sexta-feira, 13 de maio de 2011





Nascimento do Catimbo
Nascimento da Jurema Sagrada – Catimbó


Tudo dentro da Jurema Sagrada – Catimbó, temos que estudar o início de onde surgiu a religiosidade do afro – ameríndios.
Surgimento do Catimbó
Ela é concreta, verdadeira tem base na História da Humanidade.
Tudo se deu início na Pré-História quando o homem teve necessidades do fogo, vamos ver que a Jurema Sagrada Catimbó, nasceu em 1532 e a sua origem foi junto com o homem.
A Jurema Sagrada é o culto da Natureza, e a harmonia do homem, natureza, e os encantados, no ato da morte se encantam na natureza, e ou em animais, ou que em vida foi consagrado por um Pajé e ou um Mestre Juremeiro, e união dos costumes católicos.
Veja Bem Xamanismo, Pajelança e Jurema Sagrada Catimbó, são coisas totalmente diferentes, derivações.
Da Pré-História com o xamãs, algum grupo ficou totalmente isolado e esse passou a se chamar nativos, no Brasil de índios estes cultuo a Pajelança, em 1532 a 1536 onde se deu início a colonização Brasileira, nasceu ai a Jurema Sagrada.
Veja a Jurema Sagrada Nasceu em 1532 a 1536 a Umbanda foi em 15 de novembro de 1908, Zélio de Moraes com o seu guia Caboclo da Sete Encruzilhada.
E a Quimbanda veio do povo de Malei sendo o seu os três Anjos Rei Astaroth ou Exú Rei das sete Encruzilhadas Astaroth junto com ele veio seis anjos ao total sete anos banidos do Céu o principal anjo sendo Lúcifer, na mesma época, da Umbanda nasceu a Quimbanda.
A Jurema Sagrada Catimbó não e a mesma coisa do que a Umbanda, os Mestres e encantados vão à Umbanda mais são tirado deles no ato da incorporação a Ciência da Jurema.
“Na Jurema Sagrada não tem a existência de Exu, Pomba Gira, e pouco menos de Orixá, somente na encantaria do Tambor de Mina tem o elo dos encantados e o Orixá tal como o mestre Chiquinho do Maranhão louva em seu lírio a Oxum.” ….. Minha Mãe Oxum sua bandeira e forte, meus inimigos eu arrebento e no chicote…”
Vamos voltar a uma breve recordação dos nossos Descendentes.
(Pesquisa são informações adicionais do Juremeiro Neto).

Como ocorreu a descoberta do Fogo na Pré-História?

De acordo com os Historiadores e Arqueólogos o domínio da produção do fogo foi um dos principais avanços da humanidade, colaborando para o desenvolvimento da raça humana.
Na época anterior a descoberta da produção do fogo, os seres humanos tinham que esperar um raio cair em uma árvore ou um incêndio numa floresta.
O homem ficava totalmente dependendo do acaso para conseguir este precioso bem. Com o desenvolvimento da inteligência, através da observação, o homem conseguiu produzir o fogo. Este processo ocorria de duas formas:
1) Batendo uma pedra na outra e produzindo faísca que atingia palha;
2) Friccionando graveto seco numa madeira até produzir a faísca, atingindo a palha. Com a produção do fogo, o homem pré-histórico garantiu um grande avanço, pois podia iluminar a caverna, cozinhar a carne, espantar os animais selvagens e garantir o aquecimento nas épocas de frio.
O que é Xamanismo?

Fonte: http://www.xamanismo.com.br
Atualmente quando a maioria das pessoas ouve a palavra xamanismo pensam em culturas indígenas americanas, outros reclamam por que não pajelança se está no Brasil.
Sempre considerado como um programa de índio.
O xamanismo não se refere apenas à espiritualidade indígena.
São certo que os indígenas foram, os grandes responsáveis por manterem acessas as chamas da Medicina da Terra mas as práticas se originaram no homem primitivo, no paleolítico.
