe há 23 anos e hoje está organizada,
com melhores equipamentos, atrai muitos visitantes.”
Caminhos do Fazer
14
CULT URA
Vale Verde Turismo
– Passeio de barco Show
da Tribo dos Kayapós
Av. Boulevard de Castilho
França, s/n – Loja 07
Estação das Docas
Tel.: (91) 3212.3388 /
3212.3386
Andar com fé
Existem poucas manifestações de fé mais emocionantes que o Círio de
Nazaré. A procissão religiosa em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré
ocorre no segundo domingo de outubro, mobilizando a cidade, trazendo
de volta à terra os paraenses “desgarrados” e atraindo visitantes de
todo o Brasil. Reza a lenda que a imagem da santa foi encontrada pelo
caboclo Plácido José de Souza em 1700, às margens de um igarapé
(onde hoje está a Basílica).
Calcula-se que dois milhões de pessoas acompanham a “imagem peregrina”
de apenas 28 cm de altura, num percurso que perfaz 3,6 km entre
a Catedral de Belém e a Praça Santuário. “A berlinda que leva a santa é
conduzida pela Guarda de Nazaré”, explica Edmilson do Nascimento dos
Santos, vice-presidente da guarda católica que congrega 1.100 homens.
Além da procissão de domingo, a festa se desdobra em manifestações
como a romaria fluvial. Desde 2004, o Círio é considerado pelo Iphan um
Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial do Brasil.
No ritmo do carimbó
Dança típica do Pará, o carimbó tem origem indígena e influência negra.
Sua base é um tambor também conhecido como curimbó, que hoje pode
ser acompanhado por outros instrumentos, como a flauta, o sax e o banjo.
Em Belém, muitos grupos trabalham para manter viva a tradição do carimbó,
um ritmo contagiante dançado e cantado por homens e mulheres em
pares. Edson Janary Padilha coordena um desses grupos, Os Baioaras, que
existe há 30 anos. “Tivemos como grande inspirador o nosso próprio pai,
Mestre Venâncio, caboclo de Marapanim, cidade conhecida como o berço
do carimbó”, reporta Edson, que mantém os membros unidos, junto com
os irmãos Edna e Nonato. Eles apresentam “mais 22 danças paraenses”,
além do carimbó.
manifestações e grup os culturais
Localize os endereços
em Belém acessando
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15
Belém
Querendo unir o som à paisagem, o turista pode programar um passeio
de barco pela orla de Belém. Basta comprar um pacote que inclua shows
folclóricos e danças típicas. O carimbó, o siriá e o lundu marajoara embalam
os percursos de duração variada oferecidos pelas companhias. “Quem é de
fora gosta de ver, e acaba se animando tanto quanto os paraenses”, garante
uma das bailarinas do Grupo Cultural Trupe dos Kayapós, que dança e canta
enquanto os visitantes “deslizam” pelo Rio Guamá.
Internet
Website:
www.paraturismo.pa.gov.br
www.belem.pa.gov.br
E-mail:
turismo@paratur.pa.gov.br
belemtur@belem.pa.gov.br
Informações Turísticas
Paratur
Praça Waldemar Henrique, s/n
Tel.: (91) 3224 9836 /
(91) 3212 0575
Fax: (91) 3223 6198
Belémtur
Av. Governador José Malcher,
257 – Memorial dos Povos
Tel.: (91) 3283 4850
Fax: (91) 3283 4865
A força do Açaí e do Tucupi
Famosa pelo exotismo, festejada pelo sabor e marcada pela herança indígena,
a culinária paraense é tida como uma das melhores do Brasil. Os peixes
frescos, os pratos com tucupi (caldo extraído da mandioca), as frutas, as
folhas e os muitos tipos de farinha despertam o apetite dos visitantes, que
se deliciam em restaurantes sofisticados e points populares. No setor de
alimentação do Ver-o-Peso, pode-se experimentar o açaí à moda nativa, ou
seja, acompanhado de peixe frito e farinha de tapioca.
Maior produtor nacional da fruta, o Pará consume mais sumo de açaí do
que litros de leite. “Paraense toma açaí para acompanhar o peixe, o charque,
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
16
culinária
Estação das Docas
Av. Boulevard
de Castilho França, s/n
Tel.: (91) 3212.5525 /
5615 / 5660
Mangal das Garças
Passagem Carneiro da Rocha,
s/n – Cidade Velha
Tel.: (91) 3242.5052 /
8165.0824
Point do Açaí
Rua Veiga Cabral, 450
Tel.: (91) 3225.4647 /
8833.2000
Tacacá da D. Maria
Av. Nazaré, s/n
Tel.: (91) 3279.4874 /
9142.0433
Restaurante na Telha
Rua Siqueira Mendes,
263 – Icoaraci
Tel.: (91) 3227.0853 /
3207.0223 / 8868.7563
Restaurante Lá em Casa
Av. Boulevard Castilho França,
s/n - Galpão 02, Loja 04
Estação das Docas
Tel.: (91) 3212.5588
a carne...”, revela Nazareno Alves da Silva, que há seis anos abriu um negócio
especializado em açaí-preto e branco, além de bacaba. “Meus pais já
trabalhavam com isso. Criaram os filhos com o fruto do açaizeiro”, diz ele,
que mais recentemente inaugurou um novo ponto na Estação das Docas.
Melhor, impossível
Situada às margens da baía do Guajará, a Estação das Docas é um complexo
de turismo e lazer que congrega restaurantes de comida internacional e
pratos típicos amazônicos, como o pato no tucupi e a maniçoba (feijoada
feita com as folhas da maniva ou mandioca). Na mesma baía, porém a 20
km de Belém, ficam os restaurantes de Icoaraci, que atraem pela capacidade
de unir o novo ao antigo. Entre as boas pedidas: caldeirada no tucupi,
pirarucu no leite de coco e filhote grelhado com arroz de jambu.
Na Cidade Velha, voltando a Belém, os turistas se deslumbram com o
Mangal das Garças, onde podem observar toda a biodiversidade local, além
de comer em um concorrido restaurante de delícias amazônicas. Aliás, no
tocante a essas delícias, o tacacá (mistura de tucupi, goma, camarão seco
e folha de jambu) é um acepipe obrigatório na cidade. Em Belém, as tacacazeiras
estão nas esquinas e bairros. Maria do Carmo Pompeu dos Santos,
65 anos de vida e 40 de ofício, é uma das mais famosas. “O segredo é
ter amor e vir todos os dias”, diz ela, que mantém um ponto em frente ao
Colégio Nazaré.
Localize os endereços
em Belém acessando
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17
Belém
A visita ao Complexo Ver-o-Peso para explorar a diversidade de produtos ali oferecida é obrigatória
em Belém. Não deixe de programar também um passeio pelos arredores do Mercado, onde podem
ser vistas as construções mais antigas da cidade.
O tacacá, o pato no tucupi, o sanduíche de leitão, o açaí, o bombom de cupuaçu e os sorvetes regionais
são alguns dos muitos sabores do Pará que não podem deixar de ser oferecidos ao turista
que passa em Belém.
Na Estação das Docas, às margens da baía do Guajará, as cores do pôr do sol são um espetáculo
imperdível. O passeio de barco nesse momento, com apresentação do carimbó, pode ser também
uma interessante proposta para o turista.
Programe uma visita ao Mangal das Garças, um parque de 40.000 m2 que reúne atrativos como o
Museu Amazônico da Navegação, o Viveiro de Pássaros e Borboletário, o Restaurante e o Farol de
Belém e dois mirantes de observação.
Em Icoaraci, a 20 km da capital paraense, o turista deverá conhecer as olarias que produzem
as famosas cerâmicas marajoaras, podendo na ocasião moldar a sua própria peça.
Encontre fornecedores em Belém/PA acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Belém
Caminhos do Fazer
18
Manaus
Amazonas
19
Manaus
Situada na confluência dos rios Negro e Solimões, a capital do Amazonas
é uma cidade com 1.730.000 habitantes que vivem no centro da maior
floresta tropical do mundo. No início do século XX, quando a borracha
atraiu milhares de brasileiros a essa paragem portuária e seus verdes
arredores, Manaus era conhecida como “Coração da Amazônia”. Hoje
é um avançado centro financeiro e turístico que oferece aos visitantes
a oportunidade de conhecer contrastes.
As riquezas da floresta, os passeios entre igarapés e a deliciosa
culinária típica representam o lado mais pitoresco de uma metrópole que
proporciona atrações ecléticas, como os restaurantes da Ponta Negra
(praia de água doce às margens do rio Negro), o exuberante Teatro
Amazonas (que abriga a maior temporada de ópera do país) e o imenso
Centro Cultural dos Povos da Amazônia. A Produção Associada ao Turismo
une a herança popular com as novas técnicas para fazer joias, perfumes
e móveis, além das mais saborosas misturas.
Manaus:
porto de encantos
Caminhos do Fazer
20
AMARN – Ass. das Mulheres
Indígenas do Alto Rio Negro –
Numiã Kurá
Rua 06, casa 156 – Conjunto
Villar Câmara Aleixo
Tel.: (92) 3644.8906
Amazongreen
Fábrica: DIMPE –
Avenida do Turismo, s/n -
Galpão 03 – Tarumã
Tel.: (92) 3652.1600 /
9902.1900
Artesão Marcelino
dos Santos Borges
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 -
Parque 10 - Loja 26
Tel.: (92) 3651.6919 /
9234.5234
Artesão Sebastião Jorge
Santos Araújo
Praça Tenreiro
Aranha, Boxe 20.
Tel.: (92) 9911.7733 /
8155.9680
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 – Parque 10
Tel.: (92) 3236.1241 /
9129.7888
J. Alcântara Esculturas
em Madeiras do Amazonas.
Central: Rua Bernardo
Michiles, 868 A – Petrópolis.
Tel.: (92) 3663.2316 /
9148.0318
Tudo num lugar
“A nossa história tornou-se lenda, as nossas lendas viraram mitos e nossos
mitos... viraram joias.” Este jargão acompanha e divulga o trabalho
delicado de Rita Prossi, uma das mais conhecidas designers de biojoias da
região. Trabalhando com elementos naturais, como sementes, resíduos de
madeira, couro de peixe, fibras, folhas e pedras brasileiras, Rita faz peças
exclusivas, banhadas em ouro e prata. A cadeia produtiva gera renda para
as comunidades indígenas que coletam os materiais, sempre com licença
ambiental. As gargantilhas, braceletes e outros itens da coleção estão
expostos na Central de Artesanato Branco e Silva, onde o turista encontra
lojas e ateliês variados.
Madeira para diferentes fins
Em alguns ateliês da Central de Artesanato Branco e Silva, é possível observar
os artistas em ação. “Trabalho com madeira há 40 anos. Hoje usamos
55 tipos diferentes. Tem marupá, muiracatiara, pau-rainha, coração-denegro,...”,
enumera Pedro Lopes, mestre na arte de transformar madeira em
caixas decorativas, porta-joias, bandejas, tabuleiros de xadrez e embalagens
variadas. Como ele, são muitos os artesãos que manipulam as diferentes
cores e texturas da floresta para fazer arte. “A comunidade do Pau-Rosa
fornece a madeira, que é reaproveitada ou legalizada. A consciência
ambiental melhorou muito em Manaus”, acredita Pedro.
UNIDADES unidades produtivas
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em Manaus acessando
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21
Manaus
População: 1.738.641
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 11.401 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 33,9°C
Município de Manaus
Como Chegar:
Aéreo:
Há voos diretos para Manaus
partindo de Brasília, São Paulo,
Rio de Janeiro e Belém, entre
outras capitais.
Rodoviário:
Quem parte de automóvel de
Brasília tem cerca de 4.000
km até a capital do Amazonas,
pelas BR-060 (chamada
Belém-Brasília), a BR-153
(Transbrasiliana) e várias outras
nos estados de Goiás, Mato
Grosso, Rondônia e Amazonas.
Hidroviário:
Desde Belém, a viagem de barco
até Manaus dura cinco dias. O
trajeto inverso, Manaus-Belém,
via fluvial, é percorrido em
quatro dias.
Perto dele, seu Marcelino Borges, 67 anos, vende um produto lúdico que
faz desde menino: barquinhos de talo de buriti. Eles são leves, coloridos e
reproduzem as embarcações típicas da região, sendo geralmente batizados
com os nomes dos rios amazônicos (Solimões, Negro, Tapajós, Madeira).
Vários artesãos se dedicam a essa arte, mas Seu Marcelino tem um orgulho
especial: “Meus barquinhos não têm emenda aparente”.
Na loja que Jeane Alcântara, pertencente a uma conhecida família de
entalhadores, mantém com os irmãos, as esculturas e entalhes de madeira
com temática amazônica deslumbram pelo colorido dos pássaros, onças,
peixes e demais reproduções. “Nossas peças são esculpidas manualmente
em formão, a partir de um único bloco de madeira, sem emendas”, declara
Jeane, acrescentando: “Trabalhamos com madeira reaproveitada e usamos
muita guariúba, piquiá e louro-puxuri”.
Cores indígenas
Um passeio pelo Centro Cultural dos Povos da Amazônia equivale a uma aula
interativa sobre a vida dos ribeirinhos, seringueiros, caboclos e indígenas
que povoam a floresta. Com arenas de exposição, bibliotecas, núcleo de
documentação e área verde, o Centro reproduz moradias típicas de diferentes
povos. “As crianças adoram, mas os adultos também aprendem”,
assegura o monitor e guia Miguel Sampaio Lana, de etnia Dessano, originária
do Alto Rio Negro.
H á 26 anos, para dar apoio às mulheres indígenas, incentivando o trabalho
e a geração de renda em Manaus, surgiu a AMARN, ou Associação
das Mulheres Indígenas do Alto Rio Negro, que está em plena atividade e
congrega etnias como tukano, tuyuka, dessano e arapasso. “A maioria das
associadas é artesã”, diz Juscimeire Caridade Serra, coordenadora. “Nós
usamos rama de tucum e barbante para fazer bolsas, cestos, leques...” Os
visitantes podem ver as artesãs trançando segredos e, ao mesmo tempo,
adquirir as peças na loja ao lado da associação.
Sementes locais
Na mais antiga praça de Manaus, batizada de Tenreiro Aranha em homenagem
a um escritor amazonense, funciona um pulsante comércio de produtos
caboclos e indígenas. Percorrer as barracas que dividem o espaço é uma
experiência repleta de surpresas. “As pessoas encontram de tudo, mas
Perfumes da floresta
em frascos especiais
Caminhos do Fazer
22
CULT URA
Grupo Cultural
Regional Andirá
Rua Fortaleza, 208 -
Beco do Macedo
Tel.: (92) 8164.9595
Movimento
“Amigos do Garantido”
Rua José Clemente,
500 - 3ª sala
Tel.: (92) 3087.0807 /
9116.9118
Maloca do Centro Cultura
Centro cultural dos povos
da Amazônia
Praça Francisco
Pereira da Silva, s/n
Tel.: (92) 3228.1320 /
8426.6253
MUIRART – Arte da Amazônia
Central de Artesanato Branco
e Silva, Loja 22
Tel.: (92) 3646.9513 /
9136.0897
Rita Prossi Biojóias
do Amazonas
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999, Loja 15
Tel.: (92) 3632.1859 /
3237.6237
Entre o azul e o vermelho
A maior manifestação cultural da região Norte é, sem dúvida, o Festival
Folclórico de Parintins, que congrega milhares de admiradores dos bois
Garantido (de cor vermelha) e Caprichoso (de cor azul), numa grande
festa que balança toda a população, atraindo também grande número
manifestações e grup os culturais
as pulseiras e colares de sementes sempre têm saída”, declara Sebastião
Jorge, que faz biojoias junto com a mulher, Maria Edith, de etnia saterémauwé.
“Foi ela quem me ensinou a fazer as peças, utilizando jarina,
babaçu, morototó e outras sementes”.
Também aproveitando os frutos da floresta, mas para outros fins e com
resultados distintos, uma vasta cadeia produtiva vive de fazer essências e
cosméticos naturais. O material pode ir para os mercados e feiras locais,
mas há empresas que sofisticaram os processos e embalagens. Rosemeyre
Pontes Aguiar Dias trabalha na loja da família, especializada na fabricação
e venda profissional de perfumes, xampus, condicionadores, máscaras
faciais, tônicos, hidratantes e esfoliantes. “Usamos sakaka, pitanga, maracujá,
cedro, pau-rosa, tucumã, priprioca, flor de urucum, cupuaçu com
manga... Os cheiros da natureza são irresistíveis”, afirma Rosemeyre.
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23
Manaus
de turistas. A pequena Parintins fica a 420 km de Manaus, mas os
visitantes têm na própria capital do Amazonas uma boa mostra do que
é a paixão pelo boi-bumbá.
Com forte influência do bumba meu boi maranhense, o boi-bumbá
adquiriu sotaque local quando foi introduzido no Norte por migrantes do
Nordeste. Hoje é um espetáculo cujo auge ocorre no mês de junho, quando
as tribos brincantes exaltam o seu boi com danças de temática indígena
e ribeirinha. Em Manaus, além do amor pelo Garantido e pelo Caprichoso,
a população se divide entre os bois Brilhante, Corre-Campo e Garanhão.
Os turistas que chegarem “fora de época” não devem se preocupar: os
bois se revezam no sambódromo todos os sábados. Além disso, há grupos
culturais, como o Andirá, que se apresentam em bares e casas de espetáculo,
levando ao público um pouco dessa rica e colorida tradição nortista.
Internet
Website:
www.visitaamazonas.am.gov.br/
amazonastur
E-mail:
amazonastur.gp@hotmail.com
Informações Turísticas
Amazonastur - Empresa
Estadual de Turismo
Av. Eduardo Ribeiro,
666 - Centro
Tel.: (92) 3182.6250
Fax: (91) 3223.6198
Mesa variada
Banhada pelo maior rio do planeta, o Amazonas, Manaus é uma cidade
cuja culinária evoca o sabor marcante dos peixes de água doce. “Tambaqui,
pirarucu, tucunaré, dourado, bodó, aruanã... só usamos os peixes da
região”, afirma José Félix de Aquino, proprietário de um restaurante às
margens do rio Negro. “Apostamos nos produtos daqui e não paramos de
criar. Nosso dourado ao molho de cupuaçu é um sucesso.”
Os manauaras também consomem grande quantidade de matrinchã,
curimatá, pacu e jaraqui. Servidos das mais diversas formas, os peixes
podem vir acompanhados de banana pacovã, arroz-branco, farinha-d´água
e tucupi (caldo amarelo extraído da mandioca). Ao turista curioso, recomendam-
se os restaurantes com sistema de buffet. Há casas especializadas
onde se come pato no tucupi, paxicá (miúdo de tartaruga), guisado de
tartaruga e costela de jacaré – as boas casas têm licença do Ibama para
servir tais pratos –, além de peixes e doces da terra.
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
24
culinária
Bombons Finos da Amazônia
Central de Artesanato
Branco e Silva
Rua Recife, 1999 – Parque 10
Tel.: (92) 3236.2610 /
3646.1901
Café do Pina
Praça Heliodoro Balbi,
s/n – Centro
Tel.: (92) 3232.0179 /
9618.2622
Moronguetá
Rua Jaith Chaves, 31
– Vila de Felicidade
Tel.: (92) 3615.3362 /
9136.0748
Restaurante O Lenhador
Estrada do Turismo,
2371 - Tarumã
Tel.: (92) 3239.0004 /
9981.7217
Simplesmente irresistível
No Palacete Provincial, prédio do século XIX que funciona na arborizada
Praça Heliodoro Balbi, no Centro de Manaus, o visitante pode passar uma
tarde agradável num café que já completou 60 anos de vida, tendo ocupado
vários endereços. Atualmente instalado no Palacete, a casa oferece
petiscos e lanches com café ou açaí (este vem com farinha de tapioca,
farinha de uiariri ou granola). O maior sucesso, porém, é o x-caboquinho,
sanduíche tipicamente amazonense, encontrado em vários cafés da cidade:
pão francês, queijo-coalho, lascas de tucumã (uma frutinha amarela)
e, às vezes, banana frita.
Outra paixão amazônica são os bombons de chocolate com frutas da
terra, como cupuaçu, açaí, buriti, cubiu e araçá-boi. “Fazemos 60 mil
bombons por dia e já estamos começando a exportar”, comemora Jorge
Alberto Coelho. Ele deu início a uma pequena fábrica que está virando
um grande negócio. Hoje, cerca de 230 artesãos de 12 municípios e 11
etnias produzem mais de 100 diferentes embalagens, utilizando fibras,
sementes, palha, restos de madeira, escamas de peixe e cascas de frutas.
“A concorrência é grande, por isso procuramos oferecer um produto
diferenciado e, ao mesmo tempo, ajudamos as comunidades ribeirinhas”,
finaliza Jorge Alberto.
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25
Manaus
A experiência que a culinária manauara oferece é obrigatória para qualquer visitante. São as maravilhosas
peixadas preparadas com peixes da Amazônia e o curioso sanduíche x-caboquinho, além dos
deliciosos bombons de frutas regionais .
Programe visita à Central de Artesanato Branco e Silva, um dos locais onde pode ser conhecida
a diversidade artesanal de Manaus, que recebe forte influência indígena.
Uma das tradições de Manaus é o Café da Manhã Regional. Existem diversos pontos na cidade onde
se pode desfrutar desta refeição, composta por tapiocas recheadas e diversos tipos de sanduíche.
Para vivenciar um pouco das manifestações culturais amazônicas em qualquer época do ano, inclua
em seu roteiro os ensaios dos Grupos de Boi-Bumbá, que ocorrem às terças, quintas-feiras e sábados
na arena ao lado do Sambódromo.
Os frutos, raízes e folhas da selva amazônica são conhecidos pelas suas propriedades medicinais.
Proporcione ao turista uma visita às lojas de cosméticos naturais produzidos no estado, que são
oferecidos em criativas embalagens.
Encontre fornecedores em Manaus/AM acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Manaus
Caminhos do Fazer
26
Rio Branco:
natureza e crescimento
Rio Branco
Acre
Associação Acriana
de Artesãos - ASAARTE
Praça da Revolução
Tel.: (68) 8115.8445 /
9229.9874
Associação Biojóia
da Amazônia
Estrada da Floresta, nº 1261,
Bairro Floresta
Tel.: (68) 3225.5403
Associação Sementes Vivas
Via Chico Mendes, Vila
Mendes Carlos, 07-
Bairro Triângulo
Tel.: (68) 3221.0863
Casa das Plantas Medicinais
“Milagres da Floresta”
Novo Mercado Velho,
Nº 10 - Centro
Tel.: (68) 3223.1628/
3222.7968
II BA Produtos Florestais
Sustentáveis
Av. das Acácias nº 806
Distrito Industrial
Tel.: (68) 3229.6434
UNIDADES
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Terra de Chico Mendes, o Acre foi povoado por homens em busca das
promessas da floresta. A capital, Rio Branco, deve suas origens a um
seringal cuja paisagem era marcada por uma grande gameleira. Nos
arredores dessa velha árvore – que ainda existe – estourou o conflito
que culminaria com a assinatura do Tratado de Petrópolis, em 1903,
quando o estado passou a fazer parte do território brasileiro.
Os acrianos se orgulham de possuir 16 milhões de hectares de florestas
tropicais, onde vivem 700 mil habitantes, incluindo 14 diferentes
nações indígenas. A influência dessas nações marca fortemente a
Produção Associada ao Turismo, que envolve o uso de sementes, raízes
e madeiras certificadas na fabricação artesanal de biojoias, móveis e
objetos decorativos.
27
Rio Branco
unidades produtivas
Em harmonia com a selva
Sementes de açaí, buriti, paxiubão, paxiubinha, jarina, murumuru... Diferentes
cores e formatos compondo colares, pulseiras, brincos, anéis,
gargantilhas, cordões, braceletes... Em Rio Branco, a biojoia é desenvolvida
com maestria por artesãos que usam igualmente madeira, fibras, cocos,
conchas e até ouriços de castanha para criar acessórios. As peças podem
ser encontradas em lugares como a Casa do Artesão, que hoje agrega cerca
de 170 pessoas. “Aqui o turista encontra uma boa mostra do artesanato que
se baseia no manejo sustentável e não causa danos à natureza”, afiança
Carlos Laran Taborga, presidente da instituição.
Esculturas de sementes
Usando sementes e folhas para fazer pequenas esculturas, quadros, portaretratos
e abajures, a Cooperativa de Artesanato Amazônico Paiol reúne
30 artistas, a maioria dos quais mulheres, que compartilham os mesmos
esforços desde 2004. “Compramos as sementes brutas e levamos para
beneficiar nas pequenas oficinas das próprias artesãs”, explica Vera Lúcia
da Silva Santos, presidente da entidade.
Raízes que curam
Em toda a região Norte, o uso de plantas e raízes para o tratamento de
doenças integra um saber popular cujos segredos são repassados de geração
a geração, algumas vezes com eficácia cientificamente comprovada.
Os turistas podem conhecer as “farmácias verdes” que têm as prateleiras
atulhadas de saquinhos de cipó, boldo-do-chile, carapiá, capeba, capuí,
coita-cavalo, aroeira, amor-crescido, bugre, arnica-do-mato, ambé, alcaçuz...
“Existem plantas para curar todos os males”, acredita Raimundo
Nonato Pereira da Silva, o Dr. Raiz, que há mais de 20 anos lida com um
variado arsenal de remédios naturais para problemas de qualquer natureza.
Madeira certificada
A exploração predatória da madeira, impulsionada por um mercado que
envolve milhões, ameaça diversas espécies brasileiras, por isso os empresários
eticamente responsáveis só adquirem madeira proveniente do
manejo florestal certificado. É o caso de George Dobré, cuja pequena
empresa, aberta há cinco anos em Rio Branco, mantém íntima reciprocidade
com o desenvolvimento florestal. “Além de utilizar madeiras pouco
exploradas, fazemos parcerias com as comunidades locais, retirando uma
pequena quantidade de cada espécie, sempre de forma proporcional à
quantidade existente e ao tempo de recuperação da mata”, revela George,
que fabrica utilitários domésticos, móveis e brinquedos educativos com
design sofisticado.
População: 305.954 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 9.223 km2
Tipo Climático: Equatorial
Temperatura Média: 31°C
Município de Rio Branco
Como Chegar:
Aéreo:
As companhias aéreas Gol e
TAM possuem voos regulares
para Brasília e outros destinos
regionais.
Rodoviário:
A partir de Porto Velho/RO,
tomar a BR-364. A partir de
Manaus/AM, tomar as rodovias
BR-319, BR-174 e BR-425.
Internet
Website:
www.ac.gov.br
E-mail:
turismo@ac.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo do Acre
Av. Chico Mendes, s/n –
Arena da Floresta
Tel.: (68) 3901.3023
Caminhos do Fazer
28
Lendas amazônicas
No Acre, a influência do folclore amazônico é muito forte em grupos de música
e teatro, como é o caso do Grupo Vivarte, que procura recriar a oralidade
dos povos da floresta (seringueiros, ribeirinhos e indígenas), apresentando
peças nas comunidades, com a encenação de antigas lendas e rituais.
Já o Jabuti-Bumbá, criado há quatro anos pelo artista plástico e compositor
Cícero César de Farias, une música, dança e alegorias em apresentações
com 40 integrantes. Eles usam sanfona, zabumba, tambor e maracás para
falar – ou melhor, cantar – as tradições amazônicas.
Sabor indígena
Como todas as cidades da região Norte, Rio Branco possui uma culinária
de sotaque indígena, com o farto uso do tucupi (caldo amarelo extraído
da mandioca) em pratos consagrados, como o tacacá, que leva também
camarões secos, goma e folhas de jambu. O pato no tucupi é servido em diversos
lugares, geralmente acompanhado de arroz-branco e farinha-d´água.
“O pato é o nosso carro-chefe, mas também temos peixes inigualáveis, como
o tambaqui e o pirarucu”, declara Socorro Moreira Jorge, proprietária de
um restaurante que usa produtos da terra para inovar no tempero, criando
iguarias como o tijolinho de pirarucu, o risoto de tucupi e o porquinho-domato
ao leite de castanha.
Doces tropicais
Os doces mais procurados de Rio Branco são feitos de frutas tropicais. “Os de
cupuaçu saem muito. Por semana, usamos 100 quilos de polpa”, revela Raylda
Carvalho Silva, que mantém uma microempresa onde os maiores sucessos
são o salame de cupuaçu – espécie de charuto de polpa de cupuaçu com
castanha –, a castanha cristalizada, as trufas e os chocolates com maracujá.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
COOESA - Cooperativa
de Produtos e Serviços
Econômicos e
Solidários do Acre.
Rua João Donato,
nº 140- Parque da
Maternidade - Centro
Tel.: (68) 3223.0010
Cooperativa de Artesanato
Amazônico PAIOL
Rua Epaminondas Jacome,
Loja 06, Mercado
Velho - Centro
Tel.: (68) 3223.7532
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em Rio Branco acessando
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culinária
AFA Bistrô
Rua Franco Ribeiro,
nº 109 - Centro
Tel.: (68) 3224.1396
Doces Tropicais
Travessa do Amapá,
nº 235 - Bairro Cerâmica
Tel.: (68) 3223.2590
Point do Pato
Rua das Palmeiras,
nº 613 - Tropical III
Tel.: (68) 3224.8009/
9972.8112
Tacacá da Base
Av. Ceará, s/n - Parque
da Maternidade
Tel.: (68) 3232.6141
Vivarte
Rua Tapajós Nº 508 – Isaura
Parente - Tel (68) 9957.9413
/ 9957.9421 / 9973.1389
Jabuti Bumbar (Associação
Cultural Impérios da Beija Flor)
Rua do Coco, nº 133 -
Mocinha Magalhães
Tel.: (68) 3229.5409/
9975.3311
CULT URA
29
Rio Branco
Uma visita ao Parque Municipal Seringal Capitão Cirico, um seringal transformado em parque em
1996, oferecerá ao turista a inédita oportunidade de conhecer o processo da extração de látex de
seringueiras. Ali são produzidos cerca de 15 litros de látex por dia e, a partir deles, bolas de futebol
ecológicas de couro vegetal.
Kibe de macaxeira com recheio de pirarucu é um prato de influência árabe facilmente encontrado em
Rio Branco. Outra forte influência é a boliviana, com as típicas saltenhas que são vendidas em vários
pontos da cidade. Proporcione ao turista estes sabores.
Programe uma visita à Usina de Artes João Donato, uma antiga usina de beneficiamento de castanhas.
Hoje um grande centro cultural com ampla programação, abriga ainda restaurante e café com produtos
típicos da Amazônia.
As Quadrilhas são importantes manifestações do folclore local e conquistaram recentemente um espaço
próprio para suas apresentações, o “Quadrilhódromo”. Se o roteiro for realizado no mês de junho, não
deixe de incluir uma noite de apresentações do Concurso Anual de Quadrilhas.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Rio Branco
Caminhos do Fazer
30
Aracaju
Sergipe
31
Aracaju
Aracaju foi fundada em 1855 e já nasceu com o status de capital, a primeira
do Brasil a ser planejada. Hoje com cerca de 570 mil habitantes, é uma
cidade moderna. Sua ampla orla integra beleza natural a espaços de lazer
bem cuidados, com esmerado tratamento paisagístico.
Nas vizinhas Laranjeiras e São Cristóvão, porém, ambas tombadas pelo
Iphan como Patrimônio Cultural do Brasil, passamos a ter maior contato com
a história de Sergipe, que remonta ao início do Brasil colônia.
Laranjeiras registra seu início ligado ao cultivo da cana-de-açúcar,
chegou a ter 75 engenhos em funcionamento , e foi também
sede de atuante mercado de mão de obra escrava. Essas raízes são
perceptíveis nas manifestações folclóricas e religiosas do local, que
evocam o continente africano em várias nuances. Hoje abriga o Campus
de Cultura da Universidade Federal de Sergipe, com a oferta dos cursos
de arqueologia, arquitetura, museologia, teatro e dança.
A primeira capital de Sergipe e a quarta cidade do Brasil, São Cristóvão
oferece, dentre muitos outros encantos, a possibilidade de uma viagem
ao passado. Seu histórico conjunto arquitetônico é primoroso, com
destaque para a Praça São Francisco, recentemente confirmada pela
Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade.
Aracaju:
modernidade e história
São Cristóvão
Laranjeiras
Caminhos do Fazer
32
Antônio Tavares dos Santos/
Pinto Santeiro
Rua Maria de Amarante,
32 – Farolândia
Tel.: (79) 3248.6553 /
9192.3670
ARATI PE – Associação de
Artesãos e Alimentos Típicos
Av. Santos Dumont,
s/n - Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3236.1154 /
9826.2624
Ateliê de Artes Mônica
Schneider
Rua Euclides Góis, 1326 -
Térreo - Coroa do Meio
Tel.: (79) 3255.1528/
8832.3729
Briceletes do Convento
“Imaculada Conceição”
Praça São Francisco,
12 – Município de
São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.1235
Centro de Cultura de
Arte J. Inácio
Av. Santos Dumont,
s/n - Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3255.1413
Coisas Nossas,
Produtos da Terra
Av. Augusto Maynard,
92 - São José
Tel.: (79) 3213.0562
José Roberto Freitas/Beto
Pezão Artesão
Rua Carlos Menezes,
152 - 18 do Forte
Tel.: (79) 3236.1197
Arte em barro e madeira
São muitas as mãos ocupadas há gerações na transformação de matéria
da natureza em arte, em todo o estado de Sergipe. Do singelo artesanato
de barro e madeira às autorais esculturas e elaboradas obras de arte sacra,
Aracaju oferece de tudo isso um pouco.
Beto Pezão, natural de Santana de São Francisco, antiga Carrapicho e
berço de muitos manuseadores do barro, aprendeu com seu pai a arte de
moldar e modelar argila. Seu trabalho é peculiar e está exposto para além
das fronteiras nacionais. A característica marcante, que lhe rendeu o apelido,
são os pés grandes de suas representações humanas, recurso por ele
encontrado quando ainda principiante, para dar estabilidade às esculturas.
Anjos, santos e imagens da virgem brotam, em traços delicados e precisos,
de um bloco de madeira bruta, cirurgicamente esculpido por Pinto
Santeiro. Este sergipano de 51 anos explica enquanto dá acabamento a um
deslumbrante resplendor do Divino Espírito Santo: “Recebo encomendas
de muitos estados, soube que já tem trabalhos meus nos Estados Unidos
e na Europa. A gente fica feliz, né?”
Uma visita ao Centro de Cultura e Arte J. Inácio garante ao turista o
contato com o que há de mais representativo em Sergipe da arte em argila
e madeira, rendas e cestaria.
As muitas rendas de Sergipe
A técnica é originária da Itália, trazida da Europa por missionárias irlandesas.
Esse modo de transformar rebuscadamente fios de seda em
bordados minuciosos é a renda irlandesa. Executada primorosamente no
interior do estado, esta relíquia sergipana é reconhecida pelo Iphan como
Patrimônio Cultural do Brasil.
O rendedê é outra modalidade de exercer com perfeição, agora com
traços geométricos, a arte de bordar e de oferecer trabalho e renda – entendida
como fonte de receita – às mulheres sergipanas que sabem usar
agulhas e dominam os fios.
Os bordados de Sergipe, que incluem também pontos como a renda
de bilros, o labirinto e o richelieu, podem ser facilmente encontrados nos
muitos pontos de venda de artesanato da capital, como o Centro de Cultura
e Arte J. Inácio e o Mercado Municipal Albano Franco.
UNIDADES unidades produtivas
Localize os endereços
em Aracaju acessando
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33
Aracaju
População: 570.039 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 181.801 km2
Tipo Climático: Tropical
Temperatura Média: 26°C
Município de Aracaju
Como Chegar:
Aéreo: Aracaju recebe voos das
principais companhias aéreas do
Brasil, oriundos das principais
capitais estaduais.
Rodoviário: A cidade de Aracaju
é ligada pela Linha Verde, rodovia
que se inicia no estado da Bahia
e que facilita o tráfego turístico
da região Nordeste.
O retrato da caatinga
A observação de cactos da caatinga nordestina serve de inspiração e transforma
essas ásperas e espinhosas formas em reproduções de fascinante
beleza, pelas mãos hábeis de Mônica, que pintam e moldam.
Em seu charmoso ateliê, o turista poderá ver o processo de criação
desta gaúcha de Flores da Cunha, que adotou há 30 anos Aracaju como
cidade natal. Ali suas peças, que vão da pintura sobre tela e cerâmica a
mosaicos e esculturas de papel-machê, dentre outras, podem ser apreciadas
e adquiridas.
Biscoitos generosos
A centenária São Cristóvão surpreende ao brindar o turista com bem mais
do que um recuo na história do Brasil. Lá, uma visita à Congregação das
Irmãs Missionárias Lar Imaculada Conceição, na Praça de São Francisco,
é oportunidade ímpar de contato com a história de Irmã Dulce e de seus
relevantes serviços emprestados à caridade, contada pelas religiosas que
também apresentam a sua obra voltada para crianças e adolescentes em
situação de risco.
É neste sossegado ambiente que as freiras nos convidam a provar os
briceletes, biscoitos ali produzidos, com o auxílio de uma autêntica máquina
suíça. São finíssimas e saborosas folhas de massa crocante que lembram
waffles. A delicada guloseima é tradicionalmente preparada em conventos
beneditinos. Em São Cristóvão, ao comprar os briceletes, o turista estará
contribuindo para a obra da Congregação. A arte em madeira
Caminhos do Fazer
34
CULT URA
Cacumbi do Mestre Deca
Rua Oscar Ribeiro, s/n –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 3281.1346 /
9927.4989
Grupo Cultural Quadrilha
Junina Unidos em Asa Branca
Av. Adel Nunes, 1005
Conjunto Augusto Franco –
Farolândia
Tel.: (79) 3179.8905 /
9971.9862
Grupo Folclórico
Samba de Parelha
Rua Marizete, 04 – Município
de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 3281.4642 /
9947.0733
Grupo de Samba de Côco
do Povoado de Mussuca
Rua do Barão, s/n –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 8128.0911
Reisado Mirim
de São Cristóvão
Rua Baixo da Colina,
12 – Município de São
Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.4869
Samba de Côco
da Baixa da Colina
Rua U, 39 – Município
de São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 8834.1287
Taieiras de Laranjeiras
Rua Umbelina Araújo, 04 –
Município de Laranjeiras/SE
Tel.: (79) 9192.4741
Santo Antônio, São João e São Pedro
As festas juninas têm marcante presença em todo o Nordeste brasileiro.
Em Sergipe a programação no mês de junho é intensa e ininterrupta,
na capital e no interior. Quadrilhas, bandas de pífaros e bacamarteiros
apresentam-se iluminados por fogos de artifício. O forró pé de serra
é dançado em todos os cantos, interpretado por muitas vozes e sanfonas.