A palavra tem origem siberiana e não americana e é usada hoje como uma forma única para descrever as práticas no mundo todo.
Ou seja, as práticas são universais, é um legado do Mundo Espiritual para a Humanidade. Não pode haver fronteiras.
A palavra xamanismo foi criada por antropólogos (ver em xamã) para definir um conjunto de crenças ancestrais.
Para mim é um caminho de conhecimento. Nós podemos perceber traços do xamanismo em várias religiões.
As raízes do xamanismo são arcaicas e alguns antropólogos chegam a pensar que elas recuam até quase tão longe quanto à própria consciência humana.
As origens do xamanismo datam de 40.000 a 50.000 anos, na Idade da Pedra.
Antes de 1500

A tese mais aceita é que os povos indígenas das Américas são descendentes de caçadores asiáticos que cruzaram o passando da Sibéria para a América do Norte.
Os mais antigos povoadores do atual território brasileiro chegaram há aproximadamente 12 mil anos. Contudo, foi encontrado em Lagoa Santa (Minas Gerais) o crânio de uma mulher de traços negroides, batizada de Luzia, que viveu há 11.500 anos.
Deste modo, alguns pesquisadores consideram provável que populações negroides também tenham vivido nas Américas, e que estas foram exterminadas ou assimiladas pelos povos mongoloides muitos séculos antes da chegada dos europeus.
Pajelança
Fone: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pajelança
Ritual místico realizado por um pajé indígena, com o objetivo de curar, prever o futuro, etc.
Podemos dizer que a pajelança é uma forma de benzedura.
É provável que a palavra Pajé venha da raiz pa-y = profeta, adivinho, curador, sacerdote, xamã.
O termo pajelança é aplicado nas manifestações xamânicas dos índios brasileiros. Pode ser divido em pajelança indígena (rituais indígenas) e pajelança cabocla, que são praticas religiosas (não indígenas) mais comuns no Norte e Nordeste brasileiro.
Afinal…Quem são os Pajés ?

Existe muito pouca coisa publicada no Brasil sobre este fascinante assunto.
Uma contribuição preciosa foi o depoimento do estudioso dos mistérios amazonenses, Antonio Jorge Thor. Thor comenta o xamanismo e a pajelança :
“Um aspecto curioso deste assunto é que nos Estados Unidos, quando se fala em Xamanismo, muitas linhagens dos Xamãs são mulheres.
No Brasil não, aqui Pajé é sempre somente do sexo masculino – primeira geração, que passa de pai para filho.
Para ser um Pajé, o candidato deve ser um paranormal e médium ao mesmo tempo. Ou seja, deve ter muitas força mental (para normalidade) e a mediunidade, que mexe com a bioenergética, com as partículas bio cósmicas (provocam a expansão da consciência fora da matéria, o espírito por exemplo), enfim aquela coisa da espiritualidade.
Entre as diversas tribos, como os Kraôs, caiapós e gaviões, Tupis, Tupinambás, varia muito o conceito de pajelança, mas eles têm alguma coisa em comum:
O Misticismo e o Segredo.
Você às vezes passa um longo tempo para conseguir uma informação, um segredo, como por exemplo, sobre um não-alucinógeno para você sair com facilidade do corpo (desdobramento) .
O pajé penetra na área da encantaria, outra vertente da grande magia que pouca gente conhece, que é passar para outra dimensão e muitos dele quando retornam dessa experiência, voltam curados.
A pajelança é uma forma de magia nativa da Amazônia, tipicamente indutiva, atuando sobre qualquer elemento vivo e mantendo estreita relação com os demais reinos da natureza: mineral, vegetal e animal.
É praticada por curandeiros (principalmente pelos pajés da Amazônia), com base no xamanismo indígena .