Aracaju transforma-se num grande e colorido palco, espetáculo imperdível
para o turista, que também se deliciará com os variados pratos,
à base de milho, típicos destas comemorações.
Os folguedos de Laranjeiras
São extremamente significativas as manifestações culturais em todo o
estado de Sergipe. Somente em Laranjeiras, conhecida como a Capital
da Cultura Popular, há registro de pelo menos 12 folguedos, os grupos
folclóricos que contam a história do quotidiano e das crenças das comunidades
locais, revelando a forte presença da ascendência africana. São
os Reisados, o Samba de Coco e de Parelha, as Taieiras, o Cacumbi, para
enumerar somente alguns. Os grupos saem em cortejo nas datas festivas,
mas podem ser vistos a qualquer tempo, se agendadas as apresentações.
manifestações e grup os culturais
Castanhas, doces e licores
A casa tem ares de delicatessem, mas começou com um simples e despretensioso
boxe no Mercado Central, assim nos informa o neto da comerciante
de queijos e manteiga precursora do negócio. Hoje administrador de
um bem-sucedido empreendimento, Márcio acompanha-nos pela loja de
muitas e bem arrumadas prateleiras que expõem biscoitos de qualidades
diversas, castanhas ao natural ou saborizadas, doces e licores à base de
ingredientes regionais.
A visita à linha de produção é uma atração à parte e pode ser feita se
agendada. Ao final o turista poderá degustar algumas das delícias da casa,
acompanhadas de um bom café expresso, confortavelmente acomodado
numa área reservada a lanches que é mais um requinte do lugar.
Localize os endereços
em Aracaju acessando
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35
Aracaju
Internet
Website:
www.turismosergipe.net
Informações Turísticas
Emsetur - Empresa Sergipana
de Turismo
Travessa Baltazar Goés,
86 - Centro
Tel.: (79) 3179.7555
Fax: (91) 3223.6198
Do rio e do mangue
A típica comida nordestina é encontrada nos muitos restaurantes de Aracaju,
da carne de sol com macaxeira à peixada, passando pelos frutos do mar.
Mas são os pitus, os camarões gigantes de água doce, e os caranguejos de
várias famílias os genuínos representantes da culinária sergipana.
Eliane, carioca, mas filha de pai sergipano, orgulha-se de ter criado a
receita que é o carro-chefe de seu simpático restaurante: o pitu com pirão.
“O pitu só dá em rio que tem pedra, e só quando chove de trovoada e vem
aquela enxurrada ... Época de seca não dá, não. E também andam pegando
os pitus muito pequenos, estão quase em extinção”, informa Eliane,
justificando a razão de hoje oferecer o pirão também com camarão e com
robalo. A caldeirada sergipana, que junta pitu, camarão, aratu e siri - primos
do caranguejo -, ostras, robalo e sururu, é também presença garantida
na mesa dos visitantes, que antes saboreiam a casquinha de aratu, para
encerrar o banquete com doces caseiros de frutas regionais como a jaca,
a mangaba e o caju.
O caranguejo, a outra estrela da mesa sergipana, é uma iguaria tão
apreciada que ganhou para si uma avenida inteira. A Passarela do Caranguejo,
na orla de Atalaia, é um corredor de bares e restaurantes que
servem diariamente o caranguejo toc-toc, além de receitas sob a forma
de moquecas, tortas, dentre outras. O ponto é movimentado, funciona da
manhã à noite e muitas casas oferecem música ao vivo.
CULIN Ária tÍpica local
Caminhos do Fazer
36
culinária
Restaurante e Casa
de Forró Cariri
Av. Santos Dumont, s/n
Passarela do Caranguejo -
Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3243.1379 /
3243.5370
Restaurante Pitu com
Pirão da Eliane
Av. Santos Dumont, 957 –
Orla de Atalaia
Tel.: (79) 3243.4747
Casa da Queijada
Praça Getúlio Vargas, 36 –
Município de
São Cristóvão/SE
Tel.: (79) 3261.1376
“Nesta decoração tentei reproduzir o cangaço, o sertão... A minha casa
é única no Nordeste porque quem está no restaurante não percebe o que
acontece lá dentro, quem está no forró não perturba quem veio só para
jantar”, explica Hamilton, proprietário de um amplo restaurante agregado
a uma bem-montada casa de shows com pista de dança. “Na temporada
atendo pra lá de mil pessoas por dia, das 10h da manhã até o último
cliente”, estima Hamilton, com indisfarçável satisfação.
As queijadinhas de São Cristóvão
“Quem vai a São Cristóvão e não prova a queijadinha não esteve em São
Cristóvão”, lembra o dito popular, levado a sério pelos visitantes, que
provam e compram para levar este delicioso quitute oferecido em muitas
portas da aconchegante cidadezinha.
A receita veio com os primeiros colonizadores portugueses. As sinhás
transmitiram o modo de fazer às escravas que, após a abolição, na falta
de emprego, passaram a fazer as queijadinhas para vender, com farinha
de mandioca em vez de farinha do reino e coco ralado em vez de queijo.
“Muitas famílias viveram e vivem até hoje da queijadinha” relata Dona Marieta,
que não sabe precisar há quantas gerações esse ofício a acompanha.
Atualmente faz 250 queijadinhas por dia e, em ocasiões festivas, a produção
pode chegar a 2 mil unidades. Dona Marieta vende os seus produtos, que
incluem outros tipos de biscoitos, numa pequena lanchonete, na frente de
sua casa, e informa que as queijadinhas podem seguir viagem sem susto,
pois duram até 30 dias da data de fabricação.
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em Aracaju acessando
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37
Aracaju
Agende uma apresentação de um dos grupos de teatro de Aracaju. Um dos mais tradicionais, o Imbuaça,
fundado em 1977, possui sede estruturada e faz apresentações de peças que versam sobre
o folclore de Sergipe.
O Parque da Cidade é um belo espaço com grande área arborizada, minizoológico e bares. Às sextasfeiras
e aos domingos, há apresentações de chorinho em uma das casas.
Dezenas de Grupos de Quadrilha de todo o estado invadem a cidade no mês de junho para o tradicional
e animado Concurso do “Arranca-Unha”, evento que acontece desde 1986 no belo anfiteatro
do Centro de Criatividade. Não deixe de proporcionar ao turista esta experiência.
Se seu roteiro para o turista acontecer no mês de janeiro, inclua o Encontro Cultural de Laranjeiras,
evento em que há a apresentação de todos os grupos folclóricos da cidade. Já no mês de outubro, no
mesmo município, será a única chance de o turista presenciar a manifestação folclórica do Lambesujo
e Caboclinho, uma encenação de batalha entre os negros fugidos e os índios contratados pelos
senhores locais para capturá-los.
Encontre fornecedores em Aracaju/SE acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Aracaju
Caminhos do Fazer
38
Bezerros: do Papangu
e muito mais
Bezerros
Pernambuco
Centro de Artesanato PE
BR-232 km 107 – Av. Major
Aprígio da Fonseca,1100
Tel.: (81) 3728.6650 /
3728.6651 / 3728.6648 /
8605.0880
J. Borges Xilogravura e Cordel
Av. Major Aprígio
da Fonseca, 420
Tel.: (81) 3728.0364 /
8839.0373
JN Artesanato
Rua Dr. Antônio Sales, 447 –
Santo Antônio
Tel.: (81) 9668.3106 /
3728.0080
Josy e Cláudio Artesanato
Rua Princesa Isabel, 163
Tel.: (81) 9175.6638 /
9136.8150
UNIDADES
Localize os endereços
em Bezerros acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
O bom humor e a arte parecem ser vocações naturais de Bezerros, localizada
no agreste pernambucano, a 100 km de Recife. A xilogravura,
o trabalho em barro e a produção de doces e quitutes são atrações que
encantam todas as épocas do ano em que visitarmos Bezerros. Mas é no
carnaval que a cidade se transforma, com a chegada de 500 mil turistas
em busca da Folia de Papangu, o tradicional Carnaval dos Mascarados,
que teve seu início em 1909.
Conta a lenda que “Papangu que se preza tem que ter o rosto coberto,
tem que estar disfarçado”. Foi assim que se iniciou uma curiosa e hoje
vigorosa produção de máscaras artesanais. Originalmente para esconder
os brincantes, esses adereços em papel-machê e colê transformaram-se
em objetos de decoração apreciadíssimos, gerando renda para algumas
dezenas de bezerrenses.
39
Bezerros
unidades produtivas
A expressão do Agreste
A literatura de cordel ilustrada pela xilogravura, uma das mais expressivas
manifestações da cultura nordestina, tem no agreste pernambucano importante
celeiro de talentos.
É com muita simplicidade que J. Borges, artista sexagenário de renome
internacional, sem levantar a vista da talha na qual trabalha, nos conta:
“Aprendi sozinho, pela necessidade mesmo, com nosso professor eterno
que é o mundo. Um dia Ariano Suassuna viu. Ficou maravilhado. Depois
disso não parou de chegar gente aqui, e eu não parei de viajar... ”. O seu
amplo ateliê é aprazível. Além da oficina, onde é possível vê-lo trabalhar,
uma loja na frente expõe enorme diversidade de suas obras, que vão das
xilogravuras originais às reproduções em cerâmica, azulejo, canecas, camisetas,
chaveiros, dentre outros.
As máscaras de Bezerros
“Não existe Bezerros sem Papangu, e não existe Papangu sem máscara”,
assim Seu Lula Vassoureiro, o Mestre das Máscaras Gigantes, explica a
origem desse artesanato em Bezerros, enquanto mostra satisfeito o seu
ateliê, onde expõe da minúscula máscara que pode ser um ímã de geladeira
ou um chaveiro, aos surpreendentes bonecos medindo até 5 metros de
altura. A receita é simples, ele não esconde: “jornal, grude de goma, tinta,
paciência, criatividade e muito amor”.
São muitos artesãos que hoje em Bezerros produzem máscaras de
diferentes estilos. Uma visita a seus ateliês, para vê-los trabalhar e para adquirir
seus produtos será sem dúvida uma deliciosa e colorida experiência.
O barro dá frutos
Maçãs, uvas, peras e bananas são moldadas à mão em barro preto para,
depois de secas, receberem cores fortes e vivas de tinta. Esse é o ofício
da família Neri, iniciado aos 10 anos de idade pelo patriarca, hoje já falecido.
Andréa, que sucedeu o pai no comando do negócio, explica: “ Agora
tem muitos fazendo, ele começou, mas virou tradição de Bezerros. Vem
muita gente do Recife, de Caruaru e até de São Paulo, e compram bem...”
Os frutos de barro, de grande efeito decorativo, são vendidos no ateliê,
onde o turista poderá também conhecer a linha de produção.
População: 58.354 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 493 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 23°C
Município de Bezerros
Como Chegar:
Rodoviário:
A 107 km de distância da capital,
Recife, o melhor acesso é pela
rodovia BR-232.
Internet
Website:
www.bezerros.pe.gov.br
E-mail:
turismobezerros@hotmail.com
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo
de Bezerros
Rua da Matriz, s/n
Tel.: (81) 3728.6706
Caminhos do Fazer
40
Tem papangu na escola
A tradição do Papangu de Bezerros é tão forte que extrapola o carnaval
e atinge as mais tenras gerações. O Folcpopular é prova disso, como nos
relata Mileide, a entusiasmada professora de dança idealizadora do projeto
que reúne cerca de 90 crianças e adolescentes: “O grupo foi fundado em
2001 com o propósito de resgatar e valorizar a nossa cultura, principalmente
as manifestações populares, em especial a tradição do Papangu, o nosso
carro-chefe”.
Coco, xaxado, ciranda, quadrilha e baião são os outros gêneros do espetáculo,
que já chegou até ao festival de dança em Blumenau, no ano de 2009.
O grupo faz apresentações itinerantes em outros municípios e é possível
assistir a elas em eventos fechados mediante agendamento.
Bolos e companhia
Os bolos, biscoitos e bolachas produzidos em Bezerros são importantes itens
da culinária local, apreciados por moradores e visitantes.
José Paulino, proprietário de um dos muitos estabelecimentos que produzem
e comercializam estes produtos, conta-nos a história do Bolo Barra
Branca: “Foi há mais de 60 anos, foram fazer o bolo e erraram o ponto, aí
ficou aquela barra branca...”. A temperatura e a proporção dos ingredientes
são fundamentais, mas é a qualidade da mandioca que faz a diferença,
“depende do solo, só a mandioca de Bezerros dá esse ponto”, explica José
Paulino, que hoje estima vender 30 mil quilos de bolo por mês, abastecendo,
além de Bezerros, todo o estado de Pernambuco, vendendo ainda para
Alagoas, Paraíba e São Paulo.
Sabor do açude
Peixes de água doce, oriundos dos açudes da região, ganham sofisticação
quando preparados em receitas elaboradas e apresentados com o requinte
da cozinha contemporânea.
Na Serra Negra, a 8 km do Centro de Bezerros, instalado numa charmosa
pousada, um restaurante aberto ao público surpreende com a tilápia
acompanhada de purê de inhame e castanha de caju, servida em pratos de
porcelana inglesa, herança de família de Cristina, chef e proprietária da casa.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Lula Vassoureiro
Rua Otávia Bezerra Vila Nova,
64 – Santo Amaro
Tel (81) 9102.0665
Porão Azul – ASA –
Associação Sivonaldo Araújo
Rua João Bernardo da Silva,
03 A – Centro
Tel.: (81) 8896.3136 /
9739.8086
Localize os endereços
em Bezerros acessando
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culinária
Laís Bolos
Rua Deoclécio Leão,
105 – São Sebastião
Tel.: (81) 3728.1448 /
9981.4646 / 9707.1867
Restaurante Ayatama
Estrada de Serra Negra, s/n
Tel.: (81) 3708.3079 /
9971.4340
Folcpopular
Sede no Centro de Atenção
Integral à Criança e ao
Adolescente
Tel.: (81) 3728.6704 /
9294.6994
CULT URA
41
Bezerros
As máscaras de papel-machê e colê merecem um programa especial na visita a Bezerros. Reserve um
período para conhecer os diversos ateliês e proporcione ao turista a possibilidade de ver os artesãos
em ação.
Não deixe de incluir visita ao Porão Azul, que expõe o acervo de obras em papel-machê de Sivonaldo
Araújo, importante artista de Bezerros, falecido recentemente.
Inclua também os ateliês de xilogravura onde poderão ser adquiridas obras originais e interessantes
reproduções em azulejos, camisetas e peças utilitárias.
Não deixe de apresentar ao turista os bolos e biscoitos de Bezerros, dentre eles o inédito e exclusivo
Bolo Barra Branca, confeccionado com farinha de mandioca.
Programe uma visita ao Centro de Artesanato de Pernambuco, que reúne, além de peças do artesanato
bezerrense, obras de artesãos de todo o estado.
Para um encontro com a natureza local, reserve um período para visita à Serra Negra, a 8 km do Centro
de Bezerros. O local abriga um Parque Ecológico com mirantes e várias grutas naturais, sendo um dos
principais pontos de Pernambuco para a prática de voo livre.
Encontre fornecedores em Bezerros/PE acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Bezerros
Caminhos do Fazer
42
Caicó: produção,
devoção e cultura
Caicó
Rio Grande do Norte
Cachaçaria Samanaú
Av. Seridó, 400 – Centro
Tel.: (84) 3417.4350 /
9601.9187
Complexo de Artesanato
Maria Vale Monteiro
Rua Otávio Lamartine, 603-B
Tel.: (88) 3417.5382 /
9972.3362
Produtos Caicó
Rua Nilo Peçanha, 131
Tel.: (84) 3417.2480 /
9948.3409 / 8821.1835
Queijaria Dona Gertrudes
Rua Olegário Vale, 415
Tel.: (84) 9952.9556 /
9921.4002
Sant’ana Redes
Rua Otávio Lamartine, 603–A
Sala 110 – Centro
Tel.: (88) 3421.3408 /
9979.5710
UNIDADES
Localize os endereços
em Caicó acessando
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Caicó tem sua origem na atividade pecuária, quando a ocupação do litoral
com a cultura da cana-de-açúcar levou o gado para o sertão, à procura
de pasto. Sob as bênçãos de Sant’Ana, a padroeira, a interiorização do Rio
Grande do Norte na região do Seridó, da qual Caicó é a mais importante
representante, impulsionou importantes cadeias produtivas.
A necessidade de conservação da carne que seria transportada fez
nascer a carne de sol. Os queijos e outros derivados deram destino
à grande produção de leite. Bordados ocuparam as mãos das mulheres
de além-mar que transmitiram sua arte.
43
Caicó
unidades produtivas
Bordados em muitos pontos
“O bordado chegou ao Seridó com as mulheres dos colonizadores. Elas
bordavam para espantar a saudade”, é o que relata Dona Arlete, exímia bordadeira
e administradora do Complexo de Artesanato Maria Vale Monteiro,
que reúne 452 associados produzindo peças de cama, mesa e banho, redes,
enxovais para recém-nascidos, além de alguns itens de vestuário feminino.
O famoso Bordado de Caicó não é um ponto específico: “São vários,
principalmente o Richelieu, muitas vezes vários pontos na mesma peça”,
como explica Dona Arlete, acrescentando que o diferencial é a forma de
bordar que resulta num avesso perfeito.
A visita ao Complexo é obrigatória para o turista. Ali encontramos diversos
boxes onde se comercializam os produtos e é possível ver os profissionais
trabalhando.
Queijos e biscoitos
São muitos os produtores de queijo de coalho e de queijo-manteiga em
Caicó. Também oferecem manteiga de garrafa, nata fresca e ricota. Dona
Gertrudes, uma simpática sexagenária, conta-nos: “Tive que criar a família
sozinha, então fui fazer um queijinho”. Hoje o negócio ocupa os seus
3 filhos, além de nove funcionários, e produz diariamente cerca de 250
quilos de cada tipo de queijo.
Na frente da queijaria, que é possível visitar mediante agendamento,
há um mercadinho onde os produtos podem ser adquiridos e, com sorte,
experimenta-se uma especialidade: o queijo de raspa. “A gente raspa o
fundo do tacho e essa raspinha mistura no queijo-manteiga. É de quem
chegar primeiro” esclarece Dona Gertrudes.
Biscoitos doces e salgados são o ganha-pão de Dona Dalva, que tem uma
história muito parecida com a de sua amiga Dona Gertrudes. Ela também
criou a família com a sua habilidade e tem hoje a seu lado filhos e netos.
Na confortável lojinha, o turista poderá provar a variedade de quitutes,
que já ganharam o sul do país, e comprar os biscoitos impecavelmente
embalados para enfrentar a viagem.
A cachaça do sertão
A terra era pasto, mas em 1994 a construção da barragem Passagem das
Traíras perenizou o rio Seridó. Este evento, aliado à incidência solar e às
diferenças de temperatura diurnas e noturnas da região, fizeram surgir
a ideia do cultivo da cana, e, a partir dela, a decisão de produzir cachaça.
No Centro de Caicó, uma charmosa loja oferece degustação e comercializa
a cachaça em embalagens de extremo bom gosto. Agendando
a visita, é possível conhecer o alambique que produz para todo o Brasil
e alguns países do exterior.
População: 63.006 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 1.229 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 27,5°C
Município de Caicó
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de Natal, tomar
a BR-457 para o interior do
estado. Caicó está a 275 Km da
capital do Rio Grande do Norte.
Internet
Website:
www.prefeituradecaico.com.br
Informações Turísticas
Secretaria
de Turismo de Caicó
Av. Coronel Martiniano,
993 - Centro
Tel.: (84) 9953.0566
Sofisticada cachaça do sertão.
Caminhos do Fazer
44
A cultura do Seridó
O Museu do Seridó é um órgão suplementar da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte e está instalado num prédio que data de 1812, no qual
funcionava o Senado da Câmara local.
“O museu conserva muito a cara da região e disponibiliza uma linguagem
mais simples para aquilo que é científico”, explica o professor Lourival, historiador
responsável, enquanto nos mostra o acervo organizado por módulos
temáticos que narram a história do seridoense.
Para conhecer ainda mais da cultura e da história do Seridó, uma visita
à Casa de Cultura Popular é indispensável. Também instalada num prédio
centenário, é ligada à Secretaria de Educação e Cultura e desenvolve
importantes projetos. Diariamente funcionam oficinas de teatro, canto e
artes plásticas para crianças, adolescentes e adultos. Ali é possível, ainda,
visitar a Galeria dos Imortais Caicoenses, uma exposição permanente de
brinquedos populares e um pequeno museu de utensílios e móveis montado
na antiga senzala.
Carne de sol em muitas versões
A carne de sol, que deveria ser chamada carne de sal pois é salgada e não é
curada ao sol , é o item mais típico da culinária de Caicó. Encontrada em todas
as casas de pasto da cidade, vem invariavelmente acompanhada da macaxeira.
Sandro e Rosilene, chefs autodidatas, são proprietários de um restaurante
que oferece, ao almoço, variado buffet no qual a carne de sol reina de
maneira absoluta. À noite, o casal recebe, mediante agendamento, grupos
fechados para a degustação de um menu composto por verdadeiras iguarias,
na forma de sofisticadas receitas que revisitam os ingredientes do sertão.
A carne de sol, dentre outros pratos da típica comida sertaneja, pode ser
apreciada aos fins de semana e feriados, num antigo sítio a 6 km do centro
de Caicó. Originalmente construído para retiros religiosos, mantém intacta a
decoração de época e é possível visitar as instalações, enquanto as crianças
se divertem no playground.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços
em Caicó acessando
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culinária
Eremitério São Sabas
Sítio Piató
Tel.: (84) 8723.1320 /
3417.1320
Restaurante Brilhante
Tel.: (84) 3417.3866 /
8838.2299
Casa de Cultura Popular
Rua Padre Antônio Maria, 134
Tel.: (84) 8723.1384 /
8832.7062 / (84) 3417.1384
Museu do Seridó
Rua Amaro Cavalcante, 123
Tel.: (84) 3421.7842 /
9635.9644
CULT URA
45
Caicó
Programe uma visita ao Complexo de Artesanato Maria Vale Monteiro, para apresentar ao turista
a perfeição dos muitos pontos utilizados no Bordado de Caicó. Nas lojas ali localizadas é possível
adquirir os produtos e assistir ao trabalho das bordadeiras.
Caicó é famosa pela produção de queijos, principalmente o queijo-manteiga e queijo de coalho. Nas
diversas queijarias da cidade, sempre com um mercadinho na frente, o turista pode degustar e comprar
os produtos. Outro sabor local que não se deve perder é o dos biscoitos.
Dedique um período para o Museu do Seridó, que busca remontar os costumes da região do Seridó
a partir de objetos, artesanato, obras de arte e maquinários doados pelas famílias seridoenses.
A Casa de Cultura Popular é outro importante espaço cultural de Caicó. Lá é possível ter uma aula de
pintura com os mestres, que dedicam seu tempo a ensinar pessoas de todas as idades.
Programe uma visita à Ilha de Sant’Ana, um complexo turístico construído sobre uma ilha fluvial do rio
Seridó, que reúne diversos bares e lanchonetes, boxes de artesanato, além de playgrounds, anfiteatro
e quadras esportivas.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Caicó
Caminhos do Fazer
46
Pelos caminhos da fé
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
Ceará
Associação dos Artesãos Mãe
das Dores do Padre Cícero
Rua Padre Cícero, 210 –
Centro – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3512.2829
Alamoca – Ass. de
Lapidários, Artesãos Minerais
e Ourives da Região do Cariri
Av. Carlos Cruz, 1375 –
Franciscanos –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 8813.9027 /
9942.8811
Centro de Cultura Popular
Mestre Noza
Rua São Luiz, 95 – Antigo
Quartel – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3511.3133 /
9926.9357
Galeria de Artes Santa Helena
Rua Santa Rosa, 127 –
Socorro – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3511.0801 /
9965.0571
UNIDADES
Localize os endereços em Juazeiro
do Norte e Nova Olinda acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
A região do Cariri, situada no sul do Ceará, teve seu desenvolvimento
impulsionado pelo afluxo de peregrinos, devotos de Padre Cícero. Juazeiro
do Norte é hoje o mais importante município da região, com pungente
comércio e forte atividade industrial. A vizinha Nova Olinda guarda
informações de grande interesse que datam da pré-história. As cinco
grandes romarias que ocorrem ao longo do ano recebem cerca de 2 milhões
de pessoas e estimulam importante Produção Associada ao Turismo.
47
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
unidades produtivas
A arte pela devoção
Incentivados por Padre Cícero, os muitos peregrinos que se radicaram no
pequeno arraial que deu origem a Juazeiro começaram a produzir inicialmente
utensílios para o seu cotidiano. O contato com matérias-primas,
como o barro e a madeira, revelou vocações, e assim passaram à escultura,
especialmente de motivos religiosos. Imagens sacras de todos os tamanhos
podem ser encontradas, do simples souvenir de gesso a grandes esculturas
finamente executadas com argila e fibra de vidro.
O Centro de Cultura Popular Mestre Noza é local de parada para o turista,
que poderá, além de conhecer uma diversificada gama de produtos, assistir
ao trabalho dos artesãos que ali se reúnem.
De palha e de pedra
Cestaria e objetos de decoração de palha são encontrados em várias versões
por todo o Cariri. É obrigatória uma visita à Associação dos Artesãos Mãe
das Dores do Padre Cícero em Juazeiro, onde Dona Tecla, a mais antiga
artesã, demonstra a sua destreza na arte de trançar.
Uma interessante parceria entre lapidadores e ourives, promovida pela
Associação dos Lapidários, Artesãos Minerais e Ourives, uniu em Juazeiro
a já tradicional ourivesaria à lapidação de pedras, resultando na produção
de belíssimas joias. Na sede da Associação é possível assistir à lapidação
de cristais, ametistas e turmalinas. Em Nova Olinda é a pedra-cariri que dá
vida a porta-retratos, gamelas e bandejas, dentre outros pequenos enfeites.
Tudo em couro
“Quem tem sangue de vaqueiro vai ser vaqueiro, quem tem sangue de
seleiro vai ser seleiro...”, é assim que Seu Espedito Seleiro nos conta a
história de seu ofício com o couro, que já ultrapassa gerações. Selas, gibões
e chapéus, além de calçados e bolsas, são os produtos que podemos vê-lo
fazer e que atualmente têm admiradores por todo o Brasil e no exterior.
Cordel e xilogravuras
A Universidade do Cariri abriga desde 1988 A Lira Nordestina, um verdadeiro
museu da xilogravura e do cordel, onde é possível conhecer maquinário
antigo e ver o trabalho dos xilogravadores. Além dos quadros originais,
disponibilizam produtos com reproduções das xilogravuras, tais como azulejos,
canecas, camisetas e sandálias de borracha.
População: 249.829 | 13.659
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 249 | 284 km2
Tipo Climático: Semi-árido
Temperatura Média: 26°C
Município de Juazeiro
do Norte | Nova Olinda
Como Chegar:
Aéreo:
Existem voos diários para
Juazeiro do Norte.
Rodoviário:
Juazeiro do Norte: Partindo
de Fortaleza, BR-116 e BR-122.
Nova Olinda: Acesso via Juazeiro
do Norte a 53 km.
Internet
Juazeiro do Norte:
Website:
www.juazeiro.ce.gov.br
E-mail:
setur@juazeiro.ce.gov.br
Nova Olinda:
Website:
www.novaolinda.ce.gov.br
E-mail:
pmnosecult@hotmail.com
Informações Turísticas
Juazeiro do Norte:
Secretaria de Turismo e Romaria
de Juazeiro do Norte
Avenida Leandro Bezerra, s/n -
Memorial Padre Cícero
Telefone: (88) 3511.4040
Nova Olinda:
Secretaria de Turismo
de Nova Olinda
Av. Perimetral Sul, s/n - Centro
Tel.: (88) 3546.1700
Os meninos de Nova Olinda
“Tudo começou com o Memorial do Homem do Kariri, aqui mesmo, onde era
a Casa Grande da fazenda da minha família”, é o que nos conta Alembergue
Quindins, fundador do museu que hoje reúne um importante acervo de
referência do homem pré-histórico na Chapada do Araripe.
manifestações e grup os culturais
Caminhos do Fazer
48
Os sabores do Cariri
Baião de dois, carne de sol com macaxeira, paçoca, galinha-caipira, buchada
são alguns dos muitos pratos típicos do sertão nordestino que no Cariri recebem
a companhia da pequizada e do arroz com pequi. Do descontraído self
service temático ao restaurante à la carte, há opções para todos os gostos e
bolsos na hora de se deleitar com a mesa nordestina de Juazeiro e de Nova
Olinda, que também oferece peixes de água doce criados nos açudes locais.
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços em Juazeiro
do Norte e Nova Olinda acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
culinária
Restaurante Coisas do Sertão
Av. Padre Cícero, 3020 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.7676
Restô Jardim
Av. Leão Sampaio, 5460 –
Lagoa Seca –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.7768 /
8833.5327
Vivenda do Peixe
Sítio Jurema – Nova Olinda
Tel.: (88) 9601.4408 /
9632.5169
Genipoart – Ass. de Artesãos
do Grupo de Palha
Rua São Benedito, 2155 –
Pirajá – Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3572.1330 /
9988.5097
Lira Nordestina
Ponto de Cultura
Rua Castelo Branco, 150 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3102.1150 /
9201.1143
Escola Atelier Espedito Seleiro
Rua Monsenhor Tavares, 190
– Centro – Nova Olinda
Tel.: (88) 3546.1432 /
9927.0402
Cooperativa de Artistas
Populares Filhos da Terra do
Padre Cícero
Rua Jaime Dócil, 488 –
Juazeiro do Norte
Tel.: (88) 3571.2048 /
8808.4480 / 9217.3854
Fundação Casa Grande –
Memorial do Homem Kariri
Av. Geremias Pereira, 444 –
Centro – Nova Olinda
Tel.: (88) 3546.1333 /
3521.8133 / 9966.1874
CULT URA
O museu e a chegada de visitantes despertaram a curiosidade das crianças
de Nova Olinda. Alembergue viu-se repentinamente rodeado de pequenos
e tomou a decisão de ocupá-los. A Fundação Casa Grande hoje reúne cerca
de 70 crianças e adolescentes que, através de programas de formação
educacional, desenvolvem atividades de complementação escolar.
São laboratórios de música, cineclube, gibiteca, biblioteca e uma rádio
comandada pelos jovens, além do Teatro Violeta Arraes, que oferece uma
programação regular de apresentações dos grupos de percussão e dança formados
pela meninada. Em 2009, a Fundação Casa Grande sediou o Encontro
das Comunidades de Língua Portuguesa, encantando a todos pela variada e
consistente produção cultural.
Folia de Reis em Juazeiro
No primeiro dia do ano e no dia de Reis, as ruas de Juazeiro são tomadas
pelos artistas populares que saem em cortejo. São os reisados e os bacamarteiros.
“Tem de tudo, tem menino, tem velho, tem grupo só de mulher”
explica Auxiliadora, presidente da Cooperativa de Artistas Populares Filhos
da Terra do Padre Cícero, que reúne diversos grupos com o que há de mais
representativo no folclore do Cariri. As apresentações podem ser vistas em
qualquer época se devidamente agendadas.
49
Juazeiro do Norte | Nova Olinda
A visita ao Centro de Artesanato Mestre Noza, no Centro de Juazeiro é indispensável. Lá o turista
encontrará grande variedade do artesanato local e poderá ver os artesãos produzindo.
Informe-se com antecedência da programação e ofereça ao turista a oportunidade de assistir a
apresentações de Reisados, Bacamarte, Dança de Côco, Banda Cabaçal, dentre outras.
Inclua visita à Lira Nordestina, que abriga importante acervo do cordel e da xilogravura.
Programe visita ao Memorial Padre Cícero em Juazeiro, onde pode ser conhecida a sua história e visto
o acervo de seus objetos pessoais.
É obrigatória a visita do turista à estátua de Padre Cícero na Serra do Horto, a terceira do mundo em
altura, medindo 33 metros.
Em Nova Olinda, na Fundação Casa Grande, a visita ao Memorial Homem do Kariri será guiada pelas
crianças participantes do projeto, que também darão conhecimento aos turistas da importante produção
cultural ali desenvolvida.
Ver trabalhar o Mestre Espedito Seleiro e conhecer suas belíssimas peças de couro é também uma
experiência que o turista não deve perder em Nova Olinda.
Encontre fornecedores em Juazeiro do Norte/CE e Nova Olinda/CE acessando:
www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Juazeiro
do Norte e Nova Olinda
Caminhos do Fazer
50
Mata de São João:
do castelo e das praias
Mata de São João
Bahia
Associação Arte Forte
(Associação dos Artesãos da
Praia do Forte)
Rua Alameda da Lua, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 9913.7804
Associação de Artesanato da
Vila Sauípe – AAVS
Rua São João, s/n – Mata de
São João – BA
Tel.: (71) 3629.1028 /
8161.9936
AADAS – Associação dos
Artesãos de Diogo, Areal e
Santo Antônio
Rua do Diogo, S/n –
Localidade de Diogo
Tel.: (71) 9938.1421 /
8227.8570
APAS – Associação Produtora
dos Artesãos de Vila Sauípe,
Estiva, Canoas e Água
Comprida.
Rua Guabiroba, s/n –
Vila Sauípe
Tel.: (71) 3677.1237 /
9632.8253
UNIDADES
Localize os endereços
em Mata de São João acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
Data de 1551 a origem de Mata de São João com a construção do Castelo
Garcia D’Ávila, um forte estrategicamente localizado com o objetivo de
vigiar à época a costa baiana.
A 56 km da capital, Salvador, hoje o município, que oferece a combinação
de paisagens de deslumbrante beleza com significativo patrimônio
arquitetônico e fortíssimas manifestações culturais, é importante destino
de viajantes oriundos do Brasil e do exterior. Inserida na região turística
Costa do Coqueiros, no litoral norte da Bahia, Mata de São João conta com
excelente estrutura hoteleira, variada oferta de restaurantes e bares, além
de rico artesanato e de outros itens da Produção Associada ao Turismo.
51
Mata de São João
unidades produtivas
Fibras e telas
A arte de trançar a palha da palmeira piaçaba é herança dos índios tupinambás
e hoje ocupa dezenas de mulheres em todo o município de Mata de São
João. Reunidas em várias associações, as artesãs revezam-se em quiosques
na Praça da Alegria da Praia do Forte. Ali o turista tem a oportunidade de
constatar o que a habilidade de mãos como as de Dona Noêmia é capaz
de criar: são bolsas, chapéus, souplats, dentre outros muitos objetos. “Eu
aprendi com a minha mãe, que aprendeu com a mãe dela. Nosso trançado
tem um segredinho... Mas esse eu não posso contar!”, confidencia Dona
Noêmia, deixando escapar um maroto sorriso.
A ida a ateliês de pintura para ver artistas em ação é programa obrigatório
para o visitante que não resistirá a levar como lembrança uma tela
com coloridos motivos do quotidiano nordestino. Jorge dos Santos Silva,
carioca, é um dos artistas que adotaram a Praia do Forte como endereço e
inspiração. Ele retrata com traços peculiares, em acrílico sobre tela, a cena
sertaneja do cangaço e a alegria colorida das festas juninas.
Todos os ritmos da Bahia
A ascendência africana da população nascida em Mata de São João é
fortíssima e pode ser constatada nos muitos grupos folclóricos, que vão da
Capoeira ao Samba de Roda, passando pelas Danças dos Orixás, Puxada de
Rede, Maculelê e Dança de Jongo. Ró, uma simpática e despachada nativa
da Praia do Forte, é responsável por vários grupos folclóricos e explica a
importância da conservação dessas raízes culturais: “Acredito que a cultura
faz a diferença. É formadora de cidadão. Quem respeita sua história e seu
passado, não vai pra rua, não vai pras drogas”.
Mulheres de todas as idades formam o grupo Taboaras, e saem em
cortejo há 54 anos, na segunda-feira de carnaval. Dona Edite, a mais idosa
taboara em atividade, explica que o grupo tem músicas próprias, e entoa
exemplificando: “Minha gente, venha ver as tabaroa a vadiá, viemo hoje
aqui pro mode apresentá”.
manifestações e grup os culturais
População: 39.585 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 670 km2
Tipo Climático: Quente Úmido
Temperatura Média: 28°C
Município de Mata
de São João
Como Chegar:
Aéreo:
O acesso aéreo mais próximo
é pelo Aeroporto Internacional
Deputado Luís Eduardo
Magalhães. A partir deste, tomar
a Estrada do Coco, pela BA-099.
O município está a cerca de 50
km do aeroporto internacional.
Rodoviário:
A partir de Salvador, tomar a
Estrada do Coco, pela BA-099.
O município dista cerca de 56 km
da capital baiana.
Internet
Website:
matadesaojoao.ba.gov.br
E-mail:
contato@matadesaojoao.ba.gov.br
Horário de atendimento:
das 8h às 18h, todos os dias,
inclusive em feriados.
Informações Turísticas
Secretaria Municipal de Turismo
de Mata de São João
Rua Antônio Luís Garcez,
s/n, Centro
Tel.: (71) 3635.1310
Caminhos do Fazer
52
Moquecas e bolinhos
São muitos os restaurantes na Praia do Forte onde se pode provar a mais típica
comida baiana. Moquecas de frutos do mar, com leite de coco e azeite-dedendê,
reinam de forma absoluta, em receitas singulares, que acrescentam
queijo cremoso ou aipim ao tradicional preparo. “Minha avó fazia moqueca de
pitu. Dia de domingo, era muita gente e ela botava aipim dentro, para render
mais. Um dia eu fiz aqui com camarão, um cliente me viu comer, achou bonito,
pediu pra provar e disse: este prato tem que estar no cardápio”, relata Lu,
proprietária de um restaurante que há 4 anos serve a moqueca com aipim.
Os bolinhos de peixe da Praia do Forte são famosos e uma atração à parte,
pedido obrigatório em todas as mesas de todos os restaurantes, conforme
nos conta Seu Zequinha, marceneiro de origem e hoje comandante de um
agradável restaurante: “Todo o mundo pede, não tem quem não prove do
bolinho, é nossa tradição daqui da Praia do Forte”.
Mingau e tapioca
A partir das 5h30 da manhã o mingau de milho está pronto para ser servido.
“Muita gente gosta, tenho clientes certos e famosos. A Ivete Sangalo adora...”,
informa Dona Bibi, enquanto mexe o panelão de mingau e acrescenta:
“Aqui ainda vai alho, cravo, canela, açúcar e sal”.
À tardinha é a vez das tapiocas, bem no centro da Praça da Alegria,
num quiosque, que é uma minicasa de farinha. Ali, grupos de tapioqueiras
revezam-se semanalmente no preparo desta delícia nordestina. Os recheios
são variados, podendo ser doces ou salgados, da banana ao morango, da
carne de sol ao atum. Na alta temporada a demanda pelas tapiocas é grande,
como relata Dona Lourdes: “Os turistas fazem fila, a gente tem que dar uma
senha para organizar melhor...”.