Pelas suas ações, o xamã tenta estabelecer contato com outras formas de existência através de comunicações com entidades sobrenaturais, procurando restabelecer o equilíbrio perdido entre a natureza e a mente. Esse processo envolve curas, exorcismos, e outros atos com objetivos diversos.
Continua lendo na fonte: (http://www.xamanismo.com.br/Teia/SubTeia1192186946)
Pajelança Indígena
PAJELANÇA (do Tupi pajé, curador, sacerdote, xamã) é um termo genérico aplicado às diversas manifestações do xamanismo dos povos indígenas Brasileiros. Refere-se aos rituais nos quais um especialista entra em contato com entidades não-humanas (espíritos de mortos, de animais etc.) com o fim de resolver problemas que acometem pessoas ou coletividades.
Pajelança Cabocla
Ou A Jurema de Caboclo que é o Primeiro Reinado da Jurema Sagrada que nasceu dentro da aldeia dos Índios Tupinambás, é a Jurema onde eu sou Consagrado. Dai o surgimento de mais 11 reinados que faz ao todo 12 Reinos.
A pajelança cabocla (também chamada de cura, linha de pena e maracá, linha de sacaca e diversos outros nomes) é uma manifestação religiosa não-indígena, difundida pela Amazônia e parte do Nordeste do Brasil (Maranhão e Piauí).
Combina elementos do catolicismo popular, das culturas indígenas, do Tambor de Mina e da Encantaria, da medicina rústica e de outros componentes da cultura e da religiosidade popular. Caracteriza-se, entre outros aspectos, pela ênfase no tratamento de doenças e aflições, por um transe de possessão característico, com “passagem” de diversas entidades espirituais em uma mesma sessão, e pela presença de certas práticas como o uso de tabaco e outras substâncias para defumação.
Esses elementos associam a pajelança cabocla a outras manifestações religiosas populares encontradas no Norte e no Nordeste brasileiros, como o Catimbó/Jurema, o Tore e o Candomblé de Caboclo.
A Jurema é encontrada no Amazonas, Nordeste, uma religião autóctone, que foi gerada por elementos exclusivamente ameríndios.
As curas e rituais são realizados pelo PAJÉ, equivalente do Shaman norte americano, com danças, cantos, e o instrumento sagrado, o MARACÁ, um chocalho e o uso de alcalóides vegetais, que possibilitam o transe.
Cada região tem entidades distintas que são invocadas, porém sempre são espíritos da natureza, de animais ou de antepassados mortos. No Piauí, a Encanteira mescla a pajelança amazônica com o catolicismo popular.
No século XVI
O território nacional não foi imediatamente ocupado pelos europeus a partir do Descobrimento do Brasil em 1500.
A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da Metrópole.
Apenas alguns degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se miscigenando com as tribos indígenas.
Ao contrário do que muitos pensam, os primeiros colonos não foram só ladrões, assassinos ou prostitutas mandados para o Brasil.
A maioria era composta por camponeses pobres, agregados de um pequeno nobre que vinha estabelecer engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil. Apenas alguns poucos eram “criminosos”, em geral pessoas perseguidas pela Igreja por sua “falta de moral” ou por cometerem pequenos delitos: judeus, cristãos-novos, bígamos, sodomitas, padres sedutores, feiticeiras, visionárias, blasfemadores, impostores de todas as espécies.
O território nacional não foi imediatamente ocupado pelos europeus a partir do Descobrimento do Brasil em 1500.
A colonização começou somente a partir de 1532. Antes disso, havia apenas feitorias nas quais o pau-brasil era armazenado esperando os navios que vinham da Metrópole.
Apenas alguns degredados, desertores e náufragos haviam se estabelecido em definitivo no Brasil, vivendo e se miscigenando com as tribos indígenas.
Ao contrário do que muitos pensam, os primeiros colonos não foram só ladrões, assassinos ou prostitutas mandados para o Brasil.