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços
em Mata de São João acessando
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culinária
Casa de Farinha
da Praia do Forte
Praça da Alegria s/n
Tel.: (71) 8161.9936
Lanchonete Mingau da Bibi
Avenida Antônio Carlos
Magalhães, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 3676.1478
Restaurante Sabor da Vila
Av. Antônio Carlos Magalhães,
S/n – Praia do Forte
Tel.: (71).3676 1156 /
3676.1777
Restaurante Point da Lu
Avenida Antônio Carlos
Magalhães, s/n –
Praça da Alegria
Tel.: (71) 3676.0421 /
9619.4367
Atelier Manchas em
Movimento
Alameda da Felicidade, s/n
Tel.: (71) 3676.0667
Coopalt – cooperativa de
Artesanato do Trançado
Tupinambá
Avenida Beira-Mar, s/n (Porto
de Sauípe) – Entre Rios – BA
Tel.: (75) 3475.1172 /
(71) 9914.6837
ASACO M – Associação dos
Artistas Contemporâneos
Matenses
Rua 24 de Outubro, 47 –
Mata de São João
Tel.: (71) 3635.1249 /
9631.4472
Grupo Aganju
Praça da Alegria, s/n –
Praia do Forte
Tel.: (71) 9901.2510 /
9954.2656 / 9632.6125
Grupo de Capoeira Forte
Espaço Criança Cidadã –
Alameda das Estrelas
Tel.: (71) 8142.9332 /
9993.2081
CULT URA
Tio Ulisses é o responsável pela confecção das máscaras de papel-machê
que cobrem o rosto dos homens do bloco Os Caretas, que também desfilam
no carnaval. Ele conta: “Todas as máscaras têm chifres, falam que no tempo
dos escravos, eles cobriam o rosto com folhas e colocavam na cabeça chifres
de boi, para poderem fugir e ninguém pegar...”.
Às 19 horas de sábado a Praça da Alegria é palco da apresentação de
uma roda de capoeira, composta por meninos e jovens. Agendando, todos
os grupos se dispõem a fazer apresentações fechadas.
53
Mata de São João
As festas juninas, principalmente o São João, o réveillon e a festa do padroeiro, o Senhor do Bonfim,
em fevereiro, são animados eventos no município de Mata de São João. Informe-se das programações.
Mata de São João apresenta grande diversidade culinária. Sugerimos aproveitar as delícias regionais,
como o tradicional bolinho de peixe e as deliciosas moquecas de frutos do mar.
Vale a pena também reservar um período para conhecer o modo de vida tradicional e os produtos
artesanais das mulheres de Mata de São João. O artesanato de palha de piaçaba, junco e ouricuri, que
dão origem às belíssimas bolsas, cestos, chapéus, tapetes, jogos americanos, pode ser encontrado
tanto no Centro da Praia do Forte, como nas localidades de Vila Sauípe, Canoas, Estiva, Água Comprida,
Curralinho, Diogo, Areal e Santo Antônio.
Para entrar em contato com a natureza, sugerimos a visita à Reserva Sapiranga, localizada a 6 km da
Praia do Forte, formada por 600 hectares de mata atlântica totalmente preservada. Lá o turista tem
opções como trilhas, observação de pássaros, banho no rio Ipojuca, cavalgadas, bike tours, passeios
de bugres e quadriciclos.
Na Praia do Forte é obrigatório conhecer o projeto Tamar do Centro Nacional de Conservação e Manejo
de Tartarugas Marinhas. O Centro de Visitantes do Projeto está localizado à beira-mar e oferece uma
infraestrutura completa com lojas, tanques, aquários, bares, restaurantes, além do museu da tartaruga,
em exposição permanente.
Ainda na Praia do Forte, não deixe de visitar as inúmeras lojas de artesanato e souvenirs, não só da
Bahia, mas também de outros estados do Brasil.
Encontre fornecedores em Mata de São João/BA acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Mata de São João
Caminhos do Fazer
54
Parnaíba:
a Capital do Delta
Parnaíba
Piauí
Associação Artesanal
do Barro Vermelho
Estrada de Ilha Grande, 355 –
Barro Vermelho.
Tel.: (86) 9950.4714
Associação de Artesanato
Nova Vida
PI 116 km 12 s/n – Povoado
Carnaubal Luiz Correia
Tel.: (86) 9931.8957 /
9977.1790
Associação dos Artistas
do Delta
Av. Presidente Getúlio Vargas,
53 – Centro
Tel.: (86) 3321.1856 /
8854.0876
UNIDADES
Localize os endereços
em Parnaíba acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
Situada na reduzida e ensolarada costa piauiense, parte da Rota
das Emoções, que é composta ainda por Jericoacora (CE) e Lençóis
Maranhenses (MA), Parnaíba é banhada pelo rio Igaraçu, em cujas
margens fica o Porto das Barcas, antigo entreposto comercial e marco
da fundação da cidade. Hoje o local é ponto de visitação, com os
prédios históricos e armazéns transformados em lojas de artesanato,
restaurantes, pousadas e centros de atendimento ao turista.
Terra de peixes frescos e caranguejos graúdos, Parnaíba tem uma
culinária que seduz pela simplicidade. Engenhosos trabalhos de palha,
fibra, couro e barro integram o rico artesanato, reforçando a Produção
Associada ao Turismo. A cidade é a principal porta de entrada para o Delta
do Parnaíba, o único em mar aberto das Américas. Como ele, somente
o rio Nilo, na África, e o rio Mekong, na Ásia.
55
Parnaíba
unidades produtivas
Entre fibras e tramas
O artesanato em fibras é bastante popular na região, devido à fartura da
matéria-prima. Agave, taboa e buriti podem “se transformar em bolsas,
carteiras, tapetes, caminhos de mesa, chapéus e sousplats”, como enumera
Elda Maria dos Santos Lima, que participa da Associação Marias do Agave.
O turista encontra grupos organizados trabalhando com fibra de taboa
em povoados como Carnaubal, no município de Luís Correia. “Fazemos
tapetes, capachos, pufes... tudo o que o cliente quiser”, garante Raimundo
Nonato Alves de Sousa, presidente da Associação Nova Vida.
Na Ilha Grande de Santa Isabel, Serrate Maria Souza Gonçalves preside
uma associação em cuja sede os visitantes acompanham o hábil trabalho de
25 pessoas com palha de carnaúba. “A vantagem da carnaúba é que ela dá o
ano inteiro”, explica Serrate, cujas filhas já aprenderam a arte de transformar
palha em cestas, tapetes, mandalas e tudo o que a imaginação permitir.
Olê, mulher rendeira
Trazida ao Brasil na época da colonização, a magia do bilro continua passando
de mãe para filha nas comunidades litorâneas. Em Ilha Grande, a 7
km de Parnaíba, um grupo de rendeiras se uniu e está fazendo história.
Vencedoras em 2009 do Prêmio Top 100 de Artesanato, promovido
pelo Sebrae, elas ganharam fama nacional ao participarem do maior evento
de moda do país, ao lado do estilista Walter Rodrigues. Das tradicionais
toalhas e caminhos de mesa até peças inovadoras, como gargantilhas e
marcadores de livros, passando por detalhes de blusas e vestidos, as rendeiras
piauienses são exímias na arte de encantar.
Coisas da terra
Em Parnaíba o turista encontra uma enorme variedade de peças com barro e
couro. Na Estrada da Ilha Grande, a Associação Artesanal do Barro Vermelho
transforma argila em esculturas, peças de jardim e objetos decorativos,
além de máscaras variadas.
O visitante também pode escolher entre bolsas e calçados de couro em
locais como a Associação Jeito de Andar, onde é possível ver 13 artesãos
em ação. “Aqui fazemos tudo com qualidade”, garante o presidente Antônio
Carlos Soares.
Artistas do Delta
A união resulta em arte, como prova a Associação de Artistas do Delta, com
66 membros que se revezam na comercialização dos trabalhos. Eles fazem
souvenirs, doces, cachaças, peças de palha, figuras em madeira e objetos
decorativos, além de brincos, anéis e colares de opala e ametista. “No Piauí
existe a única reserva de opala nobre do Brasil. A lapidação nós mesmos
fazemos. Não é difícil trabalhar com a opala, e o resultado é belíssimo”,
detalha Ricarte Dantas, presidente da associação.
População: 146.059 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 436 km2
Tipo Climático: Tropical Úmido
Temperatura Média: 26°C
Município de Parnaíba
Como Chegar:
Rodoviário:
A partir da capital, Teresina,
tomar a BR-343, que dista 336
km de Parnaíba. Também há
acesso pelas capitais do Ceará
(Fortaleza) e Maranhão
(São Luís).
Internet
Website:
www.parnaíba.pi.gov.br
E-mail:
setur@parnaíba.pi.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Turismo
do Município de Parnaíba
Rua Santos Dumont, 285.
Pça. de Eventos
Mandu Ladino
Tel.: (86) 9922.2001 /
9971.0000
Caminhos do Fazer
56
A força do Bumba Meu Boi
Dentre as manifestações da cultura parnaibana, destacam-se as festas juninas,
o carnaval e o bumba meu boi. Este último tem vários representantes
no município e costuma arrastar multidões para o grande campeonato que
ocorre em junho ocasião propícia para os turistas conhecerem essa manifestação
folclórica que mistura teatro, dança, música e circo, com provável
origem no século 18.
O sabor da simplicidade
Nas margens do rio Igaraçu, a chamada Beira-Rio concentra os principais
bares e restaurantes de Parnaíba, onde a maior paixão culinária é a carne
de caranguejo, crustáceo abundante nos manguezais da região. Vendido
em cordas de quatro unidades cada uma, o “caranguejo toc-toc” é cozido
inteiro na água e sal e saboreado com a ajuda de pauzinhos, com os quais
se quebra a casca para retirar a carne. O casquinho e a torta de caranguejo
são variações apreciadas. “Por semana, usamos uns 100 quilos de carne
de caranguejo”, calcula a cozinheira Francisca Maria da Costa, cuja torta é
famosa na Beira-Rio.
Para os que querem refrescar o dia, a mais tradicional sorveteria da cidade
oferece cerca de 30 sabores irresistíveis, como bacuri, cupuaçu, cajá,
jaca, limão e castanha dependendo da época do ano. Além dos sorvetes,
os doces de frutas são os mais procurados como sobremesa. “O doce é
forte na região, nós todas aprendemos a fazer com nossas mães, que já
eram doceiras”, conta Larissa Cristina Sousa dos Santos, presidente de uma
associação de jovens mulheres, todas entre 18 e 24 anos. Elas apostam no
associativismo para escoar a produção artesanal de doces de frutas.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Associação dos Artesãos em
Trançados da Ilha Grande
de Santa Isabel
Rua Evangelina Rosa, 548
Tel.: (86) 3323.6581 /
9428.0619
ADEC – Associação
Agroindustrial de Derivados
do Caju
Estrada Pedra do Sol,
s/n - Labino
Tel.: (86) 9448.5816 /
9407.5846
Associação Maria do Agave
Rua Nova, 35 –
Bairro Sta. Luzia
Tel.: (86) 3323.2344 /
9433.3549
Casa das Rendeiras
Rua Turiano Ribeiro, 380
Tel.: (86) 3323.0187 /
9973.6080
Localize os endereços
em Parnaíba acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
culinária
Confraria do Paladar
Rua Quentinha Pires,
36 – Do Carmo
Tel.: (86) 3323.9868
Restaurante La Barca
Av. das Nações Unidas,
200 – Do Carmo
Tel.: (86) 3322.2825 /
9930.1615
Caranguejo Expresso
Rua Quentinha Pires,
64 – Bairro do Carmo
Tel.: (86) 3323. 9653 /
8828.7563
Sorveteria Araújo
Matriz: Av. Chagas
Rodrigues, 901
Tel.: (86) 3322.4388 /
9402.1600
Grupo Cultural de Bumba Meu
Boi Novo Fazendinha
Rua Evangelina Rosa, 869
Tel.: (86) 9924.6385 /
9965.1037
CULT URA
57
Parnaíba
O passeio no Delta do Parnaíba, realizado em barcas, é um deslumbrante programa a ser proposto.
O turista poderá conhecer, além da Foz, a fauna e a flora da região.
Uma vivência curiosa é assistir à “cata do caranguejo”, o processo de extração do crustáceo nos
mangues. Agende previamente esta atividade e proporcione ao turista um encontro com as comunidades
ribeirinhas do Delta do Parnaíba e seu quotidiano.
Programe uma visita às artesãs de renda de bilro na comunidade de Morros da Mariana e ofereça ao
turista a oportunidade de assistir à confecção desta renda, símbolo do artesanato de Parnaíba, que
exige grande coordenação e prática.
Uma visita às tradicionais sorveterias da cidade, que utilizam como matéria-prima as frutas locais,
é um obrigatório e refrescante programa.
Um roteiro mais completo deve incluir a visita à Ilha do Caju, onde o contato com a natureza é feito de
forma ecologicamente responsável. Lá também é possível programar passeios a cavalo, caminhadas
pelas dunas e observar a revoada dos guarás-vermelhos.
Encontre fornecedores em Parnaíba/PI acessando: www.fazeresdobrasil.com.br
Dicas para agregar valor
ao roteiro de Parnaíba
Caminhos do Fazer
58
Brasília
Distrito Federal
59
Brasília
Erguida em apenas quatro anos pelo trabalho incansável de 60 mil
operários, Brasília nasceu da aspiração controversa de um presidente
arrojado. Convulsionando a arquitetura moderna ao propor um novo
arranjo urbanístico, o sonho de JK fez brotar do chão do cerrado o Plano
Piloto de Lúcio Costa que tornou concreto, com Oscar Niemeyer, um
inédito conjunto arquitetônico, tombado pela Unesco em 1987 como
Patrimônio Cultural da Humanidade.
Meio século depois do início da saga, com cerca de 2,6 milhões de
habitantes, formada por brasileiros de todas as regiões, a capital federal
continua surpreendendo.
Brasília possui múltiplos sotaques, e esse mosaico cultural se
expressa de forma peculiar quando unidos seus fragmentos originais
ao concreto armado e à singularidade da flora e da fauna do cerrado.
É neste caldeirão de influências que encontramos prodigiosa produção
de saberes, sabores e fazeres. Folhas, flores e sementes inspiram
e são matéria-prima de peças diversas. Frutos passam a integrar-se
a receitas de outros lugares do Brasil e do exterior. Fibras e linhas,
argila e madeira são trabalhadas conforme ensinaram mãos nascidas
em outros ares, mas agora com o toque candango.
Brasília: um sonho
no Planalto Central
População: 2.606.885
habitantes (est. IBGE 2009)
Área: 5.802 km2
Tipo Climático: Tropical
de Altitude
Temperatura Média: 21°C
Brasília
Como Chegar:
Aéreo:
O Aeroporto de Brasília é o
terceiro mais movimentado do
país. Fica a cerca de 11 km do
Centro do Plano Piloto. Possui
voos diretos para a grande
maioria das capitais estaduais e
principais cidades do país.
Rodoviário:
O acesso é facilitado pelo fato
de a cidade ser centro de
encontro de 7 importantes
rodovias radiais federais.
São elas: BR-010 (Fortaleza),
BR-020 (Salvador), BR-040
(Belo Horizonte e Rio de Janeiro),
BR-050 (São Paulo), BR-060
(Goiânia e Campo Grande),
BR-070 (Cuiabá) e BR-080
(Manaus).
Caminhos do Fazer
60
A união faz a força
Castanha de baru, geleia de cagaita, produtos de gueroba, potes com mel
e pequi, sabonete de babaçu, farinha de jatobá, óleo de macaúba e outras
riquezas do Planalto Central podem ser encontradas na Central do Cerrado,
uma instituição que congrega organizações comunitárias e incentiva as atividades
produtivas, atrelando-as ao manejo sustentável do meio ambiente.
A união também gera bons frutos na Associação das Bordadeiras de
Taguatinga, que reúne experientes e habilidosas mulheres. Elas dedicamse
a reproduzir a fauna e a flora do cerrado em colchas, panos de prato
e almofadas, dentre outras peças irresistíveis.
Folhas de ouro
Brincos, pingentes e pulseiras de rara beleza são a prova de que a imaginação
pode fazer arte com a paisagem. Tânia Helou e Edênio Ribeiro colhem
folhas, sementes e flores do cerrado para banhá-las em ouro, destacando
suas linhas e fibras como numa filigrana natural. “São joias únicas, já que
uma folha nunca é igual a outra”, explica o casal, que há 10 anos encanta
a clientela folheando a natureza em vários quilates. As peças são antialérgicas,
livres de níquel, e produzidas com responsabilidade ambiental,
o que inclui estrutura de tratamento de água para eliminação dos metais
e produtos químicos poluentes.
Madeira e cerâmica
Em Brasília são muitos os ateliês de artistas talentosos que se dedicam a
dar nova vida à madeira e à argila. Uma das precursoras da atividade ceramista
na capital foi a paraense Cecy Sato, falecida em 2006. “Ela trouxe
técnicas de alta temperatura e raku mais contemporâneas e sofisticadas
para a cidade”, considera Juliana Sato, filha de Cecy, que junto com a
escultora Patrícia Frajmund mantém de pé o trabalho iniciado pela mãe.
O ateliê produz peças decorativas, utilitárias, além de esculturas, e, ao
mesmo tempo, expõe o acervo da pioneira Cecy. Mediante programação
são oferecidos cursos e promovidos workshops.
UNIDADES unidades produtivas
Associação
das Bordadeiras de Taguatinga
CSB 06 Lote 01/02
Loja 18 – Edifício Concorde
Tel.: (61) 3563.3710
Atelier Cecy Cerâmica
QL 03, Conjunto 02,
casa 02 – Lago Norte
Tel.: (61) 3368.1536
Central do Cerrado
SCLN 202, Bloco B,
sala 204 – Asa Norte
Tel.: (61) 3327.8489 /
3327.8085 / 8133.7417
Filigrana do Cerrado
SCLN 313, Bloco C - Loja 14
Tel.: (61) 3201.9564 /
8139.1681
Paulo de Paula
CLSW 102,
Bloco B, Lojas 85/87 –
Edifício Phoenix - Sudoeste
Tel.: (61) 9999.6266 / 3500
Renato Vieira
QL 02, Conjunto 04,
casa 06 – Lago Norte
Tel.: (61) 3468.2773
Localize os endereços
em Brasília acessando
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61
Brasília
Internet
Website:
www.setur.df.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Estado
de Turismo do DF
SDC – Eixo Monumental – Lote
05 – Centro de Convenções
Ulisses Guimarães – Ala Sul –
1º Andar
Tel.: (61) 3214.2727
Outro mestre da transformação do barro é Paulo de Paula, autor de
esculturas, objetos de decoração e utilitários. Em seu ateliê-oficina produz
os próprios esmaltes e mantém um forno de raku para a queima das peças.
É lá também que ministra cursos de modelagem, vitrificação e escultura.
A arte em madeira é exemplarmente executada por artistas como Renato
Vieira, que trabalha com mais de 50 espécies florestais. “Uso sobras de
serrarias, madeira morta e material de sucatas e lixões”, declara o artista,
que desenvolve técnicas como a marchetaria para fazer móveis e objetos
decorativos. “A beleza natural da madeira, com seus veios, nós, tonalidades
e desenhos é incorporada às peças”, destaca.
manifestações e grup os culturais
Embalados pelo choro
“O Choro já embalava Brasília quando ela era ainda um canteiro de obras.
O Presidente JK não dispensava em suas visitas a companhia de um violão.
Mas foi em 1977 que o Clube do Choro foi oficialmente fundado e instalado
no antigo vestiário do Centro de Convenções, com direito a cavaquinho e
bandolim”, relembra Henrique Lima Santos Filho, o Reco, jornalista, músico
e atual presidente do Clube.
As apresentações, que ocorrem ainda no mesmo endereço a partir das
quartas-feiras, são animadas e contam com a participação de alunos da
Escola de Choro Raphael Rabello. O chorinho é sempre destaque, mas a
programação inclui outros gêneros da música brasileira, e tem movimentação
garantida pela presença frequente de convidados especiais. O Clube do Choro
de Brasília, que se consolidou como importante instituição cultural, mudará
em breve para sede definitiva projetada por Oscar Niemeyer.
Sem perder o ritmo
Sábado, das 10h às 12h é dia de acompanhar no gramado da Funarte, um
dos belos espaços verdes do Eixo Monumental, os ensaios abertos de um
grupo de percussão formado por mais de 100 mulheres. “O Batalá é uma
associação sem fins lucrativos, que surgiu na França e se espalhou pelo
mundo. Aqui 90% das integrantes, de todas as origens e idades, jamais A elegância da marchetaria
Caminhos do Fazer
62
CULT URA
CULIN ÁRIA
Do trivial ao incomum
Terra de muitos temperos, Brasília reúne restaurantes que recebem influências
de diversos estados brasileiros e de vários países do mundo. Dos pratos
tradicionais ao menu contemporâneo, a mesa brasiliense faz da diversidade
seu principal condimento.
A chef Mara Alcamim, filha de pais goianos, mas nascida em Brasília,
conquistou uma vasta clientela com inspiradas fusões contemporâneas que
unem caviar, peixes e carnes a ingredientes tupiniquins, como a mandioquinha
e o tamarindo. “Eu gosto disso: miscelânea e experimentação”, diz a chef,
que hoje comanda três casas, conforme ela mesma qualifica: uma oferece
cozinha criativa, outra pratica cozinha experimental, com menu degustação,
e uma terceira fornece pratos expressos.
A culinária tradicional impera no estabelecimento comandado por Raul
Cautela, que conserva as receitas aprendidas com o pai: feijoada, bisteca,
rabada, dobradinha e cassoulet são exemplos do que oferece a casa, que já
completou 43 anos de sucesso. “Nosso forte é o antigo. Tem gente que vem
todo sábado só para comer a feijoada”, comemora Raul.
Alice Mesquita de Castro, chef-proprietária de um famoso restaurante de
sotaque francês, é um dos exemplos de cardápio sofisticado, que brinda seus
clientes, dentre outras iguarias, com diferentes preparos de patos e cordeiros.
A casa, inspirada nas brasseries francesas, recebe às segundas-feiras, uma
vez por mês, grupos fechados de 10 a 12 pessoas, para aulas de culinária
ministradas por Alice. O menu completo é preparado pelo “aluno”, que não
precisa ter noção alguma de cozinha.
CULIN Ária tÍpica local
Alice Brasserie
SHIS QI17, Edifício Fashion
Park, Lojas 201/204
Lago Sul
Tel.: (61) 3248.7743 / 7699
Chef Mara Alcamin
SCLS 210, Bloco C, Loja 38
Asa Sul
Tel.: (61) 3244.1039
Paulicéia
SCLS 113 Bloco A
Loja 20 – Asa Sul
Tel.: (61) 3245.3031
Associação Batalá
de Percussão
Setor de Divulgação Cultural –
Gramado da Funarte
Tel.: (61) 8405.7694
Clube do Choro
Setor de Divulgação Cultural
Tel.: (61) 3327.9013 /
3425.1448
teve contato com instrumentos antes, só precisa dedicação!”, explica Paulo
Garcia, o diretor musical que comanda o grupo.
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63
Brasília
Com 40 anos de existência, a Feira da Torre de TV é o local onde é possível conhecer o que há de
mais típico no artesanato do cerrado, com bijuterias, telas, itens decorativos e utilitários produzidos
em sua maioria com a matéria-prima encontrada no Planalto Central. Encontra-se também um pouco
da culinária típica de todo o Brasil, nas diversas barracas especializadas nas culinárias mineira, goiana,
baiana, paraense, dentre outras.
É possível conhecer Brasília através do Lago Paranoá. Para isso, existem empresas que fazem passeios
de barco regados a música, comidas e bebidas. O passeio normalmente encerra-se no momento do pôr
do sol, que é imperdível para se ver todas as cores que o céu do Planalto Central pode proporcionar.
Não deixe de checar a programação cultural do Espaço Cultural da Fundação Nacional das Artes -
Funarte, localizado no Eixo Monumental de Brasília. Neste espaço são realizados diversos Festivais de
Cultura Popular Brasileira, como o Encontro Anual de Bumba meu Boi, Encontro Nacional do Movimento
Slow Food, Festivais de Teatro, dentre diversos outros.
Uma forma diferente de conhecer Brasília é através das obras realizadas por Athos Bulcão por todo o
Distrito Federal. Para fazer este roteiro, entre em contato com a Fundação que leva seu nome, acessando
www.fundathos.org.br e solicite um mapa com a localização dos edifícios que abrigam seus trabalhos.
Brasília é sede de embaixadas de diversos países que realizam eventos culturais ao longo de todo
o ano em vários pontos da cidade. Busque informações sobre esta programação e inclua em seus
roteiros a oportunidade de conhecer um pouco da cultura de outros países.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Brasília - DF
Caminhos do Fazer
64
Antigo palco de disputas entre índios e bandeirantes, o Mato Grosso é hoje
um território de promessas e oportunidades, cuja capital transformou-se
num dos grandes núcleos de negócios, lazer e cultura do Centro-Oeste.
Repleta de atrações, Cuiabá soube mesclar o estilo de vida ribeirinho com
opções sofisticadas de turismo, sem perder o sotaque, a identidade e o
verde que lhe deram fama. A viola de cocho, a rede cuiabana, os trabalhos
com madeira-marupá, a cerâmica simples da região e as animadas
danças ribeirinhas (como o cururu e o siriri), enriquecem a Produção
Associada ao Turismo.
Cuiabá: território
de oportunidades
Cuiabá
Mato Grosso
Arcobaleno Produtos
Artesanais Personalizados
Rua San Raphael, s/n –
Jardim Califórnia
Tel.: (65) 3028.2971 /
9983.2971 / 9952.9711
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: (65) 3611.0500
Artesanatos Regionais
Rua São Francisco, 50 – Baú
Tel.: (65) 8445.2081 /
9601.1706 / 3052.8985
Associação dos Artesãos
da Comunidade de São
Gonçalo Beira Rio
Rua Antônio Dorileo, 3010 –
São Gonçalo Beira Rio
Tel.: (65) 3661.3264 /
3661.4588
Casa do Artesão
Rua 13 de Junho,
315 – Porto
Tel.: (65) 3611.0500
UNIDADES
Localize os endereços
em Cuiabá acessando
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65
Cuiabá
unidades produtivas
Som de veludo
Mais que um instrumento musical, a viola de cocho é um símbolo da cultura
cuiabana, usada no ritmo do cururu, no compasso do siriri e na tradição
pantaneira. Diferente do violão, ela não possui abertura frontal e tem apenas
cinco cordas. É feita de um tronco de madeira inteiriça, rusticamente
entalhado com instrumentos antigos, como a enxó goiva. Muitos músicos
e artesãos se dedicam à arte de fazer violas, que são comercializadas em
lugares como o Sesc Casa do Artesão. O músico Alcides Ribeiro dos Santos
é um desses mestres da viola: “Aprendi com o meu pai, que aprendeu com
o meu avô. Sei fazer e sei tocar. A viola de cocho tem um som de veludo
– todos os grandes músicos falam isso”.
No balanço da rede
Urdida à mão, fio a fio, sem o uso de agulhas, a rede cuiabana é um deleite
para os olhos. Vendida nos principais pontos turísticos do Mato Grosso, seus
desenhos de cores fortes remetem à fauna e à flora locais: araras, papagaios,
tuiuiús, garças, onças, palmeiras. Na comunidade de Limpo Grande,
em Várzea Grande, um grupo de mulheres se dedica a essa antiga tradição
artesanal. “Tenho 53 anos e aprendi criança, vendo minha mãe fazer. Para
ficar pronta, uma rede dessas toma até três meses”, calcula Júlia Maria da
Silva, uma das artesãs mais atuantes. Bonita e resistente, a rede cuiabana
chega a levar 10 vezes mais fios que a rede comum.
Herança indígena na olaria
Com forte influência indígena, a cerâmica do Mato Grosso tem na comunidade
de São Gonçalo Beira Rio um exemplo de perícia e produtividade. “Não
existe cerâmica melhor”, se gaba Alice Conceição de Almeida, presidente
da associação dos artesãos locais, que fazem moringas, vasos, fruteiras,
santos, travessas de peixe, galinhas d´angola e objetos decorativos. Em
São Gonçalo Beira Rio a arte oleira ocupa os quintais, atrai os turistas e
sobrevive à passagem do tempo.
Da biojoia à tecelagem
O artesanato cuiabano reflete a exuberância da natureza, cuja variedade
é reproduzida pelas mãos habilidosas de artífices como Sebastião Correia
da Costa, que usa marupá (madeira branca e leve) para fazer souvenirs,
recriando violas de cocho, pássaros do Pantanal, onças, canoas, remos,
gamelas e pombas do Divino Espírito Santo. O turista que busca um local
capaz de reunir um pouco de tudo – redes, biojoias, cerâmica, tecelagem,
artigos de madeira, peças indígenas, doces, licores e o melhor do artesanato
da região – deve visitar o Sesc Casa do Artesão, que funciona num antigo
prédio de 1910, com sete salas e um museu.
População: 550.562 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 3.538 km2
Tipo Climático: Tropical
Subúmido
Temperatura Média: 26°C
Município de Cuiabá
Como Chegar:
Aéreo:
As principais companhias aéreas
do país possuem voos regulares.
Rodoviário:
Partindo de Porto Velho, BR-364,
fazendo prolongamento com
a BR-174 e BR-070. Partindo
de Goiânia, BR-060, fazendo
prolongamento com a BR-364.
Partindo de Campo Grande,
BR-163. Partindo de Santarém,
BR-153.
Internet
Website:
www.sedtur.mt.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria de Desenvolvimento
do Turismo de Mato Grosso
Rua Voluntários da Pátria, 118
Tel.: (65) 3613.9300
Artesanato da comunidade
de São Gonçalo Beira Rio
Caminhos do Fazer
66
Danças ribeirinhas
A viola de cocho, o mocho e o ganzá são os instrumentos utilizados no siriri,
uma dança do sul de Cuiabá que tem raízes indígenas e influências portuguesas.
Homens, mulheres e crianças dançam o siriri em fila ou em roda,
formando pares e cantando toadas que falam de santos, vida ribeirinha e
natureza, num espetáculo de palmas e sapateados. O Grupo Flor Ribeirinha,
da comunidade de São Gonçalo Beira Rio, é um dos muitos existentes no
Mato Grosso. “Aprendi o siriri com minha avó, que morreu com 115 anos”,
recorda Domingas Leonora Silva, fundadora do grupo.
Outra manifestação popular é o cururu, que só permite homens entre os
cantadores. Eles utilizam a viola de cocho para marcar o ritmo e fazer improvisações.
De origem indígena, o cururu também teve influência dos ofícios
jesuítas e dos negros africanos, sendo apresentado em festas religiosas ou
em rodas de amigos, quando os cururueiros desafiam uns aos outros, como
nos repentes nordestinos.
Aúfa de bão
Dizem que quem come cabeça de pacu não sai mais do Mato Grosso. De
fato, o pacu é um peixe “aúfa de bão” (muito bom), como se diz em matogrossês,
mas não é o único prato a fazer sucesso em Cuiabá, uma cidade
cercada de água doce por todos os lados. A mojica de pintado, a piraputanga
na brasa, a ventrecha de pacu, o peixe seco com arroz, a muqueca e o vatapá
cuiabano são iguarias irresistíveis, assim como a farofa de banana e o feijão
empamonado (engrossado com farinha).
O bolinho de arroz é outro clássico local, que tem em Eulália da Silva
Soares, 76 anos de vida e 53 de ofício, uma de suas maiores mestras. Dentre
os doces cuiabanos, o destaque é o furrundu, feito com mamão verde.
Uma das doceiras mais dedicadas é Deise Pedroso Martins Souza. Ela faz o
furrundu com mamão, gengibre, melado de cana e cravo. “A receita vem da
minha mãe”, sorri, acrescentando que os doces de mangaba, laranja, limão
e figo também são muito procurados.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Associação Arte Limpo
Comunidade Limpo Grande
Tel.: (65) 9214.6585 /
9239.4234
Município de Várzea Grande
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: Tel.: (65) 3611.0500
Viola de Cocho - Alcides
Ribeiro dos Santos
Atelier: Rua 15, Quadra 25,
Casa 143 – Jardim Vitória
Tel.: (65) 9214.4339 /
9249.6922
Ponto de Venda na Casa do
Artesão: Tel.: (65) 3611.0500
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em Cuiabá acessando
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culinária
Bolo de Arroz e Companhia
Av. São Sebastião, 2453
Tel.: (65) 3321.1872 /
3023.7140
Dona Eulália e Família
Rua Profº João Félix,
470 – Lixeira
Tel.: (65) 3624.5653
O Regionalíssimo
Av. Beira Rio, s/n,
Museu do Rio – Porto
Tel.: (65) 3623.6881 /
9245.4220
Peixaria Popular
Av. São Sebastião, 2324 –
Goiabeiras -
Tel.: (65) 3322.5471 /
9202.3315
Associação Cultural
Flor Ribeirinha
Comunidade de São
Gonçalo Beira Rio
(apresentações sob
agendamento)
Tel.: (65) 8403.8071/
8411.2376 / 8426.5984 /
8415.4922
Grupo Cultural: Grupo Cultural
de Tchapa Y Cruz
Rua 02, Quadra 17, 125,
Setor II - Bela Vista
Tel.: (65) 3653.4583 /
9978.3339
CULT URA
67
Cuiabá
Programe uma visita à Feira de Artesanato “Arte na Praça” para conhecer toda a variedade do rico
artesanato local.
Reserve em sua programação apresentações de Cururu e Siriri, as mais tradicionais danças folclóricas
mato-grossenses, que são acompanhadas pelos acordes singulares da viola de cocho, instrumento
encontrado apenas neste estado.
Inclua visita ao Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, distante apenas 60 km de Cuiabá. Nos
33 mil hectares do parque, o turista amante da natureza conhecerá cachoeiras, paredões e mirantes
de imensa beleza.
Uma inesperada tradição culinária em Cuiabá é a árabe, com bons restaurantes inclusive com
premiações nacionais na categoria que oferecem verdadeiros banquetes. Portanto, se quiser oferecer
alternativas aos clássicos à base de peixes, inclua uma destas casas em seu roteiro.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Cuiabá
Caminhos do Fazer
68
Encravada no sopé da Serra da Bocaina, na subida da qual se avistam
montanhas imponentes e belas cachoeiras, Bananal é uma joia histórica
de brilho peculiar cujo encanto vem sendo redescoberto pelos viajantes.
As terras férteis do vale do rio Parnaíba e o clima propício para o café
fizeram da cidade um dos maiores centros cafeeiros do Brasil, propiciando
a construção de grandes casas de fazenda que hoje atraem turistas em
busca de história, descanso e recantos verdes.
A cidade mais a leste de São Paulo possui um casario bem preservado
e uma das estações de trem mais antigas do país, oferecendo aos visitantes
um gracioso conjunto urbano tombado pelo Patrimônio Histórico e
Cultural de São Paulo. Bananal produz artesanalmente cachaça, doces e
compotas de frutas colhidas nos sítios do entorno. A destreza de muitas
mulheres (e alguns homens) resulta em rendas, bordados e crochês
delicados. A Produção Associada ao Turismo também aposta nas trutas,
peixes de sabor irresistível, que se reproduzem facilmente nas águas
limpas e frias da região.
Bananal: lembranças
do ciclo do café
Bananal
São Paulo
Conservas Manolo
Estrada da Bocaina, SP 247,
km 9 - São José do Retiro
Tel.: (12) 3116.5595
Chácara Santa Inês
Av. João Barbosa de Camargo,
1494, bairro Vila Bom Jardim
Tel.: (12) 3116.1591
Fazenda Resgatinho
SP 64 km 323.
Tel.: (12) 9739.8383,
(24) 3322.6870
e (24) 9812.1733
Fazenda Coqueiros
Rodovia dos Tropeiros,
km 309
Tel.: (12) 3116.1358
UNIDADES
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em Bananal acessando
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69
Bananal
unidades produtivas
Tudo o que a terra dá
Doces, compotas, chutneys, licores, conservas e geleias de frutas. Delícias
feitas artesanalmente, sem agrotóxico, corante ou aromatizante, numa
farta produção que envolve os sítios locais. Participam dessa cadeia de
negócios tanto os pequenos produtores quanto as grandes propriedades,
que promovem refeições regionais para grupos de turistas e estudantes.
Algumas das chácaras possuem canavial e alambique, pois a boa
e velha pinga é um dos grandes orgulhos de Bananal. “Se você estudar a
história da cachaça, você estuda a história do Brasil”, defende Engels Maciel,
que junto com a mulher, Maria Lúcia Maciel, a Minuca, mantém uma
pequena produção local. “Nós procuramos fazer bem para vender bem”,
complementa o também produtor Afrânio Teixeira Resende. Várias fazendas
oferecem espaços aprazíveis para a degustação da aguardente local.
Visitando o passado
No tempo em que os “barões do café” formavam a elite do Império, Bananal
chegou a ter a sua própria moeda. Os grandes e ricos fazendeiros, que foram
avalistas do Império para empréstimos feitos junto a bancos ingleses, já não
existem mais, assim como já vão longe os tristes tempos da escravidão.
Porém, ainda é possível aprender com o passado, bem como refletir sobre
o presente, em lugares que datam de meados do século 19.
Nas fazendas históricas, o turista mergulha no clima em que viviam os
barões e suas famílias. Alcovas, grandes salas, objetos de época, moinhos de
pedra e senzalas históricas impressionam os visitantes, que podem usufruir de
visitas guiadas e de cafés coloniais com produtos da região. A luxuosa Fazenda
Resgate – que dentre outros atrativos possui pinturas murais do pintor espanhol
José Maria Vilaronga – foi tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional.
Habilidade manual
Flores e arabescos com vários tipos de fios e materiais fazem do crochê uma
arte apreciada no mundo inteiro. Em Bananal, a produção é intensa, sendo
que as colchas, cortinas e almofadas são os itens preferidos dos consumidores,
que encontram trabalhos delicados na Casa do Artesão e nas lojas
População: 10.822 habitantes
(est. IBGE 2007)
Área: 616 km2
Tipo Climático: Tropical
de altitude
Temperatura Média: 24°C
Município de Bananal
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de São Paulo
Seguir pela Dutra até o km. 273,
quando surgirá a placa indicativa
com os seguintes dizeres:
BANANAL - B. COTIARA . Seguir
pela estrada da Cotiara, por 23
km. até a entrada de Bananal.
Partindo do Rio de Janeiro
seguir pela Dutra até o km 273.
Quando surgir a placa indicativa
BANANAL- B. COTIARA, virar à
direita, passar por baixo da Dutra
e seguir a estrada da Cotiara, por
23 km. até a entrada de Bananal.