A maioria era composta por camponeses pobres, agregados de um pequeno nobre que vinha estabelecer engenhos e plantações de cana-de-açúcar no Brasil.
Apenas alguns poucos eram “criminosos”, em geral pessoas perseguidas pela Igreja por sua “falta de moral” ou por cometerem pequenos delitos: judeus, cristãos-novos, bígamos, sodomitas, padres sedutores, feiticeiras, visionárias, blasfemadores, impostores de todas as espécies.
O índio brasileiro não suportava a escravidão.
Acostumado a viver durante milênios a um meio de vida livre, nômade, a mortalidade indígena no meio escravocrata era muito alta.
O índio brasileiro se negava a trabalhar para o colonizador: muitos fugiam ou se suicidavam.
A situação caótica obrigou os colonos a importar mão-de-obra do continente africano.
É a partir da década de 1550 que começou a aportar na colônia os primeiros navios com escravos da África. Além de resolver o problema da mão-de-obra (faltavam índios e portugueses), o tráfico negreiro era muito rentável.
No século XVI desembarcaram no Brasil em torno de 50 mil portugueses e 50 mil africanos
Século XVII
O desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar faz crescer o número de escravos africanos desembarcados na colônia, vindos sobretudo de Angola e da Costa da Mina para o litoral do Nordeste.
A imigração portuguesa continuou reduzida. Portugal não tinha população suficiente para mandar grandes números de colonos para o Brasil.
A população se concentra nos litorais nordestino e Sudestino. O resto do País segue ocupado apenas pelos índios.
No século XVII desembarcaram 550 mil africanos e 50 mil portugueses.
Século XVIII
O desenvolvimento da mineração trouxe para o Brasil centenas de milhares de africanos, que foram escravizados na extração de ouro.
Um fato novo foi, pela primeira vez na História da colônia, a vinda de um enorme contingente de colonos portugueses.
Tal surto migratório deve-se a alguns fatores: Portugal e, em particular, a região do Minho, teve uma alta taxa de crescimento populacional e, em conseqüência, superpopulação. As notícias de que na colônia sul-americana estava ocorrendo à exploração da mineração serviu como esperança para milhares de portugueses que resolveram cruzar o Oceano Atlântico e se aventurar nas Minas Gerais.
A imigração de casais açorianos para o litoral do Sul do Brasil foi de fundamental importância para a demografia da região.
No século XVIII desembarcaram um milhão e 600 mil africanos e 600 mil portugueses no Brasil.
O Brasil passou a possuir a maior população africana fora da África e a maior população lusitana fora de Portugal.
O que é Jurema?

Jurema é uma arvore da família das Acácias tem a Jurema-preta, e Jurema-branca, Jurema-Mimosa.
Mimosa Hostilis da família da Acácia, é nativa do nordeste Brasileiro e recebe o nome popular de “Jurema”.
As Acácias sempre foram consideradas plantas sagradas por diferentes povos e culturas de todo o mundo:
Os Egípcios e Hebreus veneravam a “Acácia nilótica“ (Sant Shittim); Os Hindus, a “Acácia suma” (Sami);
Os Árabes, a “Acácia arábica” (Al-uzzah); Os povos indígenas do oeste da América do sul veneravam a “Acácia cebil“ (vilca);
E os índios Brasileiros principalmente do Norte e Nordeste cultuam a “Jurema Preta” (Mimosa hostilis),
Jurema Angico (Acácia cebil) da América do Sul ,Jurema do Egito (Acácia nilotica) “Acácia suma” (Sami), da Índia
“Jurema Preta” (Mimosa Hostilis), Brasil / Norte e Nordeste
Sempre associamos Xamanismo aos povos indígenas das poucas regiões do planeta nas quais ainda existem. Isso sem dúvida é correto, mas, na verdade, o que se passou a denominar como Xamanismo é a capacidade natural humana de entrar em contato com outras realidades, outros reinos de consciência como, por exemplo, a consciência das plantas, dos animais e das forças da natureza.
Xamanismo é o conjunto mais antigo de praticas e técnicas para se entrar em contato com o mundo espiritual e tem sua origem no Período Paleolítico.
Sua principal característica é a semelhança existente na essência das práticas de povos muito distantes entre si, muitas vezes separados por continentes e oceanos como, por exemplo, s Esquimós e nossos irmãos indígenas aqui do Brasil.
No processo de “Evangelização” imposto aos indígenas Brasileiros pelos Jesuítas, a figura do Messias Civilizador Yurupari não foi transformada em decalque do “Cristo”, mas sim aproximada ao “Diabo” dos Católicos, embora os Jesuítas tenham adotado pessoalmente a sua erva sagrada “Petun” (Tabaco), o qual era usado para provocar transe mediúnico nos Xamãs indígenas (Pajés), transformando o uso dessa “erva sagrada” em um vício profano que, ao longo do tempo, tornou-se uma praga social universal.
A RAIZ RELIGIOSA AMERÍNDIA
Nascimento da Jurema Sagrada – Catimbó
Os índios, com os primeiros aportes isolados da religiosidade e dos negros Bantos, quase sempre escravos fugitivos que encontraram guarida e proteção na Pajelança e no culto dos Encantados, que esboçaram o Culto da Jurema Sagrada, no qual, agora, as cerimônias perdiam o sentido de função social da coletividade para transformarem-se em cultos individuais de satisfação de necessidades pessoais quer de Índios, Negros ou Mestiços, ainda que de natureza espiritual, curativa ou de ligação com os antepassados de todas as etnias.
Os escravos fugitivos se escondiam na Mata, muitas vezes em aldeias indígenas
Rei Malunguinho, origem Banto, que quer dizer amigo ou companheiro dos líderes Quilombolas Malunguinho, cujo último líder destes Quilombos foi morto em combate nas Matas do Catucá (Quilombo que se estendia desde as matas de Beberibe, na divisa Recife com Olinda até Goiana), em setembro de 1835.
Os negros Bantos e Congoleses aceitaram esta nova concepção religiosa, sobretudo, em termos de “culto aos mortos“.
As variações, miscigenados Indígenas – cristãos – africanos, tais como o “Tore”, o “Tambor de Minas”, o “Babassuê” e o “Batuque”. Os colonos Brancos assimilaram as soluções indígenas que, na prática, provavam ser eficientes nesta nova terra: trocaram o trigo pela mandioca, o leito pela rede, o vinho pelo cauim; aprenderam a fumar e começaram a gostar dos frutos e das filhas desta terra, iniciando a primeira miscigenação racial deste país, gerando filhos mestiços que foram muito apreciados como elos das alianças com as tribos indígenas, alianças estas que os colonos precisavam estabelecer para sobreviver aos ataques das tribos de nações indígenas inimigas.
E os Branco com Negro surgiu assim o Mulato (Vem de Mula) não carrega o nome do Pai Branco. Da fusão destes novos cultos de Caboclos e Encantados com os primeiros aportes isolados da religiosidade dos negros Bantos, foi que se esboçou o segundo sincretismo religioso brasileiro – o Culto do Catimbó Jurema.
O Catimbó Jurema é uma União de Raças
Jurema Sagrada como tradição “mágica” religiosa ainda é um assunto pouco estudado.
É uma tradição nordestina que, em suas múltiplas formas atuais, revela influências as mais variadas, e que vão desde a feitiçaria Européia até a Pajelança indígena, passando pelas religiões Africanas, pelo Catolicismo popular, e até mesmo pelo Esoterismo moderno e pelo cristianismo esotérico, além de, em certos casos, estabelecer a diferença principal entre as práticas de umbanda e do catimbó, A Jurema já era cultuada na antiguidade por pelo menos dois grandes grupos indígenas, o dos Tupis e o dos Cariris também chamados de Tapuias.