Internet
Website:
www.bananal.sp.gov.br
E-mail:
turismo@bananal.sp.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Cultura e Turismo
Rua Manoel de Aguiar,
38 – Centro
Tel.: (12) 3116.2007
Centro de Atendimento
ao Turista
Rua Manoel de Aguiar,
65 – Centro
Tel.: (12) 3116.5549
Caminhos do Fazer
70
Capoeira, maculelê e samba
A prática da capoeira e do maculelê são as molas propulsoras da Associação
Agulhas Negras, fundada há 12 anos por Marcelo Salvador Moreira, o mestre
Marcelão, que treina gratuitamente crianças e adultos de baixa renda. As aulas
são abertas ao público, que pode apreciar a performance do mestre e sua
trupe. Eles se apresentam em escolas, festas e eventos da cidade. Alguns
ex-alunos são hoje instrutores de capoeira.
O carnaval de Bananal é animado e conta com blocos organizados.
O Unidos da Vila existe há cinco anos. Começou como uma brincadeira e
hoje congrega 500 brincantes, que ensaiam nos meses de janeiro e fevereiro,
na Praça São Pedro. Os turistas podem comprar camisetas do bloco
e participar da folia.
Trutas e comida caipira
As trutas foram levadas para Bananal na época de Getúlio Vargas e hoje
são servidas assadas, grelhadas, defumadas ou fritas nos restaurantes da
cidade. É possível encontrar variações de preparo, como patê de truta e
até batatas recheadas com truta. Para combinar o sabor do peixe com o
prazer de um belo passeio, a melhor opção é subir a Serra da Bocaina, onde
existem bons hotéis e restaurantes. Os que preferem os sabores fortes da
cozinha caipira – que em Bananal tem muitos pontos em comum com a
comida mineira – encontram o que desejam em restaurantes que servem
delícias simples como o leitão à pururuca e o feijão tropeiro com torresmo.
manifestações e grup os culturais
CULIN Ária tÍpica local
Fazenda Resgate
SP 64, km 324
Tel.: (12) 3116.1577 / 1002
Casa do Artesão
Praça Rubião Júnior, 27
Tel.: (12) 3116.1602
Artesanato Fio Natural
Praça Rubião Júnior,
263, Centro
Tel.: (12) 3116.1400
Associação
Rendas do Amanhã
Rua João André Valiante, 18,
2 ° andar, bairro
Vila Bom Jardim
Tel.: (12) 3116.5328
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em Bananal acessando
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culinária
Restaurante da Estação
Av. Rubens de Melo,
53, Centro
Tel.: (12) 3116.1391
Restaurante Canto da Serra
Pça. Pedro Ramos, 45,
Loja 01, Centro
Tel.: (12) 9116.3004
Bocaina Park Hotel
Acesso pelo km 24 da estrada
da Bocaina (SP 247)
Tel.: (12) 3116.1520
Rancho BR
Fazenda São José, s/n,
Rancho Grande.
Tel.: (12) 9169.7631
Associação Agulhas Negras
Travessa José Capeto, 22, Vila
Bom Jardim
Tel.: (12) 9175.9377 /
3116.1602
Bloco da Vila
(12) 3116.1542
9722.5452
CULT URA
que circundam a Praça Rubião Júnior, popularmente conhecida como Praça
do Rosário. Não muito longe dali, mulheres de baixa renda trabalham na Associação
Rendas do Amanhã, que produz belas peças em crochê e bordado,
utilizando barbante, palha de seda, rami e outros materiais.
71
Bananal
Para enriquecer ainda mais seu roteiro, inclua a visitação aos demais municípios da Região do Vale
Histórico, da qual Bananal faz parte juntamente com Silveiras, Queluz, Areias, São José do Barreiro
e Arapeí. Toda a herança deixada pela tradição do ciclo do café ainda repousa nesta região de montanhas,
com suas fazendas centenárias, a culinária característica e estradas que cortam a natureza repleta de
rios, cachoeiras e história que vale a pena conhecer.
Agende visitas às propriedades rurais e alambiques de Bananal, onde é possível conhecer o processo
produtivo da cachaça, além de degustar as aguardentes locais. Muitos desses lugares oferecem empórios
para a compra de produtos derivados da cana-de-açúcar, como rapadura, melado e açúcar mascavo.
É interessante conhecer o processo de fabricação de conservas (pimenta, picles, cebola), com
degustação em ambientes de grande beleza cênica.
Programe visitas a fazendas históricas do ciclo do café, para que o turista conheça aspectos culturais
e históricos desse período, além de curiosidades do passado brasileiro. Em algumas fazendas, podese
agendar café colonial com itens da culinária típica da época, como broa de milho e aipim cozido.
Programe atividades de vivências e compras nas diversas fábricas artesanais de crochês e fios,
localizadas no Centro de Bananal.
Os principais elementos da culinária típica do municipio são as trutas defumadas e os pratos feitos
à base de truta, como as casquinhas de truta, os patês de truta e as batatas recheadas de truta, que
são oferecidos por restaurantes locais.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Bananal
Caminhos do Fazer
72
Paraty
Rio de Janeiro
73
Paraty
Paraty, a acolhedora cidade do litoral fluminense, distante 236 km do Rio
de Janeiro, outrora importante entreposto de mercadorias trocadas entre
a colônia e o reino, desempenhou papel fundamental no escoamento do
ouro e das pedras preciosas vindas das Minas Gerais. Foi também região
de significativa produção durante o ciclo da cana-de-açúcar, com cerca
de 250 engenhos e mais de 100 alambiques de aguardente.
Tombada pelo Iphan, é Patrimônio Histórico Nacional e mantém um
preservado casario em seu Centro Histórico, hoje ocupado por uma
profusão de ateliês, restaurantes, bares e confortáveis pousadas.
O charme de Paraty ganhou fama no exterior, especialmente após
2003, quando passou a sediar anualmente a FLIP, a Festa Literária
Internacional de Paraty. A história e a cultura dos Paratyenses compõem
um interessante roteiro turístico, com destaque especial para a Produção
Associada ao Turismo.
Paraty: charme, história
e cultura à beira mar
População: 35.730 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 928 km2
Tipo Climático:
Tropical de Altitude
Temperatura Média: 27°C
Município de Paraty
Como Chegar:
Rodoviário:
A cidade é cortada pela Rodovia
Rio-Santos (BR-101), como
principal via de acesso pelo Rio
de Janeiro e pelo Litoral Norte
Paulista. Outra importante
rodovia que nasce no município
é a BR-459, ligando a cidade ao
Vale do Paraíba e ao município
de Poços de Caldas/MG.
Caminhos do Fazer
74
Coloridos barquinhos
O artesanato de Paraty é rico e variado, mas são sem dúvida os barquinhos
de Mamanguá os mais legítimos representantes da habilidade manual da
comunidade caiçara. Esculpidos na macia madeira-caxeta, o ipê-branco,
fartamente encontrado ao longo daquele litoral, estes brinquedos são também
vistosos objetos de decoração, depois que recebem coloridas pinturas.
O turista poderá escolher para levar de graciosos souvenirs que cabem
na palma da mão a peças maiores também oferecidas na forma de quadros,
sem sair do Centro Histórico, na Cooperativa Saíra 7 Cores.
De fibras naturais e tecido
A cestaria de variadas fibras é executada por praticamente todas as
comunidades representativas de Paraty: caiçaras, quilombolas e índios,
além de exímias artesãs de São Roque. São cestos, jogos americanos,
porta-talheres, bandejas, luminárias, dentre outros trançados em cipó,
bambu, juçara e taboa.
A confecção de colchas, toalhas e tapeçarias, unindo retalhos com
detalhes em crochê e bordados, é arte dominada pelas famosas costureiras
caiçaras, cujo trabalho atravessa gerações. Estas peças, bem
como toda a gama de cestarias, podem ser encontradas e adquiridas na
Cooperativa Saíra 7 Cores.
Arte em ateliê
São inúmeras as portas do antigo casario do Centro Histórico que revelam
a presença de artistas plásticos. Dalcir Ramiro é escultor natural de Paraty,
com trabalhos em todo o Brasil e também no exterior. As suas esculturas
moldadas em cerâmica vão das figurativas, mas estilizadas formas
humanas, a totens e mandalas. Seu charmoso ateliê, além de expor um
considerável acervo de suas obras, é local de transferência de conhecimento.
Lá ele ministra aulas aos interessados em conhecer a sua técnica
que preserva fundamentos da arte indígena.
UNIDADES unidades produtivas
Ateliê do Dalcir
Rua Santa Rita, 65 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.6035
Cachaça Coqueiro
Fazenda Cabral, 2º distrito
de Paraty
Tel.: (24) 3371.0016
Cervejaria Caborê
Av. Otávio Gama,
421 - Caborê
Tel.: (24) 3371.3071 /
3371.2248
Cooperativa Saíra 7 Cores
Rua Dona Geralda, s/n -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9957.7753 /
9831.3007
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75
Paraty
Internet
Website:
www.pmparaty.rj.gov.br
E-mail:
turismo@pmparaty.rj.gov.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Turismo de Paraty
Alameda Princesa Isabel, s/n
Tel.: (24) 3371.9900 / 9914
manifestações e grup os culturais
Histórias contadas no teatro e na rua
Bonecos que parecem ter vida própria emocionam e encantam plateias
nas apresentações semanais do tradicional Teatro Espaço. Fruto do talento,
criatividade e muito estudo do casal Marcos e Rachel Ribas, o Grupo Contadores
de Histórias está prestes a completar 40 anos e seus espetáculos
são programa obrigatório para o qualquer turista em Paraty.
Histórias também são contadas na rua, mais precisamente no Centro
Histórico, por personagens trajados com figurino de época, interpretando
personalidades dos séculos XVII, XVIII e XIX. Os atores da Companhia
Imperial de Teatro transformam as ruas de Paraty em palco para narrar a
história do lugar, interagindo com o público passante. O espetáculo pode
ser contratado para apresentações esporádicas, fora do calendário normal.
O quilombo campinho da independência
A visita ao Quilombo Campinho da Independência é uma oportunidade
ímpar de reencontro com a história do Brasil. Antiga Fazenda Independência,
a área foi doada por seu proprietário a três empregadas negras,
antes escravas. Hoje, nos 287 hectares que compõem o Quilombo, moram
112 famílias descendentes das três fundadoras. São 450 pessoas que
participam ativamente da tarefa de manter íntegro o Quilombo, guardando
cultura e tradições.
Tio Valentim, um dos griôs – ancião que repassa a história da comunidade
através da comunicação oral –, explica a importância da divulgação
dos costumes para a preservação da memória cultural. “Nós abrimos para
o turista, eles vêm, a gente mostra tudo, conta a história... Isso é bom!”
Na visita guiada ao Quilombo, que deve ser agendada, o turista é acolhido
A centenária cachaça de Paraty
O registro da produção de aguardente a partir da cana-de-açúcar em Paraty
data de 1.600. A região chegou a ter mais de 100 alambiques e o nome
Paraty já foi sinônimo de cachaça. O prestígio persiste e hoje o produto local
obedece a padrões de excelência de classificação que já lhe conferiram
o selo oficial de procedência, concedido pelo Ministério da Agricultura.
A visita à linha de produção nos alambiques de Paraty é um programa
indispensável para o turista, que nas visitas guiadas conhecerá todo o
processo para, ao final, degustar cachaças de diferentes teores e sabores.
A nova cerveja de Paraty
Nem só cachaça se prova em Paraty. A cerveja é outra bebida ali produzida
há cerca de 3 anos, após aprofundada pesquisa a respeito das mais
rigorosas técnicas alemãs de fabricação. No bairro Caborê, uma cervejaria
que funciona em anexo a um restaurante e pousada é aberta a visitação
acompanhada pelo mestre cervejeiro, que explica o processo e orienta a
prova dos multicoloridos chopes.
A nova cerveja de Paraty
Caminhos do Fazer
76
CULT URA
CULIN ÁRIA
Do mar e da terra
Bares, cafés, lanchonetes, bistrôs e restaurantes. Simples ou sofisticados.
Paraty é um deleite para os amantes da boa mesa nas muitas casas de
pasto do Centro Histórico. Peixes e frutos do mar são ingredientes onipresentes
em todos os cardápios, como era de se esperar numa região
litorânea. Surpreendente, porém, é a utilização do palmito e do fruto da
palmeira-pupunha. São criativas receitas, que vão da lasanha de pupunha
preparada com finas fatias do palmito em vez da massa , ao camarão
acompanhado pelo fruto da pupunha empanado. Na sobremesa vale pedir
o pudim de pupunha com sorvete de mandioca.
Prazer que ensina
Um elegante e simpático casal recebe em sua casa turistas para degustarem
cardápios tipicamente brasileiros. Enquanto preparam pratos e drinques,
contam a origem e ensinam aos convidados o preparo das receitas, fazendo
menção à história do Brasil.
Yara e Richard Roberts, ela brasileira e ele americano, moraram em
diferentes países. Nessas ocasiões, ao receber visitas, Yara, que sempre
foi amante da cozinha, preparava pratos brasileiros, “Acho que para aplacar
a saudade...”, justifica. De volta ao Brasil, decidiram profissionalizar essa
experiência e estabeleceram-se numa bela casa no Centro Histórico, que
não é um restaurante aberto ao público.
O turista deve reservar com antecedência a visita e terá opções de
cardápio de comida mineira, baiana, do cerrado ou da Amazônia. Se gostar
pode ajudar Yara a preparar os pratos ou acompanhar Richard na execução
de caipirinhas, com a pura cachaça de Paraty. “Tem avental e tarefa para
quem quiser...”, brinca Yara.
O casal anfitriona grupos de 2 a 10 pessoas por noite, podendo, na
dependência do desejo de cada um, juntar pessoas desconhecidas entre si,
brasileiros ou de outras nacionalidades, o que será sem dúvida mais uma
produtiva experiência a ser vivenciada.
CULIN Ária tÍpica local
Academia de Cozinha
e Outros Prazeres
Rua Dona Geralda, 288 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.6468 /
3371.6025
Restaurante Caminho do Ouro
Rua do Comércio, s/n
(Anexo à Pousada do Sandy)
Tel.: (24) 3371.2100 /
3371.1689
Restaurante O Café
Largo da Matriz, s/n -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9821.1124
Companhia Imperial de Paraty
Praça da Matriz -
Centro Histórico
Tel.: (24) 9841.9140
Quilombo Campinho
da Independência
BR-101, km 584 - Quilombo
Campinho da Independência
Tel.: (24) 3371.4866 /
9818.0021 / 9948.9585
Teatro Espaço / Grupo
Contadores de Estórias
Rua Dona Geralda, 327 -
Centro Histórico
Tel.: (24) 3371.1161
por um grupo de griôs, assiste à apresentação da dança do Jongo, conhece
o rico artesanato e degusta a típica comida quilombola, numa inusitada
viagem às raízes do Brasil.
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77
Paraty
Paraty é um ateliê a céu aberto. Programe um passeio pelo centro histórico e a visita aos diversos
ateliês para conhecer as obras e em muitos deles observar os artistas em momentos de criação.
Para conhecer um pouco sobre a vida caiçara, inclua passeio à Ilha do Araújo, onde o turista poderá
conhecer a culinária típica e o funcionamento de uma Casa de Farinha, além de apreciar o modo de
vida da comunidade.
Os diversos restaurantes de Paraty oferecem culinária elaborada e diferenciada. Não deixe de provar
os pratos típicos à base de palmito-pupunha, comum na região. Para uma vivência da cozinha local,
existem casas em que é possível aprender um pouco da história brasileira através da culinária.
Programe com antecedência visita à Comunidade do Quilombo do Campinho para conhecer suas
práticas seculares na agricultura, danças e artesanato.
O município possui um grande número de alambiques de cachaça artesanal. Conhecer um deles
e degustar esta bebida típica é programa obrigatório.
Não deixe de verificar a programação cultural da cidade. Paraty oferece eventos o ano inteiro, ocasião
em que a cultura local é mesclada à cosmopolita de forma extremamente diferenciada e rica.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Paraty
Tiradentes
Minas Gerais
79
Tiradentes
Aberta há 300 anos pela afluência de bandeirantes, garimpeiros,
escravos, mascates, tropeiros, soldados e homens da Coroa portuguesa,
a Estrada Real se estende por 1.400 km e passa por 177 municípios
de três estados, cortando as montanhas de Minas Gerais e penetrando
antigas vilas do ouro que hoje são fascinantes núcleos históricos. Nesse
mapa de destinos aprazíveis, Tiradentes se destaca por combinar cultura,
arte, natureza, gastronomia e artesanato com um calendário fixo de
eventos bem estruturados.
Fundada em 1702 na encosta da Serra de São José, a tranquila cidade
de ruas de pedra, igrejas barrocas e casario colonial evoca o ciclo do
ouro, os poetas do Arcadismo e a luta dos inconfidentes. Combalida
após a decadência da mineração, a economia local soube se reerguer,
investindo numa diversificada produção associada ao turismo.
Pelos caminhos
de Tiradentes
Caminhos do Fazer
80
Associação dos Artesãos
de Tiradentes - Aart
Lago das Forras, 120 - Centro
Tel.: (32) 3355.1878
Arte Própria
(Antônio Almeida)
Rua dos Inconfidentes,
103 B, Centro
Tel.: (32) 3355.2097
João Goulart Silva
Rua Direita, 32, Centro
Tel.: (32) 3355.2479
Ateliê Divina Arte
Rua Alvarenga Peixoto,
712, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1624
Tião Paineira
Rua Alvarenga Peixoto,
624, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1727
Ateliê da Pousada Arco
(Maria Madalena
Costa de Souza)
Rua Frederico Ozanan,
340, Centro
Tel.: (32) 3355.2814 /
3355.1167
Arte em madeira
Já no caminho rumo a Tiradentes, uma profusão de pequenos ateliês
exibem peças variadas de mobiliário, todas feitas com madeira velha, ou
de demolição, em oficinas de variados tamanhos. Os artesãos da madeira
reaproveitada dão vida nova a restos de canela, cedrinho, limoeiro, castanheira,
peroba e madeira de lei.
Cheias de estilo, as peças são feitas com maestria a partir do que
parecia perdido: estantes abandonadas viram cômodas novas, cadeiras
partidas tornam-se atraentes banquinhos, antigas janelas servem de apoio
para belas cristaleiras.
“Cada madeira tem seu desenho, sua cor e seu cheiro”, garante o
artesão Antônio Almeida. Unindo o aspecto rústico com o acabamento
perfeito, o chamado “móvel de Minas” – bastante comum em Tiradentes
e na vizinha Santa Cruz de Minas – transformou-se num dos produtos de
exportação mais procurados do estado.
UNIDADES
unidades produtivas
O casario lembra uma época em que o leito dos rios e a encosta dos morros
eram ricos em ouro. Ruas sinuosas sugerem secretas conspirações. Cruzes
de madeira cobertas de papel ou tecido protegem todas as portas. Tombado
pelo Iphan, o gracioso conjunto arquitetônico se assenta sobre a Serra de
São José – onde também ondulam os municípios vizinhos de Prados, Santa
Cruz de Minas, Coronel Xavier Chaves e São João Del-Rei – descortinando
belíssimas paisagens, com trilhas, escaladas e exuberantes quedas d’água.
Esculpindo devoção
Santeiros, sineiros, entalhadores e marceneiros herdaram a habilidade dos
antepassados, que fizeram história e deixaram marcas. Utilizando materiais
como madeira e pedra para criar santos e anjos de expressão delicada, os
artesãos mineiros são exímios na arte de expressar beleza e devoção.
Colecionadores de todo o Brasil sabem que é possível encontrar verdadeiras
joias do imaginário religioso nas muitas oficinas existentes em
Tiradentes e seu entorno.
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81
Tiradentes
População: 6.966 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 83 km2
Tipo Climático: Tropical
de Altitude
Temperatura Média: 21°C
Município de Tiradentes
A brejeirice colorida das namoradeiras
“É preciso concentração e paciência. Passo um dia e meio só para concluir
a cabeça de um anjo. A talha é toda feita na mão. Adoro o meu trabalho e
busco inspiração na própria cidade em que vivo”, diz João Goulart Silva, o
Jango, 49 anos, artesão desde os 22.
Namoradeiras e arte em ferro
Em tempos mais pacatos de um passado recente, era comum ver moças
debruçadas nas janelas de casa, observando o movimento da calçada
sem a proteção dos muros altos que hoje impedem a real apreensão do
verbo “janelar”.
As adeptas da bisbilhotice contemplativa se multiplicam em Tiradentes,
em peças de madeira, gesso, papel-machê e cerâmica. São as “namoradeiras”,
que podem ser vistas em todas as cores nas lojas e ateliês da cidade,
sempre com o olhar distante, o sorriso brejeiro e o vestido florido.
Igualmente difundido, o trabalho em ferro ganha leveza e graça nas mãos
habilidosas dos artesãos, que moldam uma infinidade de peças adornadas
por rosas e galhos entrelaçados: lustres, candelabros, castiçais, porta-velas,
porta-toalhas, porta-chaves e objetos decorativos para todos os usos e gostos.
A sabedoria da terra
Sebastião Augusto de Freitas, 82 anos, é ceramista há 64. Mais conhecido
como Tião Paineira, ele é o elo vivo de uma cadeia familiar de homens que
há quatro gerações mexem com o barro. Seu bisavô, Joaquim de Freitas,
já trabalhava com isso, peregrinando pelas cidades vizinhas para vender os
potes que fazia em casa.
O atual Tião Paineira mantém firme a tradição da olaria. Usa pedaços
de bambu, barbante e um velho torno para fazer seus potes, vasos, jarras,
panelas, tigelas, terrinas, moringas e botijas, além de bois e galinhas para
decoração. As peças são cruas, geralmente torneadas a partir de um único
bloco de argila, que vai ganhando vida pelas mãos do artesão ao girar o
torno. “O barro ideal é sedoso, igual a puxa-puxa. É pesado, como o chumbo.
E, quando a gente molha, ele brilha como um espelho”, ensina o mestre.
Como Chegar:
Rodoviário:
Partindo de Belo Horizonte
Seguir a BR-040 até Congonhas,
5 km após, entrar à direita na
BR-383 sentido Entre Rios de
Minas para São João Del Rey,
dali seguir a BR-265 entrando
à esquerda, aproximadamente
14 km depois.
Partindo de São Paulo
Seguir a BR-381 no sentido
Belo Horizonte até o Trevo
para Lavras. Nesse ponto,
pegar a BR-265, percorrendo
aproximadamente 107 km.
Partindo do Rio de Janeiro
Seguir a BR-040, no sentido
Belo Horizonte. Em Barbacena,
pegar a BR-265 percorrendo,
aproximadamente, 50 km até
Tiradentes. Distância – 330 km.
Caminhos do Fazer
82
Uma antiga tradição
Dizem que, em meados do século passado, um surto de gripe assolou Tiradentes
como uma pandemia, causando inúmeras mortes, até que o padre
fez uma promessa: caso a gripe recuasse, todos os moradores da cidade
pendurariam uma cruz ou um lenço branco na porta de suas casas. Foi
assim que surgiu um costume que perdura até hoje.
As cruzes são feitas geralmente com ripas de madeira, cobertas com
papel em franja, tecido ou fuxico. A estamparia e o colorido das peças
variam conforme a imaginação de quem as produz. “Aprendi a fazer as
cruzes ainda menina, com oito ou nove anos. Minha mãe abastecia a cidade
e eu continuei”, recorda a professora aposentada Maria Madalena Costa
de Souza, a Toinha, de 63 anos, uma das responsáveis por manter viva a
tradição artesanal.
CULT URA
Companhia de Inventos
Rua Direita, 280 A, Centro, na
Pousada Três Portas
Tel.: (32) 3355.1337
Matriz de Santo Antônio
Na esquina das ruas Padre
Toledo e da Câmara
Tel.: (32) 3355.1238
Marionetes a fio
Uma curiosa descoberta para o andarilho é o espetáculo que a Companhia
de Inventos apresenta semanalmente na Pousada Três Portas, num pequeno
palco em que 40 personagens se revezam diante dos olhos encantados de
crianças e adultos. Os nomes por trás da Companhia são Bernardo Rohrmann
e Renata Franca, que há anos apresentam o espetáculo “Marionetes a Fio”,
sempre com novos quadros e muitos risos.
manifestações e grup os culturais
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em Tiradentes acessando
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83
Tiradentes
Nova melodia na igreja
A música recomeçou na Matriz de Santo Antônio. Todas as sextas-feiras é
possível ouvir o órgão da igreja sendo executado pela organista Elisa Freixo.
O instrumento – composto por 630 tubos acionados por um teclado manual
– passou quase dois anos em restauração e é um patrimônio raro do Brasil.
Sua construção foi encomendada em 1785 ao organeiro português Simão
Fernandes Coutinho, que vivia na cidade do Porto, e seus primeiros acordes
soaram em 1788. O trabalho na talha, a pintura rococó e o douramento do
órgão ocorreram dez anos depois. A Matriz de Santo Antônio de Tiradentes,
onde o órgão encanta fiéis e visitantes, é uma joia da arquitetura barroca e
a segunda igreja mais rica em ouro do país.
Com açúcar e com afeto
Os doces de fabricação caseira, geralmente à base de frutas, estão em todos
os cardápios de Tiradentes: do tradicional doce de leite ao doce de limão,
goiaba, figo, laranja, cidra, abóbora e banana. Os mineiros também consomem
porções generosas de “pessegada”, marmelada, cocada de maracujá, cocada
morena, cocada branca, ambrosia... Os turistas se deleitam com a oferta da
casa e sempre levam alguns potes de lembrança.
Bastante artesanal, a produção é envolta em mistérios, já que toda cozinheira
tem sua própria receita, geralmente herdada da mãe, e o segredo
do sabor só é revelado para pessoas da família.
Um sucesso antigo entre adultos e crianças é o canudinho de massa de
pastel recheado com doce de leite. Crocante por fora, cremoso por dentro,
o canudinho é vendido a preços camaradas, e a produção é intensa. Muitos
doceiros ainda usam tacho de cobre, colher de pau e fogão a lenha. “Criei
os meus filhos com isso”, orgulha-se, Francisco de Paula Xavier, o Chico
Doceiro, 79 anos, que vive de doce há 45.
CULIN Ária tÍpica local
Internet
Website:
www.tiradentes.mg.gov.br
E-mail:
turismo@mgconecta.com.br
Informações Turísticas
Secretaria Municipal
de Turismo de Tiradentes
Rua Resende Costa, 71 – Centro
Tel.: (32) 3355.1212
A boa mesa mineira
Comida é coisa séria (e farta!) em Minas Gerais. Tiradentes é considerada
a mais gastronômica das cidades mineiras e abriga o concorrido Festival
Caminhos do Fazer
84
culinária
Chico Doceiro
Rua Francisco Pereira de
Moraes, 74 – Centro
Tel.: (32) 3355.1900
Leitão do Luiz
Rua do Chafariz s/ nº - final
da rua, na Pousada Villa
Paulucci
Tel.: (32) 3355.1350 /
3355.2375
Restaurante Pau de Angu
Estrada Vitoriano Veloso /
Tiradentes, s/n -
(estrada para Bichinho)
Tel.: (32) 9948.1692
Restaurante da Mercês
Travessa José F. Barbosa,
307, Cuiabá
Tel.: (32) 3355.1911
de Cultura e Gastronomia, que há 12 anos reúne os maiores chefs do país,
além de estrelas internacionais, sempre no mês de agosto.
Cursos, palestras e degustações fazem parte da programação, que é
complementada por espetáculos, peças e shows, num grande evento que
já entrou para o calendário dos amantes da boa mesa.
Lombo de porco, costelinha, pernil, feijão tropeiro, tutu, torresmo, angu,
frango com quiabo e frango ao molho pardo (ou galinha à cabidela, uma
herança francesa que nos chegou via Portugal): a mineirice culinária é conhecida
e apreciada Brasil afora.
O prato-símbolo dessa cozinha farta é o leitão à pururuca, que em Tiradentes
tem muitos peritos e defensores, sendo servido com maestria na
maioria dos restaurantes.
Um prato menos divulgado fora de Minas, mas igualmente saboroso é o
frango ora-pro-nóbis (ou com ora-pro-nóbis), feito com uma planta da família
dos cactos cujas folhas tornam-se macias e suculentas depois de refogadas.
Localize os endereços
em Tiradentes acessando
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85
Tiradentes
Agende com antecedência as apresentações musicais que acontecem por toda a cidade, normalmente
nos fins de semana. Sexta-feira, por exemplo, é dia de ouvir órgão na Igreja Matriz de Santo Antônio,
um dos mais belos exemplos do barroco brasileiro. Nas demais igrejas, recitais com piano, flauta
e violino tornam ainda mais rica a visita aos monumentos históricos.
Igualmente imperdíveis são as apresentações e ensaios da Orquestra e Banda Ramalho, uma tradição
de 150 anos. Para saber mais: www.sociedadeorquestraebandaramalho.com.br
Tiradentes é um dos principais polos gastronômicos do país e oferece uma grande variedade
de restaurantes, famosos pela fartura, simpatia e aconchego. Vale a pena conferir.
Programe com antecedência uma visita aos ateliês de madeira, ferro e cerâmica, de modo a conhecer
o método de produção do artesão. Em alguns deles, é possível aprender um pouco do ofício, manuseando
o material sob orientação do mestre, e até produzir uma peça própria.
É interessante visitar o distrito de Vitoriano Veloso (mais conhecido como Bichinho, e pertencente
ao município de Prados). O vilarejo é rico em ateliês e restaurantes tipicamente mineiros.
Igualmente recomendável é a viagem de Maria Fumaça a São João Del-Rei. São 35 minutos de uma
aprazível volta ao passado.
Há uma grande variedade de trilhas em Tiradentes e seu entorno. Algumas empresas especializadas
fornecem informações e alugam equipamentos.
Programe roteiros que possam se integrar aos grandes eventos anuais de Tiradentes, como a Semana
Santa (quando as ruas do Centro Histórico ficam cobertas por belíssimos tapetes de serragem),
a Mostra de Cinema (em janeiro) e o Festival Internacional de Gastronomia (realizado no mês de agosto).
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Tiradentes
Caminhos do Fazer
86
Pomerode: a cidade
mais alemã do Brasil
Pomerode
Santa Catarina
Associação dos artistas e
artesãos de Pomerode
Rua XV de Novembro, 818
Tel.: (47) 3387.2627
Casa do Escultor Erwin Curt
Teichmann
Rua XV de Novembro, 791
Tel.: (47) 3387.0282 /
9981.6324
Cervejaria Schornstein
Rua Hermann Weege, 60
Tel.: (47) 3387.6655
Nani Atelier
Rua Karl Guenther, 459
Tel.: (47) 3387.3714
Special Presentes
Rua Hermann Weege, 243 -
Tel.: (47) 3387.4270 /
9126.6122
Velas Guenther
Rua Frederico Weege, 3420
Tel.: (47) 3387.0152
UNIDADES
Localize os endereços
em Pomerode acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
Uma aconchegante cidadezinha catarinense com sotaque alemão.
É certamente o que esperamos encontrar chegando a Pomerode. Deparamo-
nos, porém, com bem mais do que isso: um pedacinho de
genuína Alemanha em solo brasileiro. Seus 27 mil habitantes são 70%
descendentes de imigrantes alemães, em sua maioria naturais da Pomerânia,
região do Norte da Alemanha. Os pomerodenses conservam
as tradições, os nomes e a língua de seus ancestrais. As construções
em enxaimel – técnica alemã – são muitas e a comida alemã é farta.
Visitando esta pérola do Vale Europeu catarinense, o turista que não
conhece a Alemanha passa a conhecê-la. Aquele que já esteve em terras
germânicas matará saudades.
87
Pomerode
unidades produtivas
Esculturas e brasões
O museu Casa do Escultor Ervin Curt Teichmann data de 1950 e reúne
obras do artista de mesmo nome. João Teichmann administra o museu e
revela traços herdados do pai, como podemos ver em seu ateliê instalado
no mesmo endereço, onde se dedica à minuciosa arte do entalhe de brasões.
Uma visita ao local para conversar com João é experiência ímpar de
contato com a Heráldica, quando o turista poderá descobrir e até mesmo
encomendar seu próprio brasão de família.
Pintura, recorte e luz
Um encantador chalé de madeira enche os olhos pela riqueza do artesanato
exposto na vitrine. Ao fundo é o ateliê de Nani, artista plástica e professora,
que se dedica de forma incansável à preservação do Bauernmalerei,
ou simplesmente Bauern. “É uma técnica de pintura que vem dos Alpes
alemães”, esclarece Nani, acrescentando: “É uma pintura campestre”. Os
traços leves que reproduzem flores dão mais vida a móveis, bandejas,
gamelas, dentre outros objetos..
Pequenos recortes em madeira MDF criam acabamentos singelos em
brancos quadrinhos. Este artesanato, inspirado na técnica Fensterbilder, é
eximiamente executado por Carin Lemke, autodidata que teve como mestre
revistas alemãs. A sua loja-ateliê é um deleite para o turista que pode
conhecer sua técnica de recorte, e ainda levar consigo peças decorativas
e utilitárias de grande beleza e originalidade.
Dagmar Guenther abre seu ateliê aos visitantes e demonstra como
transformar parafina em arte que ilumina. O resultado são velas de impensáveis
formatos, que agregam surpreendentes elementos como folhas,
flores e sementes. O acabamento manual, feito com o auxílio de diferentes
tipos de lixas, pode proporcionar brilho ou efeito fosco, conferindo singularidade
a cada peça.
Cerveja de todas as cores e teores
A cidade mais alemã do Brasil fabrica a mais alemã das bebidas. Produzida
de forma cuidadosamente artesanal, seguindo as normas da Lei Alemã de
Pureza, de 1516, em Pomerode a bebida é oferecida em vários matizes
que lembram o outono, do amarelo claríssimo ao marrom, passando por
vários tons avermelhados. Os chopes Pilsen Natural, Pilsen Cristal, Weiss,
Pale Ale, Bock e Imperial Stout podem ser degustados em companhia de
petiscos no bar, após uma visita do turista à linha de produção da cervejaria.
Museu Pomerano
O Museu Pomerano resgata a história da imigração alemã, mais precisamente
aquela que, em meados do século XIX, deixou a Pomerânia e se instalou
manifestações e grup os culturais
População: 26.788 habitantes
(est. IBGE 2009)
Área: 216 km2
Tipo Climático: Subtropical
Temperatura Média: 20°C
Município de Pomerode
Como Chegar:
Aéreo:
O aeroporto mais próximo é o de
Navegantes, a 74 km.
Rodoviário:
Partindo de Florianópolis, BR-
101, sentido norte. Na altura de
Navegantes, tomar o viaduto à
direita e contornar para a BR-
470, no sentido oeste. Passando
Blumenau, à direita, a SC-418.
Total de 167 km.
Internet
Website:
www.pomerode.sc.gov.br
E-mail:
turismo@pomerode.sc.gov.br
Horário de atendimento:
das 8h às 18h, todos os dias,
inclusive em feriados.
Informações Turísticas
Secretaria Municipal de Turismo
de Pomerode
Portal Turístico Sul - Rua XV
de Novembro, 818 - Centro
Tel.: (47) 3387.2627
Caminhos do Fazer
88
Do porco ao marreco
Bockwusrt (salsicha), einsbein (joelho de porco), kassler (bisteca de porco)
são alguns dos sabores da Alemanha comuns em Pomerode, como era de
esperar. “É muito forte a herança alemã, mas aqui temos um prato que é
regional, daqui mesmo do Vale do Itajaí: o marreco recheado”, assim nos
conta Mazico, proprietário de um tradicional restaurante, instalado em duas
casas enxaimel construídas no ínicio da 1ª década do século passado.
Das bolachas aos chocolates
A tradição de decorar bolachas amanteigadas com motivos de Natal e Páscoa
atravessou o Atlântico com os primeiros imigrantes alemães. Em Pomerode
estes biscoitos, de produção artesanal, são encontrados o ano inteiro, em
diferentes e sempre coloridos desenhos, na forma de um arco-íris, uma
nuvem ou uma flor.
A produção de finíssimos chocolates é mais um sinal da presença da
Europa em Pomerode. A loja de fábrica de uma renomada marca local brinda
os visitantes com bebidas à base de chocolate, além de uma enorme variedade
de bombons de formatos diversos. As barras, que vão do extra-amargo
ao branco, do recheado ao zero de açúcar, atendem a todos os amantes do
chocolate, sem restrições.
CULIN Ária tÍpica local
Localize os endereços
em Pomerode acessando
www.fazeresdobrasil.com.br
culinária
Confeitaria e restaurante
Torten Paradies
Rua XV de Novembro, 350 –
Centro
Tel.: (47) 3387.0950
Nugali Chocolates
Rua XV de Novembro, 181
Tel.: (47) 3387.5294
Restaurante Wunderwald
Rua Ricardo Bahr, 200 -
Wunderwald
Tel.: (47) 3395.1700
Museu Pomerano
Rua Hermann Weege,
111 – Centro
Tel.: (47) 3387.0408
Festa Pomerana
Av. 21 de Janeiro, 2150 –
Centro (Parque Mun.
de Eventos)
Tel.: (47) 3387.2627
CULT URA em Pomerode, à época região denominada de Rio Testo. Egon Tiedt foi o
idealizador do Museu e quem também iniciou a coleção de peças de época
que narram a saga dos primeiros pomerodenses.
Festa pomerana
A Festa Pomerana ocorre desde 1984, sempre em janeiro, mês da emancipação
político-administrativa do município. São dez dias de festa, quando
o visitante tem a oportunidade de conhecer as tradições, os produtos e as
manifestações culturais locais.
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Pomerode
São três os principais eventos que ocorrem em Pomerode, possibilitando ao turista o contato com
sua história e cultura. A Festa Pomerana – na segunda quinzena de janeiro. A Osterfest, uma feira de
Páscoa muito cultuada pelos pomerodenses, no período da Semana Santa. A Pomeroder Winterfest,
um festival de inverno que enfatiza as tradições germânicas, no mês de julho.
Não deixe de programar a ida a um restaurante de comida alemã para desfrutar da autêntica atmosfera
germânica, ao som de música típica e onde os funcionários estão vestidos a caráter. Para um café
colonial e o autêntico strudel, Jaraguá do Sul, a 15 km ao norte de Pomerode, é o endereço certo.
O aluguel de bicicletas na Secretaria de Turismo, tanto para um tranquilo passeio quanto para fazer o
Circuito Vale Europeu, é programa de satisfação garantida. O roteiro completo, mapeado com GPS está
disponível no www.circuitovaleeuropeu.com.br, e contempla a belíssima paisagem rural da região.
O Roteiro Arte e Charme é interessante para quem quer conhecer o artesanato de forte influência
germânica e todo o fascínio de Pomerode. Para vivenciar as criações dos artistas é recomendável
agendar.
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Dicas para agregar valor
ao roteiro de Pomerode
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