Os Tupis se dividiam em Tabajaras e Potiguares, que eram inimigos entre si.
Na época da fundação da Paraíba, os Tabajaras formavam um grupo de aproximadamente cinco mil índios. Eles ocupavam o litoral e fundaram as aldeias “Alhandra e a de Taquara”.
Tudo teria começado com a índia Maria Gonçalves de Barros, conhecida por Maria índia, que teria recebido do Imperador Dom Pedro II as terras do Açaís, em Alhandra PB, onde teria assentado moradia.
Maria Índia teria dado inicio a primeira casa de Catimbó oficial no Brasil, usando da Jurema Sagrada para curar os mais variados males.
Como Maria Índia não teve filhos, a sua sobrinha, Maria Eugênia Gonçalves Guimarães, recebeu a herança da tia, e logo ficaria famosa como sendo a “Madrinha Mestra” Maria do Açaís, passando a manifestar com a Tia Maria Índia e o Mestre Zé Pelintra que e o Mestre considerado Padrinho da Jurema o Rei do Catimbó, Lembrando que ele não é um Exu e sim mestre na Jurema.
No Catimbó, não tem Exu e não se cultua o Orixá.
• A Jurema Sagrada era denominada originalmente de CAATIMBÓ (Fumaça do Cachimbo).
• Hoje em dia, não se usa, pois, o termo foi deturpado, e é generalizado como Feitiçaria e Bruxaria de Malefício, que se originam dos mestiços da Caatinga “Catingueiros” São Sagrados para Os Juremeiros ou Catimbozeiros:
• O chão, Os Rios, Os Lagos, As Fontes de Águas, As Matas, Os Animais, As Chuvas, O Vento, O Mar, O Ar que respira, Os Alimentos que ingere, Os Antepassados e as pessoas Vivas
Os Mestres e Mestras São espíritos dos antepassados, pessoas que quando vivas cultuavam a Jurema e que depois de passar, trabalham nas sessões de jurema.
Os Mestres e as Mestras vêem em diversas linhas ou chamadas, as principais são:
•Os Encantados São espíritos elementares ou sendo espíritos ligados à natureza que no momento da morte se encantaram em animais e plantas. Os Caboclos também são em geral Encantados.
•Os Príncipes São parecidos com os encantados, com a diferença de que estão ligados à natureza em si, mas não se encantaram em plantas nem animais e tem que ser virgens. Caboclos são os índios. Espíritos Mestiços são os Mestres e geralmente são todos oriundos do norte e nordeste do Brasil.
• Os Reis e Rainhas espíritos milenares que por sua antiguidade podem atuar nos fenômenos naturais em beneficio da humanidade, como Rei Salomão e Rei Malunguinho.
Obs.: Os mestres e as mestras são de dois tipos: os que trabalham na direita ou sendo os que executam trabalhos de construir, e os que trabalham na esquerda que são os responsáveis por destruir certas situações, não necessariamente o mal.
•Os Boiadeiros Espíritos sertanejos ligados ao interior do nordeste, havendo algumas exceções quanto a espíritos que vem de quatro outras regiões do pais, são ligados a vaquejar gado. Dai tem os Tangerinos e Vaqueiro abaixo nesse site tenho falado deles.
•Os Pajés espíritos de antigos indígenas das terras Brasileiras, que são responsáveis pela cura através das ervas e encantar os seus principais guerreiros e cacique no tronco da jurema após a sua morte (Caboclo Mestre). •Os pretos velhos antigos rezadores do Brasil de descendência africana.
Um Discípulo de Jurema passa por vários graus de desenvolvimento para se tornar um Padrinho Mestre, que é o grau máximo que um Juremeiros pode chegar, Os graus são os seguintes:
Os Caminhos dos Discípulos dentro da Jurema de Caboclo.
Na Cidade do Tronco da Jurema Sagrada Príncipe Rio Verde
Assim são os passos do Juremeiro na minha rama (Juremeiro Neto)
Reafirmo que as demais Reinos da Jurema Principalmente a do Acaio e muito respeitado e todos tinha que conhecer e o que tem mais adeptos.
(1º) Apontado. – Que toma banhos para entrar nas correntes;
(2º) Batizado. – Que recebe o batizado passando ser Juremeiro;
(3º) Firmar as Correntes – e Consagrado o Príncipe das correntes do Discípulos;
(4º) Consagração Caboclo da Direita das correntes;
(5º) Consagração do Mestre e ou Mestra da corrente o disciplino e Juremado, na minha rama a mesa de consagração e feito no Pé de Uma arvore consagrada e sagrada;
(6º) Consagração do Caboclo Esquerdeiro.
(7º) Consagração Mestre Esquerdeiro
(8º) Consagração do (todos os discípulos tem um caboclo: Boiadeiro /Tangerino/ Vaqueiro), Preto Velho, Cigano, Caboclo Mirim.
(9º) Consagração do Cruzeiro de Luz (Consagração do Rei / Rainha, Mestre ou Mestra do Cruzeiro de Luz.
Observação cada Renovação dentro da Jurema e de um ano para o outro sendo no total de nove anos.
CARGOS DENTRO DA JUREMA SAGRADA.

1 – Discípulos Apontado;
2 – Discípulos Batizado são os Juremeiros.
3 – Guardiões, são os que não tem incorporação não manifesta com os encantados, já nasce mestres passa a ser considerado mestre com os seus nove anos dentro da jurema sangrada.
- Guardião de Mesa
- Guardião de Sala
- Guardião do Peji
* As mulheres são as Guardiãs.
4 – Padrinhos de Jurema são os que consagrada os Discípulos.
5 – Mestres são os que tem a terceira geração de Juremeiros Consagrados.
JUREMA, MESTRE e CIÊNCIA…
A abertura da mesa é uma liturgia simples, mas significativa e bonita.
Lidamos com uma pratica ritual pouco elaborada de forma que algumas poucas coisas podem ser destacadas como de beleza própria.
Antigamente, os mestiços ficavam abaixados no meio dos Matos escondidos da policia. Se fossem flagrados, eram todos mortos ali mesmo, e não podiam ser enterrados nos cemitérios da cidades.
Enterrava-os no meio da caatinga, debaixo de um Pé de Jurema Preta.
Anterior ao Século XX, os Índios (Xamanista), Afro-ameríndios e mestiços, com o início do Afro-descendentes, eram analfabetos e perseguidos pela igreja e governantes como feiticeiros e bruxos.
Esse fato impossibilitou o não relato escrito de sua religião.
Por esse motivo, os conhecimentos da Jurema Sagrada – Catimbó vieram através dos espíritos dos Caboclos Mestres, e Mestres (as), mediante falas / verbalizações, o que chamamos de Ciência dada pelos Mestres.
Pesquisa e texto de Juremeiro Neto.62.81592112

Um comentário:

  1. A ciência da Jurêma não se encontra em livros, cada mestre tem sua sabedoria seu conhecimento e sua vivência, eu vejo várias pessoas falando do catimbó como se fossem os donos da verdade, mas qual é a verdade? Eu penso que devemos olhar as coisas não como achamos que elas são, mais com os olhos de quem ainda não viu e nem aprendeu tudo, porque por mais que tenhamos vivido e visto muitas coisas, ainda temos muito que ver e aprender. Também sou catimbozeiro mais acho que tenho muito que aprender, uma vez o mestre José Tertuliano nos disse,"meus fio, por mais que o véio ensine, o conhecimento é muito maior do que meus fios podem pensar". Gostaria muito de trocar idéias com outros catimbozeiros porque acho que falta mais união entre os mesmos. Email; celsoborsone@ig.com.br

    ResponderExcluir